A venda de OTC em farmácias, que compreende os MIPs e os produtos de HPC, se firma como principal âncora do crescimento do setor. Esse segmento superou R$ 88,4 bilhões de faturamento nos últimos 12 meses até março e responde por 48% do volume de negócios. O avanço é de 16,2% em relação ao mesmo período anterior.
“Esse desempenho é tracionado pela maior atenção do consumidor ao autocuidado e tem como impulso especialmente o pequeno varejo no Sul-Sudeste, que agrega o associativismo e as farmácias independentes”, explica Ulysses Danté, head da unidade de negócios de Consumer Health da IQVIA.
Considerando a América Latina, os chamados não medicamentos já representam 21,3% do mercado farmacêutico regional. “E a expectativa é que esse segmento continue a registrar alta de dois dígitos até 2026, quando o Brasil deve totalizar R$ 136,4 bilhões em vendas”, projeta.
Venda de OTC são puxadas por lançamentos
Em média, os lançamentos contribuem em 26% para a evolução do mercado de OTC. Mas os testes rápidos e medidores relacionados à Covid-19 seguiram impulsionando o setor, com participação de 34%.
Os artigos de higiene, beleza e nutrição concentram 75,5% dos novos produtos de consumer health. “Porém, na contramão do que dizem os números, o volume de lançamentos de OTC passa por uma diminuição gradual. Se em 2020 eles representavam 32% do portfólio de não medicamentos das farmácias, hoje respondem por apenas 12%”, alerta.
Impactos do mercado de OTC nas vendas online
Já no caso das vendas online, os lançamentos não têm peso tão expressivo. “O que influencia o crescimento no e-commerce, basicamente, é o volume”, complementa Danté.