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Nova empresa de Elon Musk quer conectar cérebro a computadores

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Objetivo é proporcionar maior autonomia para pessoas com deficiência e tornar a relação entre cérebro e máquinas mais eficiente

Em março de 2018, vinha à tona mais um dos projetos ousados e engenhosos de Elon Musk, CEO da SpaceX e da Tesla: a conexão entre um cérebro humano e computadores. A essa nova empresa foi dado o nome de Neuralink. Apenas em 16 de julho deste ano, no entanto, o executivo apresentou um protótipo do produto de forma aberta. A proposta é que o ser humano possa se comunicar com as máquinas sem a necessidade de nenhuma interface, apenas com o cérebro. A inovação seria útil, por exemplo, para pessoas com deficiência.

O sistema é formado por pequenos fios flexíveis que podem ser instalados no cérebro humano. Os fios possuem entre 4 a 6 nanômetros e são menores até mesmo que um fio de cabelo. Agora, o objetivo da empresa é recrutar pessoas interessadas em trabalhar no projeto. Inicialmente, Musk afirmou não ser possível conectar diretamente o dispositivo a uma máquina, sendo necessário que ela passe por uma inteligência artificial.

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“Não vai ser da noite para o dia que o Neuralink vai ser a ligação neural e começar a assumir o cérebro das pessoas. Importante é alcançar a simbiose com a inteligência artificial”, disse o executivo. Atualmente o sistema não tem pacientes humanos e é apenas testado em ratos de laboratório. As regras para se conseguir essa autorização nos Estados Unidos são rígidas e pode demorar a acontecer.

O projeto no qual Musk se baseou para a criação da Neuralink foi o BrainGate, um dispositivo que possibilitou a Matthew Nagle, que tem paralisia no corpo, a jogar Pong, do Atari, apenas com o cérebro. Com o tempo, no entanto, observou-se que o dispositivo causava danos ao cérebro, por possuir agulhas extremamente rígidas. A ideia do dispositivo de Musk é ter polímeros mais finos e flexíveis para evitar esse problema.

Por enquanto, o protótipo conta com um cabo USB-C para amplificar os sinais do cérebro para as máquinas. Mas o objetivo é ter uma versão sem fio. Para tanto, seria necessário a instalação de quatro sensores, três em áreas motoras e outro em uma região somatossensorial.

Além de propiciar uma melhor qualidade de vida para pessoas com deficiência, o objetivo da empresa é tornar a relação entre cérebro e máquinas mais eficiente. Para tanto, um longo processo ainda precisa ser percorrido. Musk afirma que a Neuralink ainda não buscou autorização da Food and Drug, órgão americano semelhante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aqui no Brasil.

Também há um certo ceticismo dos cientistas com a solução desenvolvida pelo executivo. Além de ser um habilidoso empreendedor, Musk ganhou a fama de ter projetos ambiciosos e que nem sempre podem ser viabilizados a médio prazo. Um exemplo disso é a colonização de Marte.

Por enquanto, o trabalho de pesquisa da Neuralink não foi revisado por especialistas. Ainda há dúvidas sobre o funcionamento do dispositivo ao longo do tempo e se há probabilidade de causar ou não inflamações no cérebro. “Isso é absolutamente crítico” antes que qualquer dispositivo possa avançar para testes em humanos, disse Loren Frank, neurocientista da Universidade da Califórnia em San Francisco, que está desenvolvendo interfaces cérebro-computador.

Tim Harris, pesquisador sênior do Howard Hughes Medical Institute’s Janelia Research Campus e desenvolvedor de interface neural, também  disse que o sistema precisa ser capaz de durar pelo menos cinco anos. Por enquanto, apesar dos avanços, isso não foi demonstrado pelos resultados apresentados por Musk e sua equipe. Já a Bloomberg afirmou que a Neuralink terá que demonstrar resultados práticos e seguros para terapias, o que ainda é uma questão em aberto, segundo os cientistas.

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Fonte: Information Management

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