Tíquete médio nas farmácias cai R$ 10,30 em um ano, diz pesquisa
Sinal amarelo no varejo farmacêutico. O peso da inflação foi determinante para que o tíquete médio em farmácias brasileiras caísse R$ 10,30 em 2021, na comparação com o ano anterior. É o que apontou uma pesquisa inédita sobre o comportamento de consumo no setor, de autoria do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC) em parceria com a Unicamp.
O estudo envolveu 4 mil clientes de farmácias em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. “O impacto econômico para o consumidor fica ainda mais evidente quando 51,8% dos entrevistados afirmaram que a questão financeira foi o principal motivo para deixar de comprar um produto. Na edição de 2020 da pesquisa, a falta de estoque era o fator majoritário, com 70,6%”, ressalta Edison Tamascia, presidente da Febrafar.
O tíquete médio passou de R$ 54,01 para R$ 43,71. A quantidade média de unidades comercializadas também teve queda – de três para 2,6.
Características da cesta de compras
Fator | 2020 | 2021 |
Quantidade de unidades | 3,0 | 2,6 |
Tíquete médio | R$ 54,01 | R$ 43,71 |
Valor médio por item | R$ 18 | R$ 16,81 |
Preço como razão para entrar em uma farmácia
Mais do que intimidar o consumidor no momento da compra, o preço representa o principal pré-requisito para a escolha de uma farmácia. “Praticamente oito em cada dez clientes atribuem a esse fator a decisão de entrar no PDV. Além disso, 88,2% responderam que trocaram de categoria na compra de medicamentos para economizar”, comenta.
Motivos para a troca de medicamentos
Fator | 2020 | 2021 |
Para economizar | 74,2% | 88,2% |
Por falta do produto | 24,9% | 6,5% |
Outros | 0,9% | 5,3% |
Mudança de hábitos
Parte relevante dos consumidores entrevistados (73,7%) relatou que modificou seu perfil de compra em razão da pandemia de Covid-19. Dos 2.947 participantes da pesquisa que mudaram os hábitos no ano passado, 82,3% reduziram a frequência com que iam à farmácia, 22,7% passaram a comprar pelo WhatsApp, 8,8% começaram a comprar pelo telefone e 3,9% trocaram de farmácia.
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico
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