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O projeto no TikTok que explica as vacinas contra a covid-19

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A iniciativa #EquipeHalo (ou “equipe auréola”, em português) usa a plataforma de vídeos TikTok para mostrar o cotidiano de cientistas que, em diversos países, estão trabalhando em pesquisas para desenvolver uma vacina contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

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O projeto busca atualizar o público sobre os imunizantes, aproximá-lo da produção científica e recuperar sua confiança nas vacinas como forma de enfrentar doenças, em um contexto em que, com o crescimento da desinformação, parte das pessoas tem apoiado discursos antivacina durante a pandemia.

54

é a quantidade de vacinas contra a covid-19 em fase de testes em humanos até esta sexta-feira (20)

A #EquipeHalo conta com a participação de cientistas do Brasil e de outros países onde existem estudos para o desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, como Reino Unido, Estados Unidos, África do Sul e Índia. Entre os brasileiros, estão pesquisadores como Natalia Pastenark (USP), Rômulo Neris (UFRJ) e Jaqueline Goes (USP).

No TikTok, os cientistas criam vídeos curtos em que contam a história de suas carreiras, compartilham cenas de seu trabalho durante a pandemia, explicam o básico das principais vacinas em desenvolvimento contra a covid-19, respondem a perguntas do público e esclarecem rumores e mentiras sobre os imunizantes.

A plataforma de vídeos foi escolhida para hospedar a iniciativa porque ela permite aos cientistas falar de seu trabalho de forma criativa e envolvente, tornando a ciência mais fácil, acessível e didática para pessoas de diferentes perfis, segundo os organizadores do projeto.

A #EquipeHalo é uma iniciativa criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com pesquisadores de universidades como USP (Universidade de São Paulo), Universidade de Harvard e Imperial College London. O projeto tem o apoio do Verificado, uma campanha também da ONU, do Vaccine Confidence Project e da Gavi (Aliança das Vacinas).

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Qual o estado das vacinas

A pandemia do novo coronavírus fez com que cientistas, institutos de pesquisa e empresas farmacêuticas de diversos países entrassem em uma corrida para uma vacina contra a infecção, para a qual ainda não há tratamento ou cura. A corrida tem hoje dezenas de candidatos a imunizante, dos quais 54 estão na fase mais avançada de testes.

As pesquisas, apesar dos desafios que há em torno do trabalho com imunizantes, têm sido feitas em tempo recorde: enquanto o período médio para a criação de uma vacina é de 15 anos, hoje o desenvolvimento e a distribuição de um imunizante contra a covid-19 podem acontecer em um ano e meio, nas projeções mais otimistas.

A Pfizer, empresa farmacêutica americana, anunciou na quarta-feira (18) que a vacina que vem desenvolvendo contra a covid-19 teve 95% de eficácia. O imunizante foi o primeiro a concluir a última fase de testes. O próximo passo, segundo a empresa, é aguardar a aprovação das agências dos países que fizeram acordos com a farmacêutica para obter a vacina.

Expresso Por que a vacinação na pandemia vai além de uma escolha individual

Outros imunizantes estão na última fase de testes. Entre eles estão a vacina da universidade de Oxford com a AstraZeneca, a vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, e a Sputnik, desenvolvida na Rússia. A Moderna, farmacêutica americana, anunciou em novembro dados preliminares que indicam que sua vacina tem 94% de eficácia.

No Brasil, há acordos do governo federal e de governos estaduais para receber as primeiras doses das vacinas de Oxford, da Coronavac (no estado de São Paulo) e da Sputnik (no Paraná e na Bahia), caso elas passem pela última fase de testes e sua eficácia seja comprovada. O Ministério da Saúde negocia novos acordos com a Pfizer e a Moderna.

As vacinas contra a covid-19 estão no centro de ataques, desinformação e brigas políticas no país. O principal alvo de disputas é a Coronavac, vacina desenvolvida pela China em parceria com o governo do estado de São Paulo. O presidente Jair Bolsonaro ataca o imunizante que, caso seja eficaz, pode se tornar um triunfo de seu adversário político, o governador paulista João Doria.

O presidente também politiza as vacinas contra a covid-19 quando, além de pôr imunizantes em descrédito, diz que campanhas de imunização não serão impostas na pandemia. Cientistas afirmam que a transmissão da covid-19 só será bloqueada com imunização em massa, o que exige o engajamento majoritário da população.

O que se sabe sobre o vírus?

O QUE É A COVID-19?

A covid-19 é uma doença infecciosa causada por um novo vírus da família dos coronavírus. Essa nova doença tem origem ainda incerta, mas o mais provável é que o vírus tenha vindo de animais vendidos no mercado central de Wuhan, metrópole chinesa onde o agente infeccioso foi descoberto, em dezembro de 2019.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

Além dos sintomas típicos da gripe – como febre, tosse, dor muscular e cansaço –, o coronavírus pode afetar o sistema respiratório da vítima, causando pneumonia e podendo matar. Alguns pacientes relatam perda de olfato e paladar. As pessoas mais suscetíveis às consequências graves do vírus são idosos e pessoas com condições pré-existentes.

COMO É A TRANSMISSÃO?

O novo coronavírus é transmitido pelo contato com secreções de pessoas contaminadas: gotículas de saliva expelidas na fala, espirro, tosse, ou com o aperto de mão ou toque em locais contaminados seguidos de contato com boca, nariz e olhos. Em julho de 2020, a Organização Mundial de Saúde reconheceu que o contágio também pode ocorrer por meio de aerossóis, partículas que podem ficar suspensas no ar por longos períodos de tempo.

COMO É POSSÍVEL SE PREVENIR?

Para reduzir os riscos de contágio e de transmissão, o Ministério da Saúde recomenda medidas como evitar contato próximo com doentes, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca e manter os ambientes bem ventilados. Lavar frequente e adequadamente as mãos é uma das principais recomendações, uma vez que expor o vírus ao sabão o destrói com eficácia. Devido ao avanço da pandemia, governos e especialistas têm recomendado (e, em alguns países, imposto) a adoção do distanciamento social, um esforço coletivo em reduzir o contato entre as pessoas para conter a transmissão dos vírus, e o uso de máscaras e protetores faciais. Aglomerações e reuniões em lugares fechados devem ser evitadas.

EXISTE TRATAMENTO?

Até 4 de agosto de 2020, não existia um tratamento específico para o vírus nem uma vacina preventiva. A recomendação é que as pessoas infectadas fiquem isoladas por 14 dias, em repouso e se hidratando, e que permaneçam em observação. Elas podem usar analgésicos, sob orientação médica, para aliviar os sintomas. Também podem monitorar a oxigenação do sangue por meio de oxímetros vendidos em farmácias — se o nível estiver abaixo de 96%, devem procurar serviço médico. Além disso, é recomendável que todas as pessoas com quem o infectado entrou em contato nas duas semanas anteriores ao diagnóstico façam quarentena. O único medicamento que comprovadamente reduz a mortalidade pela covid-19 é o corticóide dexametasona, usado apenas em pacientes em estado grave que estão recebendo ventilação mecânica.

QUAL A LETALIDADE DO VÍRUS?

A letalidade da covid-19 está estimada em torno de 3% e 4%. Essa estimativa é baseada apenas em casos confirmados da doença, ainda que somente uma pequena parte da população seja submetida a testes para detectar o vírus, e que haja uma fração dos infectados que não apresentam sintomas e, por isso, tendem a não buscar a testagem. A taxa estimada para a covid-19 representa um nível menor de letalidade do que a de outras doenças, como, por exemplo, a Sars (síndrome respiratória aguda grave, que se alastrou entre os anos 2002 e 2004). No entanto, causa grande preocupação a rapidez da transmissão do novo tipo de coronavírus e a alta letalidade dele em pessoas do chamado “grupo de risco”, acima dos 60 anos e/ou com condições respiratórias, cardiovasculares ou imunológicas pré-existentes.

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Fonte: Nexo Jornal

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2020/11/23/ex-ceo-da-drogarias-conceito-lidera-projeto-de-incubadora-de-farmacias/

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