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Testes da Coronavac se estenderão até novembro, o que impedirá início da vacinação em São Paulo ainda este ano

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O Instituto Butantan anunciou nesta segunda-feira (19) a conclusão dos testes que avaliam a segurança da vacina chinesa candidata contra a Covid-19 Coronavac entre voluntários brasileiros. O índice de ocorrência de efeitos colaterais ficou em 35%. Segundo o presidente da instituição paulista, Dimas Covas, o resultado faz do imunizante o mais seguro em teste atualmente no Brasil.

Apesar da notícia positiva, os planos do governo de São Paulo de começar a vacinar a população do estado ainda este ano caíram por terra. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu prazo de até 60 dias para se pronunciar sobre o registro da vacina chinesa depois que o Butantan entregar todos os documentos exigidos para esse processo, o que só deve ocorrer em novembro. Com isso, após prever a vacinação em dezembro, o governo paulista trabalha agora com uma imunização somente a partir de janeiro.

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Os pesquisadores ainda esperam pelo resultado dos testes de eficácia, que em um primeiro momento eram esperados para o mês de outubro. A expectativa do governo de São Paulo é que até novembro essa fase do estudo seja concluída e os resultados enviados à Anvisa. Só então o órgão federal decidirá se a vacina chinesa pode ser liberada para vacinação. Nesta quarta-feira (21), o governador de São Paulo, João Doria, viaja a Brasília para reunião com representantes do Ministério da Saúde e da Anvisa.

Sem obrigatoriedade

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta segunda-feira que o seu governo não obrigará os brasileiros a tomar a vacina contra o novo coronavírus. Ele disse que essa decisão é do Executivo federal, e que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já avisou que a imunização não será compulsória.

— O Programa Nacional de Vacinação, incluindo as vacinas obrigatórias, é de 1975. A lei atual incluiu a questão de pandemia lá, mas é bem clara: quem define isso é o Ministério da Saúde, e o meu ministro da Saúde já disse que não será obrigatória essa vacina e ponto final — afirmou Bolsonaro.

Sem citar nomes, o presidente criticou um governador que, segundo ele, “está se intitulando o médico do Brasil”, em uma referência a João Doria (PSDB-SP). De acordo com Bolsonaro, uma vacina precisará demonstrar comprovação científica antes de ser validada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e oferecida gratuitamente na rede pública.

Na semana passada, Doria havia anunciado que, quando estiver disponível, a vacina contra a Covid-19 será obrigatória no Estado de São Paulo e que tomará medidas legais contra quem não quiser receber o imunizante.

O governador aposta na eficácia da vacina chinesa Coronavac, cujos testes clínicos demonstrariam que seu índice de segurança é o maior de todos os imunizantes estudados no Brasil. Segundo o Instituto Butantan, foram vistos efeitos colaterais em 35% dos voluntários — nos demais produtos pesquisados no país, esse valor é, segundo ele, superior a 70%.

Fonte: Yahoo Brasil 

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