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Veja sintomas e formas de evitar os tipos de câncer mais comuns no Brasil

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O Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou nesta sexta-feira (2) uma previsão: até 2019, o Brasil terá 1,2 milhão de novos casos da doença. Só neste ano, serão 582 mil novos registros.

De acordo com o relatório divulgado pela instituição, o G1elencou os tipos de câncer que mais afetam as mulheres e os homens brasileiros para responder sobre cada um deles:

  • Quais são os sinais aos quais preciso ficar atento para procurar um médico?
  • O que posso fazer para diminuir a chance de desenvolver esse câncer?
  • Quais são as chances de cura?

Brasil terá 1,2 milhão novos casos de câncer até 2019 (Foto: Karina Almeida/G1)

Pele

Há uma divisão para esse tipo de tumor: melanoma e não melanoma. Juntos, de acordo com o Inca, representam mais de um terço de todos os cânceres que surgem no Brasil.

O melanoma, entretanto, é o que tem menos incidência: representa 3% dos cânceres. Ele também é o mais agressivo.

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente no Brasil, mas apresenta altos percentuais de cura. Por isso, na maior parte do relatório apresentado pelo Inca, ele não foi destaque como o mais preocupante.

  • Quais são os sinais?

No caso no câncer de pele não melanoma, é importante ficar atento a feridas na pele sem cicatrização após um mês, variação de cor em pintas, manchas que coçam, ardem, descamam ou sangram.

Já os sintomas do melanoma podem surgir a partir de uma pele normal ou uma lesão pigmentada. Eles se manifestam após o aparecimento de uma pinta escura com bordas irregulares com coceira e descamação.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

Evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h, usar protetor solar acima do fator 15, óculos escuros, chapéu e guarda-sol.

  • Quais são as chances de cura?

O câncer de pele não melanoma é curável na maioria dos casos. Já o melanoma de pele é mais fácil de curar se descoberto no início. Após metástase (quando se espalha para outros órgãos), é incurável na maioria dos casos.

Cavidade Oral

Categoria que inclui os tumores malignos no lábio, boca, glândulas salivares e orofaringe. Quase 15 mil novos casos devem ocorrer nos próximos dois anos no Brasil. A maior parte deles, 11,2 mil, irá atingir os homens.

  • Quais são os sinais?

Deve-se observar e procurar um médico quando surgirem lesões que não cicatrizam na região por mais de 15 dias; aparecimento de manchas/placas vermelhas ou brancas; detecção de nódulos no pescoço; rouquidão permanente.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

É um câncer causado por muitos fatores. Entre os mais conhecidos são o cigarro e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

  • Quais são as chances de cura?

São 2,1 mortes para cada 100 mil habitantes no país, e as chances de sobrevida variam muito de acordo com o tipo e o quão avançada está a doença (veja tabela do Inca).

Pulmão

Mais de 31 mil pessoas terão esse tipo de câncer até 2019. Na maioria das populações, a doença está relacionada com o cigarro em 85% das vezes.

  • Quais são os sinais?

Os sintomas mais comuns são tosse e sangramento das vias respiratórias. A ocorrência repetitiva de pneumonia também pode ser um sinal.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

O tabagismo é a principal causa do câncer de pulmão. Por isso, não fume.

  • Quais são as chances de cura?

Alta. É um dos tipos mais agressivos, com sobrevida de cinco anos de 10% a 15% dos afetados na maioria das populações pelo mundo.

Estômago

Serão mais de 21 mil casos do câncer de estômago até 2019, sendo que a maior parte deles irá atingir os homens – a taxa de incidência para eles é de 13,11 casos para cada 100 mil homens, contra 7,23 casos para cada 100 mil mulheres.

  • Quais são os sinais?

De acordo com o Inca, não há sintomas específicos. Perda de peso e apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto abdominal podem ocorrer. A infecção pela bactéria Helicobacter Pylori, também associada a úlceras, é uma causa fortemente ligada a esse tipo de câncer.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

Seguir uma dieta balanceada, com vegetais, frutas e alimentos ricos em fibras. As vitaminas C e A agem como protetores contra o câncer de estômago. Além disso, não fumar e beber álcool em excesso. Evitar alimentos processados e com muito sódio.

  • Quais são as chances de cura?

Depende da região e da gravidade do tumor. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de mortalidade é a mais baixa: 2,8 para cada 100 mil para o sexo masculino, enquanto 1,5 em cada 100 mil mulheres acabam morrendo. A previsão é que as taxas gerais caiam anualmente em todo o mundo. Atualmente, segundo o Inca, o índice de sobrevida de 5 anos para quem tem esse tipo de câncer gira ao redor de 30%.

Próstata

Até 2019, mais de 136 mil novos casos deverão ocorrer no Brasil – são 66,12 para cada 100 mil homens no Brasil. É o mais incidente entre pessoas do sexo masculino em todas as regiões do país, depois do câncer de pele não melanoma.

  • Quais são os sinais?

O Inca informa que, no estado inicial, o câncer de próstata tem uma evolução silenciosa. Muitas vezes os pacientes não apresentam sintomas. Mais pra frente a doença pode causar dor óssea, problemas urinários, insuficiência renal e até uma infecção generalizada.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

Passou dos 50 anos e é homem? É preciso fazer os exames para detectar a doença, se tiver. E isso é ainda mais importante se algum outro familiar já teve o câncer de próstata.

  • Quais são as chances de cura?

A taxa de mortalidade global, segundo documento do Inca, é de 7,8 para cada 100 mil casos. Este câncer representa 6,6% das mortes masculinas no mundo. A probabilidade de sobrevida em cinco anos é de 80%, mas pode variar acordo com o diagnóstico, fatores genéticos, socioeconômicos e ambientais.

Cólon e reto

Até 2019, serão mais de 36 mil casos desse câncer no Brasil. No mundo, ele incide mais entre os homens, com 20,6 registros para cada 100 mil, contra 14,3 para cada 100 mil mulheres. Tem taxas mais elevadas em países desenvolvidos – 55% dos novos casos ocorrem neles, mas 53% das mortes ocorrem nos países mais pobres.

  • Quais são os sinais?

O câncer de cólon e reto geralmente não apresenta sintomas no estágio inicial, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia. Por isso, é importante fazer exames periodicamente após os 50 anos.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

É uma doença multifatorial, influenciada por fatores genéticos, ambientais e relacionados ao estilo de vida. Com isso, a melhor forma de evitar é: reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, consumir frutas e vegetais, reduzir o consumo de carne vermelha e alimentos processados, parar ou nunca fumar, e fazer atividade física.

  • Quais são as chances de cura?

As taxas de incidência e mortalidade variam muito de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de cada país. São mais altas em países que passaram rápida transição econômica, como o Brasil; há, também, uma alta incidência com redução da mortalidade em países com alto IDH, como Canadá e Reino Unido. Apenas em países com IDH muito elevado, como Estados Unidos e Japão, as taxas de incidência e mortalidade são baixas.

Glândula Tireoide

Quase 10 mil casos ocorrerão no Brasil nos próximos dois anos. As mulheres serão as mais afetadas, representando 8 mil deles.

  • Quais são os sinais?

Caroço na região do pescoço, nódulos aumentados e rouquidão.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

É causado, muitas vezes, pela exposição à radiação, como o tratamento com radioterapia. Não há evidências estabelecidas sobre como prevenir este tipo de tumor.

  • Quais são as chances de cura?

De acordo com a Fundação do Câncer, há 95% de chance de cura com diagnóstico precoce e atendimento médico.

Mama

Câncer com maior incidência entre as mulheres. Até 2019 deverão ocorrer mais de 119 mil casos. O risco estimado é de 56,33 casos para cada 100 mil.

  • Quais são os sinais?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, os principais sintomas são: caroço nos seios, alergia e/ou mudança na pele ao redor nos mamilos, pele retraída, inchaço e sensação de calor, saída de secreção pelo bico do seio.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

Todas as mulheres acima de 35 anos precisam fazer mamografia todos os anos. Todas, independente da idade, podem fazer autoexame – pressionar a mama para encontrar caroços, inspecionar com cuidado mudanças no bico do seio e na pele e ter atenção às secreções mamilares anormais.

  • Quais são as chances de cura?

A letalidade é baixa, já que nem um terço das pessoas que o desenvolvem morrem devido à doença. Ainda assim, como tem alta incidência, acaba tendo maior taxa de mortalidade do que qualquer outro câncer (12,9/100 mil).

Cólo do útero

Mais de 16 mil mulheres brasileiras terão esse tipo de câncer nos próximos dois anos.

  • Quais são os sinais?

O desenvolvimento da doença é lento e pode não ter sintomas inicialmente. Pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou durante a relação sexual, secreção anormal e dor abdominal.

  • O que fazer para reduzir os riscos?

Vacinar-se contra o HPV. A infecção pelo papilomavírus humano é a principal causa do câncer de cólo de útero. A vacina está no calendário do Ministério da Saúde, disponível para meninas e meninos. Saiba mais detalhes sobre idade e público-alvo.

Além disso, é fundamental ir ao ginecologista periodicamente e fazer o exame Papanicolau.

  • Quais são as chances de cura?

As taxas de incidência variam de região para região e de país para país, indo de 9,9/100 mil nas regiões mais desenvolvidas para 15,7/100 mil nas áreas menos desenvolvidas, segundo o Inca. Em relação às taxas de mortalidade, a variação vai de de 3,3/100 mil para 8,3/100 mil. Tem taxa de 4,72 mortes para cada 100 mil mulheres no Brasil, dados de 2012 do Inca e do Ministério da Saúde.

Fonte: G1

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