Especializada na produção de medicamentos para tratamento do diabetes, a dinamarquesa Novo Nordisk sustenta há três anos a liderança de mercado em razão da venda de insulinas e dos medicamentos Victoza e Ozempic, com 20,3% de market share. A produção da companhia em Montes Claros (MG) representa 15% de toda a insulina fabricada no mundo, o que consolida o Brasil como um dos centros da estratégia de expansão da indústria.
Neste ano, inclusive, a Novo Nordisk encerra um ciclo de investimentos superiores a R$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Com cerca de 1.300 colaboradores, a farmacêutica tem sede em São Paulo e dois centros de distribuição no Paraná. O crescimento no último ano foi de 37% e a previsão é ultrapassar a casa de R$ 1 bilhão em faturamento em 2019.
Allan Finkel
A planta em Minas Gerais produz 25% de todos os medicamentos que o país exporta atualmente em todas as áreas terapêuticas, segundo Allan Finkel, vice-presidente corporativo e gerente geral no Brasil. “Até o ano retrasado, focávamos nas vendas para cerca de 50 países da Europa, Ásia e para a América Latina. Mas em 2018 passamos a mirar esforços no canal farmacêutico nacional e no sistema de saúde público – neste caso, com as insulinas análogas de ação rápida”, completa o executivo.
Além do diabetes, a Novo Nordisk também atua na área de obesidade, na qual detém 48% de market share com o medicamento injetável para emagrecimento Saxenda (liraglutida), lançado em 2016. “O país hoje é líder de vendas em volume do Saxenda, e dos medicamentos para diabetes Xultophy e Ozempic, ultrapassando, inclusive, os Estados Unidos”, ressalta Finkel.
Ainda de acordo com ele, o Brasil tem prioridade quando se trata de novos produtos, tanto que já estão programados três lançamentos para 2020 – o Fiasp (insulina de ação ultrarrápida); e a semaglutida oral e semaglutida, voltada ao tratamento da obesidade.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
