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Vendas do comércio caem após dois meses de alta

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Após dois meses seguidos de alta, as vendas do comércio varejista caíram 1,7% em junho, na comparação com maio, mostram os dados divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Foi a maior retração do setor neste ano e a segunda maior para um mês de junho desde o início da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), em 2000. Com o resultado de junho, o varejo se encontra 2,6% acima do patamar pré-pandemia”, informou o IBGE.

Na comparação com junho do ano passado, porém, houve alta de 6,3% no volume de vendas.

O resultado veio abaixo do esperado. A expectativa de pesquisa da Reuters era de avanço de 0,7% na comparação mensal e de 9,1% sobre um ano antes.

Alta de 3% no 2º trimestre

 

Apesar da queda em junho, fechou o 2º trimestre com alta de 3% frente aos 3 primeiros meses do ano. O setor acumulou ganho de 6,7% no ano e de 5,9% nos últimos 12 meses.

 

“O varejo ainda se encontra acima do patamar de fevereiro de 2020, ou seja, de antes da pandemia. Mas, na comparação com o patamar recorde da série, que é de outubro de 2020, o setor está 3,9% abaixo”, explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

O que mais caiu

 

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram retração na passagem de maio para junho, sendo a mais intensa no segmento de tecidos, vestuário e calçados (-3,6%).

Veja o desempenho de cada um dos segmentos em junho:

  • Combustíveis e lubrificantes: -1,2%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -3,6%
  • Móveis e eletrodomésticos: 1,6%
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 0,4%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: 5%
  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: -3,5%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -2,6%
  • Veículos, motos, partes e peças: -0,2% (varejo ampliado)
  • Material de construção: 1,9% (varejo ampliado)

 

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, as vendas caíram 2,3% na passagem de junho para maio. Frente a junho de 2020, houve alta de 11,5%. No ano, acumula alta de 12,3% e, em 12 meses, avanço de 7,9%.

Resultado por estados

 

Na passagem de maio para junho, o varejo teve retração em 18 das 27 unidades da Federação. Os destaques de alta foram Amapá (-16,7%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-4,0%). Já entre os estados que tiveram crescimento destacam-se Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,2%) e Pará (1,9%).

Perspectivas

 

Na semana passada, o IBGE mostrou que a produção industrial brasileira ficou estagnada em junho, acumulando uma perda de 2,5% no segundo trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano.

Apesar do avanço da vacinação contra o coronavírus e da reabertura gradual da economia, a recuperação da atividade econômica tem mostrado perda de fôlego nos últimos meses em meio à escalada da inflação, recuperação tímida do mercado de trabalho e aumento das incertezas fiscais e políticas.

expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no ano permanece em 5,3%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. Já para 2022, a projeção dos analistas das instituições financeiras diminuiu de 2,10% para 2,05%.

Já a estimativa para a inflação em 2021 está 6,88%. Os analistas também aumentaram de 7% para 7,25% ao ano a previsão para a taxa básica de jutos no fim de 2021. Com isso, são esperadas novas altas na Selic nos próximos meses.

Na ata de sua última reunião, quando elevou a Selic para 5,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou que a inflação ao consumidor continua se revelando “persistente”, indicando uma nova alta de um ponto percentual no juro básico em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro.

Fonte: G1

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