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Pulseira de laser mede taxa de glicose

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Diabéticos precisam controlar os níveis de glicose no sangue para evitar complicações provocadas pela doença, como a cegueira e ataques cardíacos. A fim de facilitar essa atividade diária, pesquisadores americanos desenvolveram um aparelho que consegue fazer o monitoramento de açúcar no corpo sem a necessidade de retirada de sangue. A tecnologia foi apresentada na última edição da revista Analytical and Bioanalytical Chemistry.

O aparelho usa a técnica chamada espectroscopia Raman e mede a glicose a partir da composição química da pele de um indivíduo. Outra novidade é que a análise é feita sem exigir muito esforço por parte do diabético. Basta ele colocar uma pulseira, que passa uma luz laser sobre sua pele para detectar diferentes componentes, como tecido adiposo, proteínas, colágeno e moléculas de glicose.

As mudanças nos comprimentos de onda obtidas com a análise criam uma espécie de impressão digital molecular, que pode ser usada para determinar os níveis de glicose. Quando ligada a um cabo de fibra óptica, a pulseira passa as informações colhidas ao próprio usuário, a um médico ou a outro profissional de saúde.

Para testar a solução tecnológica, os cientistas mediram os níveis de glicose no sangue de 20 adultos saudáveis e não diabéticos antes de eles ingerirem uma bebida rica em glicose. As taxas foram medidas novamente durante os 160 minutos seguintes por meio de três métodos: espectroscopia, exame de sangue e a tradicional picada no dedo.

Os pesquisadores concluíram que a espectroscopia previu valores de glicose com a mesma precisão que o último procedimento. “Atualmente, os níveis de glicose no sangue são testados por meio de uma picada no dedo ou por via intravenosa. A abordagem que estudamos não é invasiva e usa um laser para monitorar os níveis de glicose na pele”, ressalta, em comunicado, Anandhi Upendran, diretora de Inovações Biomédicas da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, e uma das autoras do estudo.

Demanda clínica

A cientista chama a atenção para a importância da criação de medidas que facilitem o combate de uma doença tão incidente na população mundial. “Com o diabetes em ascensão, o desenvolvimento de um método alternativo preciso, eficiente e barato para testar os níveis de glicose no sangue é uma necessidade clínica urgente”, frisa Anandhi Upendran, que trabalhou em parceria com cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

Com mais testes, os pesquisadores esperam que a espectroscopia possa se tornar um método alternativo para o monitoramento da glicose em pacientes que estão em ambientes de cuidados clínicos em que não é possível coletar sangue. Mais à frente, a intenção é de que a tecnologia se torne um instrumento de análise portátil.

“Com o diabetes em ascensão, o desenvolvimento de um método alternativo preciso, eficiente e barato para testar os níveis de glicose no sangue é uma necessidade clínica urgente”

Fonte: Jornal Correio Braziliense

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