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Remédios que estão em falta nas farmácias do estado devem chegar em maio, diz governo de PE

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A insulina do tipo Lantus e o Prolopa 200/50, medicamento usado no tratamento da doença de Parkinson, que estão em falta nas farmácias do estado há mais de três meses, devem chegar à rede pública ainda em maio. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (4) pelo diretor-geral de Assistência Farmacêutica de Pernambuco, Mário Moreira. (Veja vídeo acima)

De acordo com Moreira, os remédios devem chegar à rede pública em até 15 dias. Segundo ele, outros medicamentos já estão disponíveis, como o bortizomide. Ele é usado no tratamento do mieloma múltiplo, um tipo de câncer que atinge a medula óssea. Foram adquiridos 191 frascos.

As farmácias do estado fornecem gratuitamente 268 medicamentos de uso contínuo, considerados caros. De acordo com Moreira, o aumento no número de beneficiários, a falta de recursos e a dívida do governo com fornecedores provocaram a falta de remédios.

“Nós tinhamos 35 mil pacientes, hoje são 53 mil. Esse aumento ocorreu no período de 20 meses. O agravamento da crise fez com que muitas pessoas entrassem no SUS. Eram 350 doentes que o setor aprovava por mês, hoje são mil, mais do que o dobro. Isso quebrou o nosso planejamento de compras”, justificou.

Segundo ele, Pernambuco tem gasto entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões em medicamentos e recebe R$ 1 milhão de contrapartida do governo federal. “Então, o peso financeiro grande tem caído para os cofres publicos estaduais”, acrescentou.

Ainda de acordo com Moreira, o fornecimento nas farmácias do estado subiu de 25% para 70% nos úlltimos oito meses. “Ainda não é bom. O nosso objetivo é chegar a 100% de abastecimento e estamos trabalhando para solucionar esse problema”, afirma.

A falta de remédios nas farmácias do estado está sendo investigada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) há um ano. De acordo com a promotora Maria Ivana Botelho, o problema é a dívida do governo estadual com os fornecedores. “O fornecedor não tem interesse de vender a quem ainda está devendo a ele”, afirma.

O diretor de Assistência Farmacêutica, Mário Moreira, no entanto, não acredita que isso seja o principal problema. “É muito preocupante a colocação de que não existe fornecimento. Quando a gente não tem a saída A, tem a B, tem a C, mas sempre tem alguém querendo vender”, afirma.

O diretor não soube informar o valor exato da dívida nem um prazo para a solução do problema. “Tem uma parte financeira [no governo] que cuida dessa área. Não é uma dívida não liquidável. Ela necessita de um aporte financeiro para ser solucionada”, justificou.

Fonte: G1

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