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Mercado financeiro vê mais inflação e alta menor do PIB em 2021 e 2022

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O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e também passou a prever uma alta menor da atividade econômica em 2021 e 2022.

As expectativas do mercado constam no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

De acordo com o BC, a projeção dos analistas para o IPCA de 2021 subiu de 10,12% para 10,15%. Foi a trigésima quarta semana seguida de aumento.

Se confirmada a previsão, será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015, quando o IPCA somou 10,67%.

O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação.

Para 2022, o mercado financeiro subiu de 4,96% para 5% a estimativa de inflação. Foi a 19ª alta seguida.

A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Portanto, a estimativa do mercado está no limite do sistema de metas para o ano que vem.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia.

  • Em 2020, pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA ficou em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância. Foi a maior inflação anual desde 2016.

Produto Interno Bruto

Além de uma alta maior na inflação, o mercado financeiro também baixou a previsão de crescimento do PIB deste ano, que passou de 4,80% para 4,78%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2022, o mercado reduziu a previsão de alta do PIB de 0,70% para 0,58%. No começo deste ano, a previsão dos analistas era de uma alta de 2,5% para a economia no próximo ano. A expectativa começou a ser revisada para baixo somente em setembro.

O Ministério da Economia insistiu, neste mês, em manter a previsão de crescimento do PIB de 2022 acima de 2% alegando que isso se deve à “melhora no mercado de trabalho e no investimento privado, principalmente em infraestrutura”.

Taxa de juros

O mercado financeiro também manteve em 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021. Para o fim de 2022, os economistas mantiveram a expectativa para a taxa Selic de em 11,25% ao ano, o que pressupõe alta do juro básico da economia no próximo ano.

A previsão do mercado de alta maior nos juros acontece após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter proposto em outubro flexibilizar o teto de gastos (mecanismo que limite o aumento da maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

Guedes tem dito que as mudanças no teto de gastos têm por objetivo ampliar a proteção social, por meio do Auxílio Brasil, mas analistas têm apontado que seria possível incrementar o programa sem estourar o limite para despesas. E apontam que as emendas parlamentares seriam um dos destinos dos recursos extras.

Em outubro, o BC elevou a taxa Selic para 7,75% ao ano. Foi a sexta elevação seguida. Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa subiu para 2,75% ao ano. Em maio, o Copom elevou o juro para 3,5% ao ano e, em junho, a taxa avançou ara 4,25% ao ano. Em agosto, a taxa subiu para 5,25% ao ano e, em setembro, foi elevada para 6,25% ao ano.

Outras estimativas

 

  • Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,50. Para o fim de 2022, ficou estável também em R$ 5,50 por dólar.
  • Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2021 ficou estável em US$ 70 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado subiu de US$ 63 bilhões para US$ 63,65 bilhões de superávit.
  • Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano permaneceu em US$ 50 bilhões. Para 2022, a estimativa recuou de US$ 59 bilhões para US$ 56,80 bilhões.

Fonte: G1

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/procura-por-seguro-para-farmacias-mais-do-que-dobra-na-mapfre/

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