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Perda muscular causa doença do sono que pode levar à morte

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Pesquisador descobriu que exercícios ajudam a diminuir apneia em idosos Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Além de prejudicar o próprio sono e o de quem dorme no mesmo ambiente, a apneia aumenta o risco de doenças cardíacas que podem levar à morte.

O estudo Episono, feito com mais de mil pessoas na cidade de São Paulo desde 2007, apontou que a apneia está presente na rotina de 60% da população com mais de 65 anos.

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Trata-se de uma parada respiratória que ocorre durante o sono quando a pessoa interrompe a respiração por alguns segundos.

Isso pode ocorrer várias vezes durante a noite. Quando isso acontece, a oxigenação do sangue diminui e o coração precisa acelerar para que a pessoa acorde para recuperar o ar.

Por esse motivo a pessoa acorda imediatamente, como se tivesse se afogando ou tomando um susto.

Segundo a pesquisa feita na capital paulista, a doença não é uma preocupação apenas para idosos.

O estudo apontou que um em cada quatro jovens tem apneia, que é associada pela maior parte médicos como um mal causado exclusivamente pela obesidade.

Mas um estudo inédito feito por pesquisadores do Instituto do Sono, da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip), apontou que há outro fator tão importante quanto o excesso de gordura na causa dessa doença, especialmente em pessoas acima de 50 anos: a sarcopenia (perda de massa muscular).

O estudo coordenado pelo pesquisador e geriatra do sono Ronaldo Piovesan revelou que a baixa taxa de massa muscular atua como um catalisador da apneia, de maneira tão relevante quanto a obesidade. Toda a pesquisa usou como base os dados do Episono.

“Ao contrário do que pensavam antes, é necessária também a perda de massa muscular para que haja a apneia. A sarcopenia isoladamente ou a obesidade não aumentaram o risco de apneia. É a combinação das duas condições que leva a este distúrbio”, afirmou o pesquisador.

Em 2015, 700 das mil pessoas retornaram para participar da segunda fase dos exames do Episono. As primeiras avaliações ocorreram em 2007.

Na segunda parte da pesquisa, o pesquisador escolheu metade dos voluntários com mais de 50 anos de idade para fazer o teste de apneia.

Durante a análise, o cientista identificou que pessoas com menores taxas musculares têm mais chance de ter apneia do sono.

“Fomos os primeiros no mundo a mostrar que a obesidade associada à perda de capacidade física devido à perda muscular pode levar a um maior risco de apneia do sono a partir dos 50 anos de idade”, disse Piovesan.

Tratamento

Em outra pesquisa sobre o mesmo tema, o pesquisador brasileiro recomendou que esse grupo fizesse exercícios físicos durante 12 semanas.

A intenção era estimular o aumento do volume de massa muscular para entender se isso realmente faria alguma diferença no quadro de apineia.

Desde então, essas pessoas passaram a fazer sessões de 1 hora de musculação três vezes por semana.

“À medida que o tempo passou, o sono dos idosos acima de 65 anos melhorou”, afirmou o pesquisador, que apresentou o estudo Os efeitos da mudança corporal a partir dos 50 anos no sono nesta semana durante o Congresso Mundial do Sono em Vancouver, no Canadá.

Durante a conferência, ele explicou que “idosos com uma baixa taxa de massa muscular tendem a ter um sono menos eficiente, pois demoram mais para iniciar o sono e tem menos sono profundo, que é essencial para a recuperação muscular. Com o exercício, conseguiu-se reverter estes problemas de sono e os idosos passaram a dormir melhor.”

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/09/23/o-suplemento-nosso-de-cada-dia/

O Congresso Mundial do Sono, que ocorre a cada dois anos, durou cinco dias e contou com cerca de 3500 pessoas de diversos países.

O Instituto do Sono, que fez mais de 15 apresentações de pesquisas no evento tem uma pesquisadora que participa do comitê científico e outra do comitê do programa do congresso.

O próximo Congresso Mundial do Sono ocorrerá no Brasil, em 2021, no Rio de Janeiro.

Qual a diferença entre insônia e apneia?

A insônia é uma condição na qual as pessoas se queixam por dormirem mal.

Isso pode ser causado por diversos fatores, desde problemas psicológicos, causados por questões no relacionamento ou no trabalho, a desajustes no local onde a pessoa dorme.

Isso pode ocorrer por conta de um colchão muito mole ou um travesseiro muito alto.

Já a apneia é o aumento das interrupções na respiração durante o sono.

A apneia reduz os índices de oxigenação sanguínea e acelera o coração. Esse movimento repetido várias vezes ao longo dos anos pode criar um quadro de doença cardíaca.

É esforço demais para o coração. A longo prazo, isso também aumenta risco de morte do paciente.

Fonte: Terra

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