Preço dos autotestes preocupa e pode ser empecilho para popularização

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A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) veio com atraso, mas finalmente houve a liberação da venda e do uso dos autotestes para detecção da Covid-19. Os exames, que podem ser realizados em casa sem o auxílio de um profissional da saúde, já são comercializados ou distribuídos gratuitamente pelos sistemas públicos de saúde de alguns países e são considerados fundamentais para a detecção precoce e controle das contaminações.

Apesar da ótima notícia, o preço que esses produtos devem chegar nas prateleiras preocupa e pode ser um grande empecilho para o objetivo da ferramenta, que é ampliar o acesso de testagem. No Brasil, os testes disponíveis para detecção da Covid-19 não saem por menos de 80 reais, chegando a até 400 reais. Recentemente, a alta procura fez os preços escalarem, levando muitos estabelecimentos a serem notificados pela prática de preços abusiva pela Senacon, órgão de defesa do consumidor do Ministério da Justiça. Vale destacar que ainda não há uma previsão para que os novos testes passem a ser comercializados e que, por isso, não há preço definido para eles. Segundo comunicado da Anvisa e da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogaria (Abrafarma), as empresas interessadas precisam pedir um registro junto à Anvisa, e só após aprovação do órgão, o produto pode ir para as prateleiras.

O kit para testagem rápida é oferecido de forma gratuita pelos governos nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália. Alguns dos citados também permitem a comercialização nas principais farmácias como forma de ampliar o alcance das testagens. Na Europa, o governo não arca com este custo. Por lá, o peço do autoteste pode variar entre 5 euros a 10 euros, um valor considerado barato para a renda do cidadão europeu. Na conversão pelo câmbio oficial, variam entre 30 e 60 reais.

Por aqui, o governo ainda não deu sinalizações de que o kit possa ser distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dia antes da aprovação da Anvisa, na quarta-feira, 27, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já havia afirmado que o kit não teria distribuição gratuita. A Anvisa espera que sejam comercializados a preços bastante inferiores aos atuais testes disponíveis hoje no mercado.

Fonte: 24 Brasil

 

Veja Também:https://panoramafarmaceutico.com.br/farmacias-prontas-para-venda-autoteste/

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