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Saúde avança com monitoramento remoto

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Os benefícios da internet das coisas na área da saúde começam a ganhar espaço com apoio de um conjunto de players que inclui de operadoras de telecom a startups, as chamadas healthtechs. Segundo estudo da Liga Ventures publicado no ano passado, entre 263 startups especializadas em saúde em atuação no país, 16 empregam IoT para monitoramento de locais, equipamentos, produtos e pacientes — e a tecnologia é empregada também em áreas como ensino. Uma das mais maduras no ramo é a Carenet. Nasceu em 2014 com oferta de dispositivos vestíveis de marca própria e aplicativo de automonitoramento para o consumidor final, mas tornou-se fornecedora de plataforma para sustentar a entrada da Netshoes no segmento no ano seguinte.

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Acelerada pela Wayra, hoje com espaço no Cubo (Itaú) e no Habitat (Bradesco, a empresa concentrou-se no nicho de monitoramento remoto de saúde. Até o fim do ano passado se posicionava como butique com projetos individualizados de IoT para empresas com fornecimento de diferentes “peças” das soluções, como integração, gateway para recepção dos dados, aplicativos e painéis para visualização. A percepção da cadeia da saúde do valor dos dados gerados por pacientes tende a turbinar o negócio, que recebeu investimentos de R$ 4 milhões do fundo Criatec 3 pela Inseed. A Carenet já realizou mais de 60 integrações em dispositivos de diferentes marcas e tem cerca de 140 mil vidas monitoradas, atuando como braço digital da AxisMed, empresa de gestão de saúde da Telefonica.

 

Segundo o CEO Immo Paul, um dos exemplos de sua atuação é a integração de dispositivos vestíveis da suíça Biovestin no monitorar 12 sinais vitais de pacientes na enfermagem do nordestino Hapvida. Em 2019, a startup passou a oferecer produtos de prateleira. O Morpheus capta sonolência de motoristas, com base em headset com sensores para captar dados cerebrais e rede neural com 98% de acurácia. Outro, uma camada para integrar dispositivos de UTIs, testada em hospitais interessados em eficiência e na certificação nível 7, que requer eliminação do uso de papel para registros. Para saúde primária, fornece integração de dispositivos médicos e para exame de sangue remoto. A BR Hommed fez o percurso oposto. Depois de um bem sucedido projeto piloto com monitoramento remoto de 60 pacientes diabéticos na Unimed Sorocaba comprovar resultados como redução da taxa média de hemoglobina glicada e de visitas ao pronto atendimento, a operação foi estendida para cerca de 1 mil pacientes crônicos, como gestantes, tabagistas, hipertensos, doentes renais e obesos. Eles recebem dispositivos fabricados com marca própria na China e suportados por bluetooth, como glicosímetros, aparelhos de pressão, balanças e pulseiras de atividade física, além de aplicativo que funciona também com vestíveis de mercado e apoio da central de atendimento com enfermeiras, nutricionistas e psicólogos para interação em caso de necessidade.

 

Em novembro, a empresa abriu a operação de varejo Wippe Saúde, para vender planos de atenção direto ao consumidor, detalha o diretor de telemedicina Daniel Dipp. CEO da Taggen e coordenador do comitê de IoT da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Weter Padilha, avalia que o Brasil não está atrás de outros mercados mundiais e partilha de desafios comuns, como a questão da privacidade. A Taggen tem no portfólio projetos como monitoramento de equipamentos de UTI por meio de beacons, na Santa Casa de Valinhos (SP), em parceria com a Biocam. Agora participa do consórcio com o Hospital das Clínicas de São Paulo para projeto-piloto de monitoramento de 21 ambulâncias, 50 leitos e 150 bombas de infusão, selecionado pelo BNDES.

 

Para o hospital Ana Costa, de Santos (SP), criou pulseirinha com beacons para monitorar a movimentação de recém-nascidos pela instituição, detalha Padilha. A Embratel entrou no setor em parceria com as empresas Fibo, Sierra Wireless, Konker e Bunker com soluções para monitoramento de temperatura e umidade para garantir a qualidade de medicamentos em farmácias e de outros parâmetros, como abertura de porta e falta de energia elétrica, para um conservador de vacinas conectado, conta a diretora de IoT Elisabete Couto. Já a Digisystem criou soluções como o sensor de pressão digital, para prevenção de quedas de pacientes, e controle de esterilização e localização de instrumentos cirúrgicos. A gaúcha I9, por sua vez, criou em parceria com o Hospital Albert Einstein o VTraining, que interliga equipamentos médicos que simulam sinais vitais de atores e robôs com fins educacionais. Os próximos passos são a integração com os robôs de simulação e a construção de um dispositivo móvel para transmissão da simulação via internet.

Fonte: Valor Econômico

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2019/11/22/108798/

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