Ícone do site Panorama Farmacêutico

Brasil monitora suspeitas de varíola dos macacos

Varíola dos macacos no Brasil

Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, pode ser a cidade a registrar o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. Segundo reportagem do O Globo, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional), vinculado ao Ministério da Saúde, acompanha um possível paciente que chegou de Portugal no último dia 10 de maio.

O paciente começou a apresentar os primeiros sintomas três dias depois de voltar ao país. As lesões que caracterizam a doença surgiram no último dia 20. Segundo informado ao CIEVS, ele não teve contato com nenhum caso confirmado ou suspeito da infecção na Europa.

A expectativa era que ainda na manhã de hoje o paciente passasse por exames e coleta de materiais.

Como é o exame para detectar a doença?

Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Genetika, explicou como é feito o diagnóstico. “É utilizada uma técnica chamada de PCR, a mesma do teste para a Covid-19. São coletadas amostras das feridas da pele e é verificado se o vírus da varíola dos macacos está presente ali”, comenta.

Existem outros dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil

O Ministério da Saúde confirma que outros dois casos suspeitos de varíola dos macacos no Brasil estão em análise: um no Ceará e outro em Santa Catarina.

Apesar dos casos suspeitos, Raskin não considera que podemos viver uma situação como a do novo coronavírus. “Mesmo nos países onde já foram registrados mais de 100 casos, ainda é considerada uma situação rara e com uma transmissão muito localizada. Não é a mesma coisa que a Covid-19, nem será”, explica.

Apesar do cenário ser menos preocupante, o geneticista destaca um ponto de maior atenção. “O problema é que, se os contatos dos casos não forem identificados e isolados, a transmissão continua e existe a possibilidade de chegar a animais destes países. Isso tornaria muito mais difícil de erradicar a doença nesses locais”, completa.

Vírus se espalhou por regiões incomuns

Desde o começo de maio, mais de vinte países registraram casos da varíola dos macacos, mesmo estando fora da região de circulação comum do vírus. A Europa é o continente mais afetado.

Dos casos detectados no Velho Mundo, 70% estão concentrados em três países:

Fora do continente, também foram registrados pacientes com a doença aqui na América do Sul (Argentina), em toda a América do Norte, Oceania (Austrália) e Oriente Médio (Emirados Árabes Unidos e Israel).

Segundo a Universidade John Hopkins, são mais de 430 casos fora das regiões onde a doença é considerada endêmica (África Central e Ocidental). Essa é a primeira vez que há transmissão comunitária do vírus monkeypox nessas áreas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Sair da versão mobile