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Prati-Donaduzzi nacionaliza produção de insumos

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Mesmo com a pandemia da Covid-19, a Prati-Donaduzzi manteve inalterado seu plano de investimentos de R$ 700 milhões até 2023. Mas o objetivo vai muito além de dobrar o faturamento de R$ 1,1 bilhão em três anos. A indústria farmacêutica paranaense vem trabalhando em um ambicioso projeto para nacionalizar a tecnologia na produção de insumos e reduzir a dependência de importações.

A companhia avançou mais um passo nessa estratégia ao lançar no fim de agosto o Elatium, voltado ao tratamento do mal de Alzheimer. O medicamento é resultado de uma produção nacional com uso de pellets, microesferas com tamanho milimétrico que contêm o princípio ativo do fármaco. Presente em larga escala no mercado indiano, o sistema é a aposta da Prati-Donaduzzi para ganhar espaço na área de prescrição médica, em especial com soluções para doenças do sistema nervoso central.

Tradicionalmente, os laboratórios atuantes no Brasil importam os pellets e envasam no país. Mas com o domínio da tecnologia, a Prati-Donaduzzi conseguiu isolar substâncias e liberar dois princípios ativos que não podem ser combinados em um único produto. “No caso do Elatium, viabilizamos dois tipos de liberação na mesma cápsula – uma de até 60 minutos e outra de 24 horas, o que permite a ingestão do remédio apenas uma vez por dia, garantindo a eficiência do tratamento com mais comodidade”, observa o diretor-presidente Eder Fernando Maffissoni.

Segundo o executivo, a farmacêutica iniciou o estudo dessa tecnologia em 2010, o que já consumiu investimentos de R$ 20 milhões. O primeiro medicamento com pellets foi o genérico do galantamina, lançado em 2017 e destinado ao Ministério da Saúde. “Com o Elatium, queremos ampliar a atuação no varejo, cuja representatividade saltou de 15% para 62% em dez anos. O poder público responde pelos demais 38%”, ressalta. A empresa também espera obter até 2021 o registro do omeprazol junto à Anvisa. A capacidade total de produção com pellets é de 150 milhões de doses por ano.

Expansão fabril

Para absorver esse projeto de nacionalização, a Prati-Donaduzzi está injetando R$ 650 milhões na expansão do polo fabril de Toledo (PR). O investimento tem três etapas, começando pela ampliação dos blocos existentes e seguindo com a entrega do novo centro de distribuição, em dezembro. E até 2022, a projeção é inaugurar o quarto bloco fabril, que está em fase de terraplanagem. A farmacêutica espera ampliar de 12 bilhões para 17 bilhões o volume de doses terapêuticas produzidas. “Só a nova fábrica deve adicionar mais 4 bilhões de comprimidos”, antecipa Maffissoni.

Os medicamentos da empresa estão presentes em mais de 55 mil farmácias e 36 mil Unidades Básicas de Saúde. São 130 produtos que representam 411 apresentações ativas e em comercialização.

Em busca de novos medicamentos e terapias, a companhia reverte até 6% da receita bruta anual para área de pesquisa & desenvolvimento, que mobiliza 300 profissionais. Outra iniciativa é a formação de um comitê de inovação, com reuniões periódicas entre sete integrantes fixos e dois convidados – incluindo consultores externos e médicos de referência em cada patologia.

Canabidiol

Da planta de Toledo saiu um dos lançamentos pioneiros da indústria. O primeiro produto à base de canabidiol nacional recebeu a chancela da Anvisa em abril e já está disponível em redes como Droga Raia, Drogal, Drogaria Araujo, Drogaria São Paulo e Drogasil. O fitofármaco exigiu um aporte de R$ 30 milhões. Ao nacionalizar a produção e reduzir custos, a empresa abre portas para um projeto de internacionalização. Desde 2018, ela já exporta uma linha de alimentos funcionais para os Estados Unidos, mas Maffissoni planeja a criação de uma unidade de negócios em território norte-americano.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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