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Polícia acusa dono de distribuidora por morte de irmão

Polícia acusa dono de distribuidora por morte de irmão
Crédito: Reprodução do Facebook (Lupa 1)

Um dono de distribuidora de medicamentos e de uma rede de farmácias está envolvido na investigação de assassinato envolvendo o próprio irmão. A Polícia Civil do Piauí concluiu as apurações sobre a morte do empresário Janes Cavalcante de Castro e pediu o indiciamento e a prisão preventiva de Gerardo Pontes Cavalcante Neto, sócio da Toureiro Farma.

Castro foi morto a tiros em setembro de 2020, no município de Parnaíba, no litoral do Piauí. O assassinato teria como motivação uma briga pela herança e Gerardo seria o mandante. Responsável pelo caso, o delegado Maikon Kaestner entregou o inquérito à Justiça na última sexta-feira, dia 14, segundo informações do portal R10.

O empresário foi acusado de homicídio qualificado, em troca de pagamento ou promessa de recompensa, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também por lavagem de dinheiro. Imagens de câmeras de segurança confirmaram que os autores do crime estavam à espreita da vítima nas imediações de sua residência e a executaram com um tiro na cabeça.

Gerardo teria, inclusive, sacado da conta bancária do Grupo Toureiro o valor pelo assassinato do irmão. O delegado revela que duas transferências que partiram do Grupo Toureiro chamaram a atenção na investigação, que ouviu familiares e funcionários da empresa.

A polícia recomendou ainda o indiciamento e prisão de outro sócio de Gerardo, Flávio Leal dos Santos e a esposa Carla Mariah Galeno de Melo, além de Mário Roberto Bezerra Correia e a esposa Elisabeth Ruth Rangel – os dois últimos teriam sido os operadores financeiros e contratado os assassinos.

Dono de distribuidora nega envolvimento

Dono de distribuidora e também de seis farmácias em Teresina e Parnaíba, Gerardo Pontes Cavalcante Neto negou envolvimento no assassinato. Em nota oficial no Instagram, a companhia alega que o empresário foi “injustamente indiciado sem nenhum motivo concreto” e que o delegado estaria tentando desacreditá-lo.

A Federação do Comércio do Piauí (Fecomercio-PI), da qual Gerardo é um dos diretores, também se manifestou. A entidade alega que “o delegado em questão já pediu o indiciamento de várias outras pessoas que, segundo ele, também seriam suspeitas de terem participado do mesmo crime, sendo que a grande maioria delas não foi sequer indiciada”. Relata ainda que o inquérito não apresenta nenhuma prova material e que o delegado acelerou o inquérito por que estava prestes a ser afastado do caso.

Distribuidora também se envolveu em caso de sonegação

O Grupo Toureiro também é alvo de outra investigação, que apura R$ 27 milhões em sonegação de impostos de Raimundo Florindo de Castro, pai de Gerardo. Segundo reportagens do Lupa1 e do GP1, a execução fiscal corre na Subseção Judiciária da Justiça Federal de Parnaíba.

De acordo com a ação, ajuizada em 23 de dezembro de 2022 pelo procurador Pablo Galas Pedrosa, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o dono do Grupo Toureiro deve a quantia referente à cobrança de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Cofins, Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido e PIS.

A Justiça previa a penhora dos bens em caso de não pagamento da dívida, obedecendo a seguinte ordem de acordo com a Lei de Execução Fiscal – dinheiro, título de dívida pública ou de crédito, com cotação na bolsa, pedras e metais preciosos, imóveis, navios e aeronaves, veículos, móveis, e direito e ações.

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