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Melhora na saúde em 2018 requer que médicos cumpram horário

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A Secretaria Municipal da Saúde, o segundo maior orçamento entre as pastas -48 milhões para 2018- também é a que tem o maior número de reclamações da comunidade.

Em entrevista com o titular, José Fábio Pereira foram esclarecidos problemas crônicos que afetam a população.

Um é o tempo de atuação dos médicos da Rede, em que num caso, uma paciente denunciou que uma médica chegou às 6h no PAM Central e as seis e meia já estava indo embora, sem ao menos olhar quem estava a sua frente e os exames da paciente. Diz que esta profissional foi removida para outro setor.

O secretário esclareceu que os médicos que atendem nas 20 Estratégias de Saúde da Família, os ESFs,  têm carga horária de 40h e devem cumprir, confirma.

E ainda têm que atender 40% de livre demanda, ou seja, se chegar alguém com necessidade, sem ficha e eles estiverem sem ninguém na sala tem que atender, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica, colocou José Fábio.

Já os profissionais do programa Mais Médicos, de acordo com Resolução do Ministério da Saúde é estipulado 32h de trabalho.

Estes questionamentos vêm depois do anuncio das mudanças que a Pasta vai implementar em 2018, com ponto eletrônico em todos os setores da saúde, 30 no total, e a determinação para os profissionais que têm carga de 8h por dia que cumpram este período, assim como os que têm a matrícula de 20h (as especialidades médicas). Neste caso, conforme legislação devem atender quatro pacientes por hora.

Quando isso for regularizado ele acredita, e este é o objetivo salienta, a UPA vai ser desafogada, já que Alegrete tem 20 Estratégias de Saúde da Família com toda equipe capacitada a atender nossas comunidades. Do total de servidores da Secretaria da Saúde, só 28% fazem 30h de serviço, informou Pereira.

Outra reclamação das pessoas é quanto a demora e burocracia para marcar uma consulta, principalmente com médicos especialistas. Uma diz que precisa atravessar a cidade, da Vila Inês ao Centro Social Urbano, gastando, duas passagens para marcar a consulta e depois mais duas na volta para o atendimento.

Esta situação, disse o Secretário, já está sendo encaminhada com o agendamento eletrônico e, também a colocação de uma central telefônica para facilitar o melhor controle, porque de acordo com ele de 30% a 40% não comparecem às consultas marcadas em Alegrete.

Em relação ao longo tempo de espera para os tratamentos dentários, que se arrasta por meses, disse que isso também acontece porque os profissionais não cumprem os horários e, também será regularizado. Hoje a rede tem 23 dentistas.

Já na questão do tempo de atuação dos técnicos de enfermagem que seria de 6h corridas, o Secretário diz que por questão economia, para não por um por turno nos Potinhos eles vão fazer dois turnos de 4h. O médico diz que estes profissionais ganham, no mínimo, 2.400/mês, não atuam aos finais de semana e ganham mais dos que trabalham na Santa Casa, exemplificou.

As dificuldades de consultas e exames com médicos traumatologistas, ginecologistas e gastroenterologistas (endoscospia, colonoscopia) que hoje se arrastam na Rede, fala o Secretário, serão sanadas, aos poucos, com a chamada pública de serviços, por parte da Prefeitura, desses profissionais.

Ele colocou que uma demanda de anos está sendo atendida, através de um convênio com a Santa Casa, que são os exames e cirurgias de joelho, depois de três mandados judicais.

Quanto à remoção de pessoas para tratar fora domicílio, uma área que houve muitas reclamações em 2017, José Fábio explica que só podem levar pacientes SUS aos locais de referência de cada especialidade. “No caso de convênios só com mandados judicais, porque só no primeiro semestre de 2017 foram gastos 700 mil reais para um orçamento de 600 mil.”

E voltou a frisar que em 2017, houve um déficit de 7 milhões para cobrir todas as despesas da saúde em Alegrete, que teve se socorrer de recursos livres do orçamento, para fechar os 29 milhões de gastos, sendo que estes recursos poderiam ser usados em infraestrutura ou outras áreas, observou.

José Fábio disse ainda que não havia um controle de gastos de combustível e da demanda de serviços para fora de Alegrete, o que começou este ano e vai ser aprimorado em 2018.

O Secretário diz que hoje qualquer cidadão pode acessar o portal da transparência na página da Prefeitura e conhecer os salários de todas as categorias de servidores .

Na área da Saúde, por exemplo, um medico que atua nas Estratégias de Saúde da família ( matrícula 40h) ganha, em média, 12 mil reais. Já os que têm carga de 20h podem, com o tempo de Prefeitura, ganhar atualmente 4.300 por mês. Duas matriculas podem dobras este valor.

Entre as conquistas, ele destaca o atendimento de Neuropediatra a cada 15 dias na Santa Casa e o Neurologista

O Tribunal e Contas do Estado cobra dos gestores cumprimento de horário dos servidores e, inclusive, coloca que o ex-Prefeito Erasmo Silva esta respondendo sobre isso em apontamento do TCE.

Fonte: Alegrete Tudo

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