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Família vai à Polícia por racismo em farmácia da Araujo

racismo em farmácia

Uma família de Belo Horizonte (MG) acusa um funcionário de racismo em farmácia da Drogaria Araujo. O caso de discriminação teria ocorrido terça-feira, dia 19, na drogaria do bairro Floramar situada na região norte da cidade. A vítima é um adolescente de 15 anos que entrou no estabelecimento com um chocolate que havia comprado em uma padaria próxima.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o jovem relatou que o funcionário questionou se ele tinha nota fiscal comprovando a compra do chocolate em outro local. Ao receber o não como resposta, o atendente afirmou que iria conferir as câmeras, pedindo para o que o adolescente esperasse e dizendo que “seria melhor efetuar o pagamento”. Além disso, os pais do menor teriam recebido uma ligação da loja dando conta de que o filho estava sendo acusado de furto.

“Meu sobrinho sempre vai buscar pão com o meu cartão e eu sempre deixo ele comprar um chocolate. Ontem, ele passou na padaria, comprou os pães, um Kit Kat, mas não pegou a nota. Em seguida, ele foi para a Drogaria Araujo, onde pedi para ele comprar uma fórmula infantil de leite que custa R$ 63”, contou a tia do adolescente, Carolina Silva, em entrevista ao G1.

O adolescente teria sido abordado pelo atendente logo após se dirigir à prateleira de chocolates da farmácia e conferir os preços. Ele ainda passou pelo caixa e pagou o leite que tinha ido comprar.

Racismo em farmácia foi registrado como atrito verbal

A família também acusa a Polícia Militar de desencorajá-la a registrar o boletim de ocorrência. Curiosamente, o caso foi registrado como atrito verbal, sem qualquer menção à discriminação racial. A corporação não se manifestou até o momento, mas a Polícia Civil emitiu uma nota para confirmar a abertura de procedimento para apurar os fatos.

Posicionamento do funcionário e da rede

O registro policial apresenta outra versão dada pelo funcionário da Drogaria Araujo. Ele alegou que o adolescente estava comendo o produto no corredor de chocolates e, por essa razão, alertou o menino sobre a proibição do consumo na loja, quando solicitou a nota fiscal do outro estabelecimento. Ele nega a acusação de racismo e de reter o cliente na unidade. O funcionário também disse ter se dirigido à central de câmeras para confirmar a resposta do adolescente, mas havia um ponto de cego no local.

A rede emitiu um posicionamento oficial, que segue na íntegra.

“A Drogaria Araujo manifesta publicamente repúdio a quaisquer formas de discriminação, seja por raça, gênero, orientação sexual, religião, ideologia, origem étnica ou diversidade funcional. Diante disto, informa que está apurando os fatos e tomará imediatamente as providências necessárias”.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

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