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Produção industrial tem queda em 9 das 15 regiões pesquisadas, aponta IBGE

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A produção industrial registrou queda, na passagem de março para abril, em 9 das 15 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram os dados divulgados nesta quarta-feira (9).

As quedas mais acentuadas foram registradas na Bahia, onde o recuou chegou a 12,4%, e na região Nordeste, com recuou de 7,8%. Já a maior alta foi registrada no Amazonas, que teve crescimento de 1,9%, na segunda alta consecutiva.

Nove das 15 regiões pesquisadas pelo IBGE registraram queda na produção industrial em abril — Foto: Economia/G1

No resultado geral do país, a produção da indústria recuou 1,3% em abril, na terceira queda mensal consecutiva após nove altas.

Segundo o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, a disseminação de taxas negativas entre as regiões pesquisadas reflete os efeitos das medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus pelo país.

“O resultado de abril é explicado pelo agravamento da pandemia de Covid-19, com medidas restritivas mais duras que resultaram em diminuição ou escalonamentos na jornada de trabalho, o que atinge a produtividade”, explica o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida.

Baixo desempenho do setor de petróleo

 

O IBGE destacou que os resultados regionais “mostram que o baixo desempenho do setor de derivados do petróleo afetou as indústrias locais”.

É o caso da Bahia que, segundo o IBGE, “viu esse comportamento da indústria refletir de maneira mais relevante no setor de derivados do petróleo”.

A queda de 12,4% da produção industrial baiana foi a maior para o estado desde abril de 2020, auge da pandemia, quando o recuo chegou a 23,4%. O IBGE enfatizou que esta foi a quinta taxa negativa seguida, que resultaram em uma perda acumulada de 31,8% no período.

A região Nordeste, que teve a segunda maior queda entre as regiões pesquisadas, também foi afetada pelo resultado negativo do setor de derivados do petróleo, segundo o gerente da pesquisa. Almeida destacou, no entanto, que a região também foi prejudicada pelo baixo desempenho da atividade de couro, artigos de viagens e calçados.

“Cabe lembrar que o cálculo do Nordeste abrange todos os estados, ou seja, o desempenho da Bahia também afetou”, ponderou o pesquisador. Ele destacou, ainda, que esta também foi a quinta taxa negativa consecutiva para região, com perda acumulada de 17,1% no período.

São Paulo, que concentra o maior parque industrial do país, também apresentou queda acima da média nacional, com recuo de 3,3%. Segundo o gerente da pesquisa, o resultado paulista se deu “muito por conta do baixo desempenho também do setor de derivados do petróleo, além dos setores farmacêutico e de outros produtos químicos”.

AM e RJ tiveram bom desempenho no setor de petróleo

 

Embora o setor de petróleo tenha prejudicado o desempenho de diversas indústrias locais em maio, no Amazonas e, sobretudo, no Rio de Janeiro, foram beneficiados pela atividade.

O Amazonas teve a segunda taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 11% no bimestre. “No estado, o setor de derivados de petróleo apresentou bom desempenho”, destacou o IBGE.

Já alta de 1,5% na produção do Rio de Janeiro foi a principal influência positiva do resultado nacional. De acordo com o IBGE, o resultado fluminense foi “impulsionado pelo setor extrativo, mais especificamente, a extração de petróleo”.

12 locais com alta na comparação interanual

 

Em relação a abril de 2020, mês de maior tombo da indústria nacional, 12 dos 15 locais pesquisados registraram alta na produção, segundo o IBGE. O ganho da indústria nacional foi de 34,7% nesta base de comparação.

Segundo o gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, os resultados positivos foram influenciados pela baixa base de comparação, já que o setor industrial foi bastante pressionado, em abril de 2020, pelo isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.

Amazonas (132,8%) e Ceará (90,2%) tiveram os maiores avanços. Paraná (55,1%), Rio Grande do Sul (53,8%), Santa Catarina (50,5%) e São Paulo (45,5%) também registraram taxas acima da média da nacional. Outros locais que apresentaram alta foram Minas Gerais (32,5%), Pernambuco (31,4%), Espírito Santo (26,1%), região Nordeste (20,2%), Rio de Janeiro (10,3%) e Pará (6,0%).

Dentre os três locais que registraram taxa negativa, a Bahia (-10%) teve a maior queda, seguida por Goiás (-8,7%) e Mato Grosso (-2%).

Fonte> G1

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