Sem conseguir a compra direta de vacinas, municípios seguem reféns

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Vacinas – Quase um quarto dos municípios brasileiros teve de interromper a vacinação contra a covid-19 na últimna semana de abril por falta de imunizantes para a primeira dose. O dado é de um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que não divulgou o nome das cidades que enfrentam problemas com a falta de doses.

As sete cidades do Aglomerado Urbano de Jundiaí (AUJ) já demonstraram interesse na compra direta de vacinas com os fabricantes, mas esbarram na falta de doses e continuam dependendo da distribuição dos governos estadual e federal. Em sessão extraordinária realizada de maneira on-line no dia 16 de março, a Câmara de Jundiaí aprovou o projeto de lei do prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) que ratificou a entrada do município na Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para constituição do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (CONECTAR).

A aprovação do texto oficializou a adesão de Jundiaí ao Consórcio, que tem como finalidade contribuir para agilizar a imunização da população contra a covid-19 e atender eventuais demandas por medicamentos, equipamentos e insumos necessários. Quase dois meses depois, porém, a compra direta ainda não foi viabilizada.

De acordo com o prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB), por parte do município, foram consultados fabricantes de vacinas que já formalizaram acordos com o Ministério da Saúde, com o intuito de agilizar a vacinação em Jundiaí. Outra medida tomada pelo governo municipal foi a adesão ao Consórcio de Municípios do Brasil, para formalizar acordos para compra de vacinas contra covid-19.

“O que as circunstâncias têm mostrado é que efetivar a negociação com laboratórios que produzem alguma vacina apenas através de prefeituras tem sido difícil. Adquirir imunizantes é interesse mundial neste momento”, afirma.

“Temos acompanhado todas as ações relacionadas à vacinação no nosso país, desde o dia 7 de janeiro, quando o governo federal assinou o primeiro contrato com o Butantan. É evidente a necessidade de deixar posições ideológicas e partidárias para unir forças, União, estados e municípios, com um único objetivo de vacinar em massa para restabelecer a normalidade”, avalia o prefeito.

A Prefeitura de Jundiaí conta com R$ 1 milhão indicado em fundo de contingência do município para o uso, em caso de efetivação de compra de vacinas a partir das iniciativas desencadeadas, sejam elas individualizadas ou por meio do consórcio da Frente Nacional dos Prefeitos. Periodicamente é encaminhada cotação do mercado externo em relação à compra, com a variação de preços entre U$ 2 a U$ 44 por dose.

Jundiaí tem toda a infraestrutura necessária para a ampla aplicação de vacinas contra a covid-19, contando com capacidade de armazenagem para mais de 140 mil doses de imunizantes, Plano Municipal de Imunização, com definição de mais de 20 pontos que podem ser usados para a aplicação, além de servidores com expertise em aplicação em massa de vacinas.

Campo Limpo Paulista também faz parte do consórcio regional e deixou a reserva de R$ 1 milhão para a compra das vacinas. Esse valor está separado e não é possível especificar a quantidade a ser comprada antes da definição do laboratório que será feita a compra.

Na opinião do prefeito Luiz Antonio Braz (PSDB), a lentidão no processo das vacinas foi causado pelo governo federal, principalmente por questões políticas, atrasando hoje a imunização da população e dando margem ao surgimento de novas cepas.

“Quanto ao recurso destinado para a compra das vacinas a medida é necessária e deve ser vista como um investimento em saúde, evitando danos maiores. Mas esse valor não precisará ser usado, pois temos a Coronavac e a futura Butanvac [ainda não aprovada pela Anvisa]. Dr. Luiz diz acreditar que o governador paulista João Dória (PSDB) será capaz de manter a vacinação, mesmo com a lentidão registrada na Região.

A Prefeitura de Itupeva diz estar trabalhando em várias frentes para adquirir as vacinas. “Até o momento, vacinamos 10,12% da população com a primeira dose e 5% com a segunda. Sabemos de todos os entraves que envolve a aquisição da vacina e esperamos que o governo federal, através do Ministério da Saúde, encontre rapidamente uma alternativa. De qualquer forma,, asseguramos que, se surgir a possibilidade de compra pelo município, trataremos como prioridade dentro do nosso orçamento”, afirma o Executivo.

Fonte: Jornal de Jundiaí

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