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O que o canal farma espera da Anvisa em tempos de crise?

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Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu um passo importante para fortalecer as estratégias de combate à pandemia de Covid-19, ao regulamentar os testes rápidos de detecção do novo coronavírus nas farmácias. Mas foi necessária uma emergência de saúde pública para o sinal verde ser dado, em meio a três anos de debates e reivindicações do setor.

Como dirigentes setoriais avaliam as atuais posturas da autarquia e o que esperar dela para o futuro? Ouvimos cinco porta-vozes de importantes entidades para fazer a análise.

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“A agência precisa ter um papel protagonista neste cenário crítico para a saúde brasileira. Desburocratizar processos e dar maior agilidade a decisões que tenham impactos diretos na prevenção ou no tratamento da Covid-19 são primordiais para o curto prazo”
Vinicius Andrade, presidente da Abradilan

 

 

 

“Temos no Brasil mais de 80 mil farmácias e podemos exercer um papel fundamental para desafogar a saúde pública no país. Como canal mais acessível para grande parcela da população, temos o poder de estimular, de fato, a adesão ao tratamento e evitar idas desnecessárias a prontos-socorros. Que essa atual conduta da agência perdure quando a crise passar, harmonizando o trabalho técnico e a importância de dinamizar a atividade empresarial – mas sempre com diálogo multissetorial. A regulamentação do portal de validação de prescrições eletrônicas, embora útil no contexto atual é um exemplo do que não se deve fazer, pois esbarra até em limites de privacidade do paciente”
Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma

 

 

“Estamos observando um grande esforço da Anvisa para atender as demandas impostas pela pandemia de Covid-19. Mas ainda sentimos falta de um direcionamento nacional sobre imunização de influenza em farmácias durante a pandemia, que possibilitasse uma contribuição mais efetiva dos farmacêuticos com a campanha nacional de vacinação. Outro ponto que merece reflexão é a forma fragmentada como têm sido baixadas resoluções e a falta de sincronia com a portaria do Ministério da Saúde que tratou da telemedicina. Aguardamos, ainda, uma posição sobre a dispensação de receitas digitais de medicamentos, além dos controlados. O CFF coloca-se à disposição para continuar colaborando tecnicamente com a Anvisa, em prol da sociedade brasileira”
Walter Jorge João, presidente do Conselho Federal de Farmácia

 

 

“A Anvisa tem sido muito participativa neste momento da pandemia. Por meio de discussões  e encaminhamentos pertinentes, os pleitos têm sido analisados com critério e receptividade pelo órgão regulador. A indústria se antecipou aos problemas, para garantir abastecimento neste contexto de restrições no mercado internacional. E a agência soube conduzir as tratativas de forma correta e condizente ao período que vivemos. Ela vem se mostrando  sensível e as relações com as entidades têm sido conduzidas de forma bastante produtiva. O mesmo se verifica com as indústrias, individualmente”
Telma Salles, presidente da PróGenéricos

 

 

“A direção da Anvisa agiu rapidamente para evitar o desabastecimento de medicamentos no Brasil e assegurar o pleno funcionamento da indústria farmacêutica no país. A agência estabeleceu regulamentações que simplificaram o processo regulatório de pós-registro, como a troca do fornecedor dos Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), sem que tais medidas impactassem nos níveis de eficácia, qualidade e segurança dos produtos. Outra importante ação está relacionada à agilização efetiva dos trâmites para a liberação dos produtos farmacêuticos e seus insumos nos portos e aeroportos brasileiros”
Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma

 

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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