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País precisa criar estratégias para ampliar os índices de vacinação

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Costuma-se dizer que, quando se trata de saúde, o melhor remédio é a prevenção. Mas nem sempre as autoridades nos três níveis de governo seguem esse protocolo. Então, o jeito é correr atrás do prejuízo. É o que vem acontecendo em relação à vacinação. Com os índices de cobertura despencando, o Ministério da Saúde deu início, no último dia 6, a uma nova campanha de imunização contra a poliomelite e o sarampo. Até 31 de agosto, devem se vacinar todas as crianças de 1 a 5 anos, mesmo as que já foram protegidas. Neste sábado, Dia D da Vacinação, estima-se que mais de 36 mil postos estarão abertos em todo o país.

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A meta do Ministério da Saúde é vacinar, até o fim da campanha, 95% do total de 11,2 milhões de crianças nessa faixa etária. Até a última terça-feira, no entanto, os números eram bem desanimadores. Segundo o próprio ministério, foram imunizados 1,8 milhão contra a pólio e o mesmo número contra o sarampo, o que representa apenas 16% do previsto. Mesmo os estados com melhores índices permanecem longe da meta. Rondônia, o mais bem colocado nesse ranking, vacinou 45% para a pólio e 43,8% para o sarampo; São Paulo, 28,3% e 27,9% respectivamente.

Ainda de acordo com o Ministério, os estados com pior cobertura são o Amazonas, que imunizou em torno de 3% do público-alvo para sarampo e pólio, e Roraima (4,9% para pólio e 3,6% para sarampo). Os dados preocupam porque as duas unidades da Federação enfrentam um surto de sarampo, em boa parte importado da Venezuela. No Amazonas, foram confirmados 910 casos da doença, e, em Roraima, 296. Pelo menos seis pessoas já morreram em consequência da moléstia.

Não deixa de ser uma situação trágica, considerando que, em 2016, a OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) chegaram a atestar a erradicação da doença nas Américas.

Agora, o jeito é insistir nas campanhas de vacinação. Mas é preciso atacar também o vírus da desinformação. Baixos índices de imunização não ocorrem apenas com o sarampo e a pólio. Aconteceu com a vacina da febre amarela e, mais recentemente, com a da gripe. Imagina-se que a divulgação de notícias falsas nas redes sociais esteja desestimulando as pessoas a procurarem os postos de vacinação. Isso demanda das autoridades um trabalho incessante de convencimento.

Mas é preciso ir além. Não se pode admitir que crianças fiquem doentes ou até morram em consequência de doenças para as quais existem vacinas. Portanto, União, estados e municípios devem buscar estratégias para aumentar os índices de cobertura e proteger a população. Sabe-se que é plenamente possível. Tanto que muitas delas foram erradicadas. E voltaram por desleixo.

Fonte: O Globo

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