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Nas células-tronco, a receita para não envelhecer

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Pouco antes de terminar seu doutorado em Bioquímica pela Universidade Federal de Minas Gerais, Carolina Reis já sabia de uma coisa: queria levar o conhecimento acadêmico de suas pesquisas com células-tronco para a iniciativa privada.

 

Ao tentar empreender no Brasil, em 2014, viu que faltava mercado para sua ideia – usar células-tronco para criar tecidos humanos e testar neles a eficácia de produtos cosméticos antienvelhecimento, vendendo a solução para empresas de cosméticos.

Para levar adiante seu projeto, mudou-se para o Vale do Silício, onde sua empresa, a One Skin Technologies, vingou. Lá, a startup foi aceita no programa da IndieBio – aceleradora especializada em biotecnologia –, que mudou sua proposta de negócios: em vez de prestar serviços a quem faz produtos antienvelhecimento, por que não criar um?

“No Brasil, a gente faz as coisas com pouco risco. No Vale, quanto mais audacioso for o projeto, mais atenção você atrai”, explica Carolina, hoje com 32 anos e sócia da startup com outras três brasileiras e um colombiano.

 

No momento, a empresa de seis funcionários trabalha para lançar até o fim do ano seu primeiro produto, um creme para a pele. “Com nosso método, conseguimos simular a pele de alguém de 50 anos, e com ajuda de um algoritmo, podemos saber quantos anos aquela pele rejuvenesceu com o produto”, explica Carolina, que mira disputar mercado com marcas de alto padrão, como Lancôme e Estée Lauder.

Até lá, ela espera também captar sua primeira rodada de financiamento (série A) para conseguir financiar a produção e comercialização do creme. No futuro, diz a empreendedora, a meta é usar a tecnologia da empresa em novas áreas, estudando até a regeneração de outros tipos de tecido humano.

Enquanto isso não acontece, a One Skin quer estimular a ligação entre academia e iniciativa privada – o primeiro passo para isso é o One Skin Challenge, que vai premiar com US$ 10 mil pesquisas na área de antienvelhecimento. “É minha obrigação, como brasileira, levar ao País o que aprendi. Estou só começando.”

Fonte: Estadão

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