O Instituto de Estudos e Pesquisas do Amapá (Iepa) conseguiu arrecadar um montante de quase R$ 180 mil em 2017 somente com as vendas da farmácia da instituição. No local são comercializados produtos naturais, confeccionados a partir de plantas medicinais encontradas na Amazônia, com valores de até R$ 13.
A farmácia fica localizada nas dependências do Museu Sacaca, localizado na Avenida Feliciano Coelho, número 1509, bairro Trem, na Zona Sul de Macapá. O atendimento é aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 13h.
Os remédios fitoterápicos, como xaropes e pomadas, e produtos fitocosméticos, a exemplo de xampu, condicionador e sabonete, são vendidos a valores entre R$ 4 e R$ 13. De acordo com o biomédico Maurício Souza, a farmácia busca aumentar as opções de produtos.
“O Iepa trabalha, há muito tempo, com pesquisas de plantas medicinais, com focos nas que são encontradas na Amazônia. A gente sabe o potencial e a descoberta dos produtos que auxiliam no tratamento de doenças”, disse.
São 51 produtos que utilizam diversas plantas, entre as mais conhecidas estão: babosa, amor-crescido, andiroba, eucalipto, jucá, carucaá, urucum, cipó pucá, boldo, sacaca, sucuúba, alho, gengibre, anauerá, verônica, cascas doces, canarana, quebra-pedra, solidônia, e copaíba.
De acordo com o biomédico, os produtos podem tratar de doenças simples, como problemas de pele, através do gel de babosa e amor-crescido, até o tratamento de diabetes, que diminui o nível de açúcar no sangue.
“O foco do nosso trabalho é atender a população amapaense, principalmente aqueles que buscam métodos de tratamento menos agressivos. Na farmácia, as pessoas encontram um imenso apoio ao acompanhamento de doenças, que vão de problemas de pele até a diabetes”, falou.
O biomédico destaca que a variedade e peculiaridade da farmácia movimentou cerca de 1,2 mil visitantes por mês. Ele atribui a grande demanda aos turistas, brasileiros e estrangeiros, que visitam o estado em busca de produtos relacionados à Amazônia.
“Esse fim de semana recebemos certa de 600 turistas da Alemanha. Quando os estrangeiros encontram nossos produtos naturais da Amazônia, eles ficam interessados exatamente pela qualidade e pelo conhecimento das plantas medicinais”, finalizou.
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Fonte: G1