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Entenda por que a vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 é segura

Vacina

Nas últimas semanas, a investigação sobre casos de coágulos sanguíneos causados pela vacina de Oxford/AstraZeneca tem levantado dúvidas na população sobre a segurança que ela oferece. Nesta segunda-feira (19/4), o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, reconheceu que foi detectada uma resistência entre os moradores do DF em relação à aplicação do imunizante nos postos de vacinação.

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, vêm garantindo que a fórmula é segura e o evento adverso – formação de coágulos, bastante raro. Até aqui, a taxa é de um caso relatado a cada 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 aplicadas. Além disso, os coágulos nem sempre são fatais e podem ser solucionados com tratamento.

Outro argumento usado para dirimir eventuais inseguranças é que o risco de ser contaminado pelo coronavírus e falecer em decorrência da Covid-19 é bem maior do que o de morrer por causa de um coágulo. De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, a chance de apresentar um coágulo sanguíneo que cause trombose venosa cerebral (TVC) é de oito a 10 vezes maior depois de ter Covid-19 do que após tomar vacina.

O efeito adverso, entretanto, está sendo incluído na bula da fórmula na maioria dos países, e as autoridades de saúde têm alertado para que as pessoas vacinadas estejam atentas para sintomas relacionados à formação de coágulos nos 20 primeiros dias após a imunização. Caso o paciente sinta falta de ar, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, sintomas neurológicos (dor de cabeça forte e visão borrada) ou apresente pequenos pontos de sangue debaixo da pele na região onde a vacina foi aplicada deve procurar atenção médica urgente.

A formação de coágulos sanguíneos não é algo incomum, e pode acontecer em pessoas com problemas de coagulação ou que passem muito tempo sentadas, por exemplo. Pessoas acima do peso, que têm mais de 60 anos de idade, gestantes e fumantes estão entre as mais vulneráveis à trombose venosa profunda, termo técnico que designa a condição. Outros fatores de risco para a formação de coágulos incluem uso de pílula anticoncepcional, câncer, insuficiência cardíaca, varizes e desidratação.

Os coágulos mais comuns aparecem nos braços ou nas pernas. Os mais graves se localizam no cérebro e no abdômen. O risco seria o desprendimento do trombo e sua queda na circulação sanguínea, o que poderia provocar uma embolia pulmonar ou um AVC (acidente vascular cerebral).

Em entrevista recente ao Metrópoles, o cirurgião vascular e endovascular do Hospital Santa Lúcia, Alexandre Giovanini, defendeu o imunizante: ‘O risco de trombose venosa associada à vacinação é mínimo, e a população não deve temer ser vacinada por esse motivo. O prejuízo que o coronavírus pode provocar para as pessoas, com insuficiência pulmonar e renal, internação prolongada, com risco de morte e sequelas neurológicas, é muito maior do que o risco de tomar uma vacina e ter uma trombose, que tem tratamento e, na grande maioria dos casos, se manifesta em casos leves’.

Fonte: Metrópoles

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