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Problema vascular pode causar melasma

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O melasma é uma doença que altera a cor da pele e não tem cura, mas tem controle. A mancha escura, geralmente, é no rosto. Ainda não se conhece a causa, mas sabe-se que a questão genética é importante.

Melasma. As manchas que são uma das maiores queixas nos consultórios dos dermatologistas podem ter causa vascular. No Bem Estar desta quinta-feira, 30 de novembro, o dermatologista Sérgio Schalka explica se remédios que tratam problemas vasculares podem ajudar a controlar as manchas.

Quem tem, sabe como é complicado tratar e entre os produtos, o protetor solar é fundamental. Mas será que ele protege do calor do ferro de passar roupa e até do bafo que a gente sente quando entra no carro? Quem explica esse assunto é a Dra. Márcia Purcelli.

O melasma é uma doença que altera a cor da pele e não tem cura, mas tem controle. A mancha escura, geralmente, é no rosto. Ainda não se conhece a causa, mas sabe-se que a questão genética é importante.

Dr. Sérgio Schalka explica um novo estudo que ele participou e que chegou a uma possível causa: doença vascular. De acordo com as pesquisas, o melasma seria decorrente de uma alteração vascular em que a substância endotelina1 é liberada e estimula a melanina. A partir daí, faz sentido que alguns remédios usados para doenças vasculares ajudem a tratar o melasma.

Mas o que faz os vasos de algumas pessoas liberarem essa substância e de outras não? Algumas possibilidades – Inflamação: o processo inflamatório desencadeia esse processo, exemplo, queimadura solar, alergia e irritação. Hormônios: isso faz sentido quando vemos que o melasma é mais comum nas mulheres no período fértil, na gravidez ou nas que tomam pílulas anticoncepcionais. Todas essas fases têm alteração hormonal. Infravermelho: é uma das partes dos raios solares, a responsável pelo calor.

O sol para quem tem melasma – Quem tem melasma sabe que não pode tomar sol sem proteção solar e se puder evitar a exposição é melhor ainda. Mas o que é interessante é que cada parte do raio solar age de uma forma diferente e precisa ser protegida também de forma diferente.

UVA – O UVA estimula o melanócito a produzir melanina, aumenta a intensidade da cor. O UVA causa câncer, é o responsável pelo bronzeamento, rugas e manchas na pele. Atinge a derme e epiderme e tem distribuição uniforme o ano todo, até no sol de inverno. Recomendação: Não existe proteção total ( 100%) para o raio UVA, por isso, quem tem melasma não deve tomar sol. Caso vá se expor ao sol, a recomendação é: o fator mínimo de proteção é 30, filtro com cor, uso de chapéu com proteção UV e repassar o filtro a cada duas horas.

UVB – O UVB estimula o queratinócito, que danifica o DNA da célula e estimula a produção de melanina. O UVB causa a queimadura solar, que é um processo inflamatório, ou seja, vasodilatação e calor – duas situações que pioram muito o melasma. Esse raio solar causa câncer, faz a vitamina D e causa vermelhidão na pele. O raio é mais forte no verão. Recomendação: Evitar horários de picos da radiação UVB (entre 10h e 16h), usar filtro solar (FPS 30 mínimo) e refrescar o rosto com água termal fria porque tem anti-inflamatório.

Luz visível – A luz visível é toda luz que enxergamos a olho nu: o sol, as lâmpadas artificiais, o computador, as telas de tablets ou smartphones. A luz visível pode desencadear ou piorar urticárias e o melasma, além de também provocar o envelhecimento precoce e o surgimento de manchas escuras, principalmente no rosto. Recomendação: Contra a luz visível, precisamos de uma proteção que também seja visível. Nesse caso, a melhor opção é o protetor com cor.

Infravermelho – É o calor! Pessoas com melasma têm a sensação de mormaço, de quente. Essa ação térmica causa a alteração vascular. Recomendação: Ainda não foi descoberta uma proteção contra o calor, mas molhar o rosto ajuda. A ideia é não deixar a pele esquentar muito.

Tratamento – Os médicos ainda estão atrás da consequência do melasma. O tratamento começa depois que a mancha aparece. Quando a ação da endotelina1 estiver mais clara, será possível impedir o problema desde o início e o tratamento será mais eficaz.

O tratamento clássico hoje é feito com clareadores e filtro solar. Os clareadores combinam: cortisona (efeito anti-inflamatório), hidroquinona (age na degradação da melanina) e ácidos (ação na renovação celular). Medicamentos sistêmicos, como o ácido tranexâmico, inibem a hemorragia e também são usados e, agora, sabemos porque eles dão certo, por causa da questão vascular que foi descoberta. Podem ser injetáveis ou orais. Picnogenol: extrato de uma planta que também é usado para tratamento vascular. Estudos mostraram que ele inibe a endotelina1. Laser e peelings podem ajudar, depende de cada caso. Quanto mais morena, mais difícil de tratar o melasma por causa da quantidade de melanina.

Tipos de filtro solar – Existem vários tipos no mercado, cada um indicado para um tipo de pele. Clareador: ideal para quem tem melasma; Anti-acne: tem clareador também e ajuda a conter a oleosidade; Anti-idade: para peles maduras.

Fatores de Proteção (FPS) – O fator de proteção solar é usado para definir a proteção contra radiação UVB. É o clássico que vemos na embalagem.

Fonte: G1

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