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Polícia investiga se casal de irmãos fingiu trabalhar na farmácia do pai para ser vacinado em São Joaquim da Barra, SP

A Polícia Civil investiga se um casal de irmãos furou a fila da vacinação contra a Covid-19 em São Joaquim da Barra (SP). A denúncia foi feita ao Ministério Público (MP), que solicitou a abertura de inquérito.

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A Prefeitura também instaurou uma sindicância para apurar a participação de servidores da saúde no caso. Uma enfermeira e uma auxiliar de enfermagem, que trabalhavam no dia em que os jovens foram imunizados, estão afastadas.

Suspeita de fura-fila

Segundo a denúncia, a mulher, de 21 anos, e o irmão dela, de 18, foram vacinados em um posto de saúde no município ao se passarem por funcionários de uma farmácia. Mas, de acordo com os denunciantes, o casal não trabalha no estabelecimento, mas é filho do dono.

De acordo com a investigação, eles teriam conseguido a dose quando a Prefeitura começou a aplicar a CoronaVac em profissionais da saúde da rede particular, o que inclui funcionários de drogarias.

‘A gente pediu que as unidades de saúde particulares, principalmente, enviassem para nós a lista com aqueles profissionais que estavam trabalhando com eles’, diz o diretor técnico de saúde, José Eduardo de Castro.

Por causa da denúncia, duas profissionais que atuavam no posto de saúde foram afastadas do programa de vacinação até que o caso seja esclarecido.

‘Pretendemos apurar se elas sabiam que essas pessoas em questão eram ou não eram profissionais de saúde e se elas tinham alguma ligação’, afirma Castro.

Segundo dados da Prefeitura, São Joaquim da Barra tem aproximadamente 3,4 mil profissionais da área da saúde e todos já receberam as duas doses do imunizante.

Apuração

O delegado José Bernardino Alecrin, que investiga o caso, disse que os irmãos e todas as pessoas que estavam trabalhando no posto de saúde deverão prestar depoimento nos próximos dias. O dono da farmácia, pai do casal, também pode responder criminalmente.

‘Vamos apurar a responsabilidade criminal do profissional de uma farmácia que teria inserido em declaração falsa os dois filhos como funcionários do estabelecimento, visando ter direito a vacina. Ele pode responder por falsidade ideológica’, diz.

Além da investigação criminal, os dois jovens podem ser multados. Uma lei estadual criada em fevereiro determina o pagamento de multa no valor de R$ 49mil para quem tomar a vacina antes dos grupos prioritários.

Se ficar provado que o agente público responsável pela aplicação da dose sabia o que estava fazendo, também paga multa de R$ 24 mil.

A EPTV, afiliada da TV Globo, esteve na farmácia onde os irmãos trabalhariam, mas ninguém quis comentar o caso.

Fonte: G1.Globo

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