Rejeição à vacina contra covid-19 cresce e chega a 21%, mostra PoderData

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A rejeição a uma vacina contra o coronavírus cresceu 10 pontos percentuais em 15 dias e chegou a 21%, indica pesquisa PoderData realizada de 1º a 3 de fevereiro de 2021. No período, a proporção da população que pretende se imunizar caiu de 78% para 71%.

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A queda da intenção em se vacinar vem em momento que o Brasil expande sua campanha de imunização. Mesmo com doses ainda insuficientes, os Estados e municípios estão “filtrando” os grupos de maior risco para receberem 1º as doses já disponíveis.

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O levantamento ouviu 2.500 pessoas em 519 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Até agora, o Brasil distribui a CoronaVac, produzida pela pela biofarmacêutica chinesa Sinovac e distribuída pelo Instituto Butantan, e a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. São dessas empresas as únicas doses disponíveis no país até o momento.

Algumas unidades da Federação começaram a imunizar as pessoas com mais de 80 anos, como o caso de Distrito Federal e Pernambuco. Profissionais da saúde, idosos que vivem em asilos e indígenas foram os primeiros na fila.

Até as 18h40 de 5ª feira (4.fev), o país havia administrado 3.027.684 milhões de doses.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Foram 2.500 entrevistas em 519 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

DESTAQUES DEMOGRÁFICOS

Os mais jovens, de 16 a 24 anos, são os que mais rejeitam a vacina contra a covid (33% não pretendem tomar). Já quando consideram-se só os que têm 60 anos ou mais, a taxa cai para 13% (outros 84% querem o imunizante).

Levantamento do Poder360 mostrou que, mesmo com repique de casos e novas variantes, o coronavírus continua atingindo menos os mais jovens: 74,2% dos mortos pela doença tinham 60 anos ou mais.

Leia os recordes por sexo, idade, nível de escolaridade, região e renda:

BOLSONARISTA RESISTEM MAIS

A taxa de rejeição ao imunizante entre os apoiadores do presidente é de 34% (13 p.p. a mais do que a média geral). Entre os que o rejeitam, 79% querem tomar a vacina. E 7%, não.

PODERDATA

O conteúdo do PoderData pode ser lido nas redes sociais, onde são compartilhados os infográficos e as notícias. Siga os perfis da divisão de pesquisas do Poder360 no Twitter, no Facebook, no Instagram e no LinkedIn.

PESQUISAS MAIS FREQUENTES

O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.

Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.

Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.

Fonte: Poder 360

Sabe o que é PMMA? Saiba os riscos do uso em procedimentos estéticos

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É fato que os procedimentos estéticos se tornaram a nova moda das redes sociais. Nas constantes publicações de famosos, influenciadores digitais e até mesmo em anúncios com preços surpreendentemente acessíveis são raras explicações sobre as substâncias usadas. Entre elas, pode estar o polimetilmetacrilato, metacril ou bioplastia, conhecido como “PMMA”, que tem baixo custo e é liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas oferece riscos a saúde.

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O biomédico esteta, especialista em Estética e Cosmetologia, Walber Sampaio, conta ao Bahia Notícias que o PMMA é usado para bioplastia, um preenchimento para reconstrução ou projeção de uma determinada área do corpo. Mas a substância deixou de ser comum por não oferecer segurança ao paciente. “É um corpo estranho, o risco de rejeição é altíssimo”, explica.

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Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), quando o PMMA é usado em grandes quantidades não é seguro, tem resultados imprevisíveis a longo prazo e pode causar reações incuráveis como inflamações, nódulos, necrose (morte do tecido) e até a morte.

Walber, que atende como biomédico esteta em uma clínica de Dermato-Funcional há dez anos, conta que não usa PMMA. “Os riscos que causa ao paciente não vale a pena”, analisa. O profissional diz que a substância praticamente não é usada em procedimentos no rosto porque há alternativas sem estes riscos.

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo (SBPC-SP) em 2017, aponta que 17 mil pessoas em todo o Brasil tiveram sequelas após uso de PMMA. Foi levado em conta o período entre maio de 2015 e 2016.

Para os procedimentos no rosto, ele classifica como confiáveis o ácido hialurônico, o bio estimulador de colágeno, fios de sustentação, hidroxiapatita de cálcio e skinbooster. Já para o corpo, o biomédico aponta como seguros o bio estimulador de colágeno, a hidroxiapatita de calcio, lasers e fios de sustentação.

O especialista faz um alerta para o uso de produtos clandestinos ou até mesmo para a prática de aplicação de substância diferente da anunciada. “O paciente só vai descobrir quando for fazer outros tratamentos. Na apalpação, o profissional vai perceber que é PMMA”. Walber lembra que já atendeu vários pacientes neste caso.

O biomédico recomenda pesquisar a credibilidade do local e do profisional que fará o procedimento. Além disso, indica o paciente a pedir para ver a substância antes do procedimento.

Walber também não aconselha os pacientes a fazer procedimentos em locais com preço muito abaixo do mercado. “Os preços na estética são muito parecidos, pois os produtos confiáveis são produzidos em países importados e com registro da Anvisa“, conta. Para o biomédico, um valor muito menor pode ser um sinal de uso inadequado de produtos.

Fonte: Bahia Notícias

“Já é um início”, diz presidente da Anvisa após Bolsonaro afirmar que irá vê-lo se vacinar

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Ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em transmissão ao vivo nesta quinta-feira (4/2) promovida nas redes sociais chefe do Executivo, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse que irá se imunizar assim que tiver uma vacina contra covid-19 disponível para ele nos postos de saúde, após vacinação dos grupos prioritários. Bolsonaro, então, riu e afirmou que irá “acompanhá-lo”.

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“Eu vou te acompanhar. Te acompanhar não; vou ver você se vacinar. Vou ser testemunha”, disse. Como resposta, Torres afirmou: “Já é um início. Muito bom, presidente”. O presidente da Anvisa ressaltava a segurança dos imunizantes aprovados pela agência, dizendo que todas aquelas certificadas pelo órgão têm a plena confiança dos servidores.

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“Sou médico, mas não trabalho mais no ‘front’. Antes de que eu vá la, muitos da área de Saúde que estão na trincheira enfrentando covid-19 deverão ir [se vacinar] nesse uso emergencial. Mas, quando houver uso amplo de registro, eu estarei la na fila num posto de saúde”, afirmou. Torres pontuou que se imunizará com a vacina que estiver disponível. “Foi certificada pela Anvisa? Foi. Então, não interessa qual é”, disse.

Bolsonaro já afirmou diversas vezes que não irá se vacinar contra covid-19. Um dia após a aprovação do uso emergencial da Coronavac, vacina da Sinovac produzida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, o presidente descredibilizou o imunizante, dizendo que “se jogar uma moedinha para cima é 50% de eficácia”, e que a vacina “é para quem não pegou covid-19 ainda”.

Fonte: Correio Braziliense Online

OMS, preocupada com as variantes, pede vacinação mais rápida na Europa

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A Europa deve se unir para acelerar a campanha de vacinação contra a covid-19 com o apoio de todos os laboratórios, afirmou nesta sexta-feira o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, que admitiu preocupação com o risco representado pelas variantes.

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“Devemos nos preparar para outras mutações problemáticas do vírus, sobretudo reforçando ainda mais o sequenciamento”, afirmou Hans Kluge em uma entrevista à AFP.

Na União Europeia (UE), a taxa da população vacinada com a primeira dose do imunizante anticovid-19 é de apenas 2,5%, apesar de vários laboratórios terem anunciado que aumentarão as entregas, o que provocou a esperança de que a campanha poderia ganhar impulso.

“Devemos nos unir para acelerar a vacinação”, afirmou o diretor regional da OMS.

“As empresas farmacêuticas, que normalmente competem entre si, devem unir esforços para aumentar drasticamente as capacidades de produção. Isto é o que precisamos”, insistiu Kluge.

Ao comentar se as vacinas, no mercado desde dezembro, serão eficazes contra as novas variantes do vírus, Kluge reconheceu que “esta é a grande questão” e admitiu que está “preocupado”.

“Isto é a recordação cruel de que o vírus ainda está acima do ser humano, mas não é um vírus novo, é uma evolução de um vírus que tenta adaptar-se a seu hospedeiro humano”, ressaltou.

Embora a situação pareça mais complicada hoje do que no momento da chegada das primeiras vacinas, o diretor da OMS para a Europa tentou enviar uma nota otimista.

“Sou honesto: acredito que o túnel é um pouco maior do que pensávamos em dezembro, mas este ano será mais fácil de administrar que o do ano passado”, afirmou.

Ele reiterou os pedidos de solidariedade com os países que não podem receber a vacina, sugerindo que os países ricos deveriam compartilhar rapidamente suas doses com os Estados pobres depois de vacinar um determinado percentual de sua população.

“Talvez, quando os países da UE alcançarem 20% da vacinação de sua população – 20% significa pessoas idosas, profissionais da saúde, pessoas com comorbilidades -, poderia ser o momento de compartilhar vacinas“, disse.

Fonte: Yahoo Finanças

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Brasil vai comprar mais 20 milhões de doses de CoronaVac da China, diz Doria

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O Brasil está em negociações para comprar mais 20 milhões de doses da vacina contra o coronavírus desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, disse o governador de São Paulo, João Doria, à Reuters em entrevista na quinta-feira, 4, em uma demonstração de confiança no imunizante chinês.

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O pedido, que não havia sido divulgado anteriormente, virá somado às 100 milhões de doses da vacina CoronaVac já garantidas pelo Instituto Butantan, disse Doria.

O instituto estatal liderou os testes clínicos em massa da vacina no Brasil e agora está enchendo e finalizando as doses para um programa nacional de imunização, com planos de produção 100% nacional no início de 2022. A única outra vacina contra a covid-19 aprovada para uso emergencial no Brasil é a vacina de Oxford/AstraZeneca.

Doria, governador do estado mais rico e populoso do país, tem sido a força motriz por trás dos testes e implantação do CoronaVac no Brasil, reforçando suas ambições presidenciais e alimentando uma rivalidade com o presidente Jair Bolsonaro.

Mas com eficácia de pouco mais de 50% no ensaio brasileiro, bem abaixo de outras opções no mercado, alguns questionaram se o Brasil deveria buscar outras vacinas, pois enfrenta o surto mais mortal fora dos Estados Unidos.

Bolsonaro, um crítico da China e cético da covid-19, inicialmente rejeitou a vacina Sinovac, mas mudou de rumo na ausência de alternativas, depois que seu Ministério da Saúde hesitou em fechar contratos com desenvolvedores de vacinas.

A pandemia já matou cerca de 230 mil pessoas no Brasil, e uma nova variante que surgiu na cidade de Manaus se mostrou devastadora em uma segunda onda que agora está atingindo a cidade.

Enquanto o centro biomédico da Fiocruz, financiado pelo governo federal, ainda aguarda suprimentos para iniciar o engarrafamento das doses da vacina AstraZeneca, o Instituto Butantan começa a finalizar e vender as doses do CoronaVac ao Ministério da Saúde.

Doria disse que espera que o Butantan receba remessas de ingredientes ativos da China entre uma semana e dez dias, superando os obstáculos iniciais que ameaçavam desacelerar a produção.

Uma nova instalação do Butantan em construção está programada para produzir os ingredientes ativos da vacina a partir de janeiro de 2022, mais tarde do que uma meta anterior para o segundo semestre deste ano. O Butantan está negociando suprimentos para as 20 milhões de doses extras para manter sua linha de chegada ativa até a entrada em operação da nova fábrica.

Até agora, o Ministério da Saúde do Brasil assinou apenas um contrato com o Butantan para adquirir 46 milhões de doses do CoronaVac para distribuição nacional, mas Doria disse estar confiante de que assinará mais 54 milhões de doses em breve.

“Não vamos, diante de uma situação de vida ou morte, apenas esperar para ver o que acontece”, disse.

Doria havia dito anteriormente que vacinas adicionais não adquiridas pelo Ministério da Saúde poderiam ser vendidas separadamente para os estados brasileiros.

Segundo ele, o governo federal ainda não pagou as doses do CoronaVac já entregues ao Ministério da Saúde, e o pagamento deve ser feito até o final do mês.

Fonte: MSN

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Senado aprova MP que agiliza autorização para uso de vacinas no Brasil

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O Senado aprovou nessa 5ª feira (4.fev.2021) a MP (medida provisória) 1.003 de 2020, que autoriza o governo a aderir ao consórcio da OMS (Organização Mundial da Saúde) para aquisição de vacinas contra o coronavírus, o Covax Facility.

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A medida ainda estabelece prazo de até 5 dias para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize o uso emergencial no Brasil de vacinas contra a Covid-19 que já tenham aprovação internacional.

O texto seguirá para a sanção do presidente Jair Bolsonaro. Eis a íntegra (456 KB) do documento.

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A medida prevê que a Anvisa conceda autorização para o uso emergencial de qualquer vacina autorizada pelos órgãos regulatórios de Estados Unidos, União Europeia, Japão, China, Canadá, Reino Unido, Coreia do Sul, Rússia e Argentina. A medida pode agilizar a importação, a distribuição e o uso das vacinas no Brasil.

O prazo de 5 dias foi uma das alterações feitas na versão original da MP. Segundo a Anvisa, esse prazo só começaria a contar se essas agências derem aprovação definitiva para as vacinas. Autorizações emergenciais, como as que o Brasil concedeu para a CoronaVac e a vacina de Oxford, não contam para as regras atuais.

A MP prevê que registros emergenciais passem a ser considerados, mas a mudança só entrará em vigor se o presidente Jair Bolsonaro sancionar esse trecho.

“A Anvisa concederá autorização temporária de uso emergencial para a importação, a distribuição e o uso de qualquer vacina contra a covid-19 pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, em até 5 (cinco) dias após a submissão do pedido, dispensada a autorização de qualquer outro órgão da administração pública direta ou indireta, e desde que pelo menos uma das seguintes autoridades sanitárias estrangeiras tenha aprovado a vacina e autorizado sua utilização, em caráter temporário emergencial ou definitivo, em seus respectivos países”, diz o artigo 5º da MP.

A versão aprovada pelo Senado também afirma que os imunizantes autorizados em caráter emergencial e experimental pela Anvisa estão isentos do “termo de consentimento livre e esclarecido” durante o período declarado de emergência em saúde pública.

O termo, que exige que o vacinado se responsabilize sobre os efeitos do imunizante, foi defendido por Bolsonaro.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a dizer que o termo seria exigido apenas para as vacinas em uso emergencial –ou seja, sem registro definitivo da Anvisa. Quem se vacina atualmente no Brasil não precisa assinar documentos desse tipo.

Covax Facility

A MP foi editada pelo governo para garantir a participação do Brasil na Covax Facility.

De acordo com o texto, a adesão em como objetivo “proporcionar o acesso do país a vacinas seguras e eficazes contra a covid-19, sem prejuízo à eventual adesão futura a outros mecanismos ou à aquisição de vacinas por outras modalidades”. O governo brasileiro não fica obrigado a adquirir as vacinas por meio do projeto: a compra é opcional e “dependerá de análise técnica e financeira para cada caso”.

As despesas da participação no consórcio, bem como as de outras vacinas, serão cobertas por crédito extraordinário aberto pela MP 1.004/2020 e por recursos do Ministério da Saúde destinados ao Programa Nacional de Imunizações e a outras ações orçamentárias. Dos R$ 2,5 bilhões liberados pela MP 1.004, R$ 1,68 bilhão foi autorizado para utilização na Covax em janeiro deste ano.

Fonte: MSN

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Pesquisa Ibope mostra que 29% dos pais deixaram de imunizar os filhos em 2020

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Cerca de 29% dos pais deixaram o calendário de vacinação de seus filhos atrasar durante a pandemia, principalmente por medo da Covid-19 em 2020, aponta uma pesquisa do Ibope encomendada pela farmacêutica Pfizer. O levantamento demonstrou, por exemplo, que enquanto o coronavírus era temido por 75% dos responsáveis, a meningite era uma preocupação apenas para 57% deles e a poliomielite, 52%.

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Mesmo a gripe, que tem variedades particularmente agressivas em crianças, pontuou baixo na pesquisa, com apenas 9% dos pais se mostrando preocupados. Realizada por meio de mil entrevistas telefônicas com famílias de todo o país em outubro, o levantamento foi divulgado agora para coincidir com o início do ano letivo. A ideia, segundo a Pfizer, é que os números sirvam de alerta para o fato de que os estudantes, com atraso vacinal, podem correr mais riscos com outras doenças que circulem na escola do que com o coronavírus, que não costuma afetar crianças com tanta gravidade.

— Entre os pais, o medo de a criança adoecer por Covid-19 foi maior do que o de elas contraírem doenças muito mais frequentes e muito mais letais, que deixam sequelas mais graves — conta Julia Spinardi, líder medica de vacinas da Pfizer Brasil.

Outra preocupação, segundo a médica, é a pausa nas consultas de rotina das crianças na pandemia:

— Com a pesquisa, além disso, a gente viu que de 40% a 50% das famílias tiveram interrupção nas consultas de rotina com seus filhos no pediatra. Isso é bastante grave, porque outras situações que poderiam ser alertadas pelos médicos vão passar despercebidas — afirma Spinardi.

Entre as famílias que disseram ter atraso no calendário vacinal dos filhos, dois terços afirmaram ter intenção de recuperar o cronograma, e um terço relatou que preferia esperar o fim da pandemia para voltar aos postos. A pesquisa Ibope constatou ainda uma percentagem de 2% dos responsáveis que disseram que simplesmente não vacinam os filhos.

Segundo o infectologista Renato Kfouri, presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, esse número provavelmente é fruto de desinformação na internet.

— No Brasil você encontra os pais hesitantes, mais do que aqueles que se recusam a vacinar. São grupos que ficam inseguros depois de ouvir conversa na internet, se informam de maneira inadequada com fake news, e acabam sendo contaminados por essa insegurança. Aqueles recusam mesmo, por serem contra a vacina, são um grupo muito diminuto no Brasil — explica o médico.

Fonte: Yahoo Finanças

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IFA da vacina da Fiocruz chega amanhã

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Depois de muitos contratempos para a liberação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da China, o Brasil finalmente receberá, amanhã, os insumos necessários para a produção da vacina de Oxford/Astrazeneca, produzida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O atraso na entrega da matéria-prima, cuja primeira remessa deveria ter chegado ao país em janeiro, resultou no adiamento de um mês (de fevereiro para março) na entrega dos imunizantes pela fundação. A aeronave com a carga decola ainda hoje, de Xangai.

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Questionada sobre cronograma de entrega de imunizantes, agora com a chegada dos insumos, a fundação disse que detalhes serão divulgados apenas hoje. A Fiocruz só aguarda o princípio ativo para o início da produção, já que sua fábrica está preparada para finalizar as doses e distribuí-las ao Programa Nacional de Imunização (PNI). A primeira estimativa era de ofertar o primeiro milhão de unidades entre 8 e 12 de fevereiro e, nas sequências seguintes, ir aumentando o repasse, gradualmente.

As vacinas produzidas a partir do IFA da China precisam ainda ser aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que possam ser utilizadas na população. A Fiocruz entrou com pedido de registro da vacina junto à Anvisa na última sexta-feira. A partir daí, a Anvisa tem 60 dias para decidir se autoriza o uso ou não do fármaco.

No entanto, a expectativa é que esse prazo seja encurtado, visto que, atualmente, metade da documentação já consta com a análise concluída pelos técnicos. A agência afirmou que busca a superação dos prazos “para favorecer o acesso e apoiar as ações para o enfrentamento dessa emergência da saúde pública”.

A celeridade é possível uma vez que boa parte da documentação já foi previamente avaliada pela agência, tanto pela concessão do uso emergencial da vacina, quanto por meio do processo de submissão continuada, que permitiu o envio de informações à medida que fossem geradas. Até o momento, a fundação só havia importado 2 milhões de doses da vacina já pronta da Índia para dar início à vacinação no país e pediu o uso emergencial apenas para essas doses.

Hoje, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participa do evento de lançamento do edital de licitação para construção do Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação (Bio-Manguinhos/Fiocruz). Com isso, a Fiocruz poderá aumentar em quatro vezes a produção de vacinas e biofármacos. (BL, MEC e ST)

Fonte: Correio Braziliense

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Diretor da Anvisa reage a ameaça

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Apesar de críticas de parlamentares e ações de governadores no Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, negou que tenha sido pressionado pelo Executivo ou autoridades para afrouxar regra visando a liberação de vacinas contra a covid-19. “Nem do Planalto, nem do vale, nem da montanha, nem da planície, nem de ninguém. Nenhum acidente geográfico nos pressionou”, enfatizou, ao Correio.

Veja também: Governo e Opas firmam termo para aquisição mais rápida de insumos de saúde fabricados fora do Brasil

Na quarta-feira, a Anvisa retirou a exigência de estudo fase 3 para a aprovação de vacinas contra a doença. Mesmo com a mudança, a agência não se viu livre de pressões políticas (ainda que as negue), que ficaram claras com as declarações do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), em entrevista ao Estadão ontem. O parlamentar disse que pressionaria a Anvisa, politicamente, e ameaçou “enquadrar” a agência reguladora, caso não houvesse maior flexibilização nas regras para a aprovação de imunizantes.

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Torres reprovou: “Acho que, vindo de quem quer que seja, é muito ruim, porque atinge diretamente os servidores, pessoas que, há meses, estão trabalhando no limite. Em vez de receberem uma palavra de reconhecimento, recebem uma ameaça de enquadramento”, reprovou.

Fato é que a mudança definida pela Anvisa abriu espaço para a vacina russa Sputnik V, que já solicitou uso emergencial do imunizante no Brasil, mas não tem estudo fase 3 no país. Ainda que Torres negue, a decisão se deu em meio a pressões de governadores e parlamentares. Na quarta, por exemplo, a Rede pediu ao STF que a agência explicasse por que os estudos fase 3 do imunizante russo precisavam ser feitos no Brasil.

Além disso, na cúpula do governo, a pressão aumentou em meio aos entraves para conseguir importar a matéria-prima da Covishield, conhecida como a vacina de Oxford/AstraZeneca. Isso acabou fortalecendo, ainda mais, o papel da chinesa CoronaVac, que leva o carimbo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário político de Bolsonaro.

Treze dias antes da mudança promovida pela agência, em documento assinado por Torres e enviado ao STF — no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6661, em que o governo da Bahia questiona sobre aquisição de vacinas e, especificamente, sobre o caso da Sputnik —, fala-se justamente sobre o estudo fase 3. No texto, ele ressalta que, na etapa, são realizados testes “em grandes populações para avaliar a sua segurança e a sua eficácia, com o objetivo de comprovar que, de fato, a vacina é capaz de proteger contra a doença”.

Ao Correio, Torres justificou que o guia que sofreu alteração na quarta-feira foi publicado em 2 de dezembro de 2020, e vinha sendo discutido ao menos desde novembro. “As coisas são dinâmicas. E a nossa obrigação enquanto gestores e técnicos é: se surgir uma possibilidade de facilitar, por que não?”, afirmou.

Ontem, o Senado aprovou o Projeto de Lei de Conversão 43/2020 que autoriza a adesão do Brasil ao consórcio Covax Facility, prevendo a concessão do uso emergencial para importação, distribuição e uso de qualquer vacina contra a covid-19, mesmo aquelas sem estudo clínico de fase 3 no Brasil. Diferentemente do prazo da Anvisa para avaliar pedidos do tipo e sem testagem nacional — de 30 dias —, o projeto estabelece cinco dias para a liberação, desde que pelo menos uma das oito autoridades sanitárias internacionais reconhecidas tenha dado aval no próprio território.

Depois das declarações de Barros, Bolsonaro fez a tradicional transmissão ao vivo de quinta-feira ao lado de Torres. O chefe do Executivo afirmou que não faz interferências. “Uma agência não pode sofrer pressão de quem quer que seja. Eu não interfiro em agência nenhuma. Eu posso é conversar com o pessoal, sem problema nenhum. Assim como ninguém pode, acredito, pressionar a Anvisa”, ressaltou.

Fonte: Correio Braziliense

Cuba vai produzir 100 mi de doses e oferecer imunizante contra covid a turistas

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Cuba planeja produzir neste ano 100 milhões de doses da Soberana02, imunizante desenvolvido pelo país contra a covid-19. De acordo com Vicente Verez, diretor do Instituto Finlay, centro governamental de ciência sediado em Havana e dedicado à pesquisa e fabricação de vacinas, toda a população deve ser vacinada em 2021.

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Em um vídeo divulgado nessa 5ª feira (4.fev.2021) pelo canal TelesurTV, Verez disse que os turistas que visitarem Cuba em 2021 poderão receber o imunizante.

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“Certamente, estamos planejando produzir até 100 milhões de doses da SoberanaO2. Se tudo sair bem, este ano vamos vacinar a toda a população cubana”, declarou Verez. O país tem 11,3 milhões da habitantes. “E os turistas, se assim o quiserem, terão a opção de se vacinarem em Cuba”, completou.

Além da Soberana02, o país está desenvolvendo outras 3 vacinas contra a covid-19. Ao contrário de outros países em desenvolvimento, Cuba possui uma poderosa divisão de biotecnologia e seus próprios laboratórios. A Soberana02 é a vacina que está mais avançada nos testes.

A pesquisa cubana se concentra nas “vacinas baseadas em partículas semelhantes ao vírus, que apresentam vantagens em termos de capacidade de fortalecer e ativar o sistema imunológico”, disse Gerardo Guillén, diretor de pesquisa biomédica do CIGB (Centro de Imunologia Molecular e no Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia da Finlay), em junho.

Fonte: MSN