Enquanto o varejo tradicional insiste na expansão por meio de lojas físicas, uma ideia simples ganha espaço e quebra paradigmas no mercado norte-americano. Fundada em 2016, a NowRX é uma farmácia sem filas, que realiza entrega de medicamentos prescritos de carro, gratuitamente e no mesmo dia, sem que o cliente precise sair de sua casa. A rede possui cinco unidades espalhadas pelo estado da Califórnia (EUA) e contabiliza mais de 100 mil prescrições distribuídas para 18 mil clientes nas cidades de Los Angeles, Orange e San Francisco.
Diferentemente dos serviços de prescrição por correio – que mantêm os consumidores aguardando seus pedidos e não são ideais para fornecer remédios que necessitam de cuidados especiais – a frota de motoristas da NowRx, seu aplicativo móvel e seu centro de atendimento de farmácias garantem a agilidade na chegada dos medicamentos.
A tecnologia de atendimento da NowRx preenche uma receita a cada 30 segundos utilizando inteligência artificial e robótica. “Isso contribui para garantir a adesão ao tratamento e uma melhor experiência em farmácia, economizando horas de tempo desperdiçado pelos consumidores”, acredita o CEO Cary Breese.
A empresa funciona como uma farmácia local comum, aceita todos os principais seguros e dispõe dos mesmos modelos de copagamento de uma rede tradicional. Os consumidores podem instruir seus médicos a enviar novas prescrições diretamente à NowRx. E os farmacêuticos podem consultar os clientes por telefone ou instantaneamente, por meio de bate-papo por vídeo.
“Trata-se de um modelo realmente disruptivo, que já nasceu com grande recorrência e tem o poder de conectar o mundo off-line das drogarias ao universo online dos clientes. Enquanto o e-commerce tradicional luta para entregar os produtos em alguns dias, o delivery urbano trabalha na escala de minutos”, avalia Fernando Ferreira, especialista em gestão comercial de empresas do canal farma.
Ele acredita que o Brasil apresenta um grande potencial para o advento dessas plataformas. “De acordo com indicadores da Abrafarma, o delivery de medicamentos ainda representa menos de 1% do volume total de vendas, bem diferente dos 15% no setor de restaurantes. Há muito espaço para crescer, uma vez que o consumidor do futuro cada vez menos se deslocará por necessidade e cada vez mais pela experiência”, comenta.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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