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PIX promete reduzir custos e mudar experiência de consumo

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O Banco Central iniciou na última segunda-feira, dia 5 de outubro, o processo de registro para habilitar pessoas jurídicas a receber pagamentos pelo PIX. E em dois dias, chegou a 10,1 milhões o número de adesões a esse novo meio de pagamento eletrônico instantâneo, cujas operações começam em 16 de novembro. Para o canal farma, a promessa é de expressiva redução de custos e uma nova experiência de consumo.

A plataforma será gratuita para pessoas físicas e vai permitir transferências diretas da conta do cliente para o varejo. O pagamento passa a ser feito pelo aplicativo do banco ou de uma carteira eletrônica. O consumidor só precisará abrir o app e ler o QR Code e, ao contrário do boleto, a transação será processada instantaneamente. As compras em dinheiro ou débito seguirão a mesma lógica.

A empresa, por sua vez, diminui o número de intermediários na cadeia de pagamentos e as despesas com taxas de maquininhas de débito. “Como, em média, 85% das transações no varejo são à vista, o impacto positivo tende a ser imediato”, avalia Willer Marcondes, diretor de consultoria estratégica da PwC Brasil. Além disso, a disponibilização imediata dos recursos aperfeiçoará a gestão do fluxo de caixa, o que pode reduzir a necessidade de crédito bancário.

Mas as vantagens para o varejista podem ir além dos custos. “Ao ativar o QR Code, a farmácia consegue inserir dados sobre a SKU, o medicamento e o desconto eventualmente concedido pelos laboratórios. Essas simples inserções possibilitam que o estabelecimento tenha um conhecimento precioso sobre os hábitos de compra do cliente, de forma automatizada”, comenta Marcondes. Ele entende ainda que a tendência de substituição do boleto pelo PIX deve levar mais consumidores à farmácia para serviços de correspondente bancário.

Para Thiago Rolli, sócio-diretor de Accounting & Financial Risk da KPMG, o varejo pode se apropriar da tecnologia para implementar soluções financeiras dentro desse ecossistema de pagamentos digitais. “A oferta de programas de benefícios torna-se mais ágil e atrativa, e o PDV ainda pode incluir a opção de adesão ao crediário no próprio e-commerce”, observa.

O modelo de compra just in time também propicia uma melhor administração do estoque. “O encaixe entre o pagamento e o ciclo de vida do produto deve se tornar mais calibrado, o que reduz desperdícios com itens fora da data de vencimento”, exemplifica Rolli.

Fintechs e redes de olho

Os ganhos do varejo farmacêutico com o uso do PIX já despertam a atenção de grupos como o Mercado Pago, fintech de pagamentos do Mercado Livre. Rodrigo Furiato, diretor da carteira digital da empresa, crava que as farmácias estarão entre os grandes disseminadores da plataforma e já deu início a prospecções no segmento. “O varejo que não vende parcelado vai ditar a velocidade de implantação do PIX”, opina.

Redes do varejo farmacêutico como a Panvel devem aderir rapidamente a essa nova modalidade. Depois de captar R$ 1,08 bilhão no mercado financeiro, a companhia planeja direcionar parte desses recursos para alavancar as vendas por canais digitais, com foco especialmente nos consumidores de São Paulo. O comércio online, que representava 10% do faturamento médio anual, passou a totalizar 18,5% após o surgimento da pandemia.

“Aceitamos transações por Apple Pay e Contactless desde 2018, pelo Mercado Pago desde 2019 e, agora, pelo PicPay. Estamos ampliando gradualmente os meios de pagamento digital com a proposta de receber todas as novas modalidades”, destaca Roberto Coimbra, diretor executivo de operações.

No último mês de maio, foi a vez de a Drogal agregar ferramentas de QR Code às opções de compra em todas as suas 178 lojas no estado de São Paulo. A iniciativa também atende às orientações de prevenção contra a Covid-19, uma vez que elimina o contato entre cliente e operadores de caixa. Atualmente, a rede utiliza as carteiras digitais do Mercado Pago, Iti Itaú e Picpay. Em breve, estará disponível também o pagamento pelo Ecommerce.

“É uma opção segura e rápida em tempos de pandemia. Beneficia quem quer pagar sem contato com nossos operadores ou maquininhas. Apostamos nas parcerias com as principais carteiras digitais para levar mais essa facilidade aos nossos clientes”, comenta o diretor administrativo Marcelo Cançado.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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