Confira os
detalhes
A Cimed está em negociações avançadas para vender uma participação minoritária, com o GIC Private Limited, fundo soberano de Singapura, como principal interessado. O J.P. Morgan está assessorando a empresa e avaliou a Cimed em cerca de 25 vezes o Ebitda, o que colocaria seu valor de mercado entre R$ 13 bilhões e R$ 14 bilhões. No entanto, o preço ainda é um desafio para concluir a transação.
A possível venda de ações da Cimed surgiu logo após o presidente anunciar um investimento de R$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos, incluindo R$ 2 bilhões para ampliar a capacidade produtiva e R$ 1,5 bilhão em marketing. A meta é transformar a empresa na "Procter & Gamble brasileira", aumentando a participação em bens de consumo. A Cimed planeja faturar R$ 5 bilhões em 2025 e dobrar esse valor até 2030, além de expandir sua produção de 50 milhões para 100 milhões de unidades mensais. A empresa também aposta no crescimento de genéricos e produtos como Lavitan e Carmed, além de considerar lançar um genérico do Ozempic em 2026.
A Stone decidiu colocar à venda a Linx, a empresa de software de gestão para o varejo que havia adquirido. Os principais interessados na compra são o fundo canadense Constellation e a brasileira Totvs, que já havia disputado a aquisição da Linx com a Stone em 2020. Outro ponto de atenção é que, diferentemente do noticiado pelo Pipeline do Valor Econômico, o Baguete não considera que a israelense Nayax ainda esteja na disputa.
As propostas para a compra da Linx devem variar entre R$ 3 bilhões e R$ 4,25 bilhões, significativamente menores do que os R$ 6,7 bilhões pagos pela Stone em 2020. O processo de venda começou em setembro do ano passado, e, apesar de rumores sobre outros interessados como o Mercado Livre, a Totvs continua sendo vista como a favorita para adquirir a empresa.
Com forte atuação na indústria, comprar a Linx significaria para a Totvs “ganhar” outro segmento, no caso, o varejo. Mas essa não seria a única razão para persistir no negócio. A Constellation, que corre por fora, é um grupo experiente formado por mais de mil operações de software. A visão é que, com uma retaguarda forte, a Linx poderia se tornar uma “pedra no sapato” da Totvs em futuras aquisições.
A proposta de permitir a venda de medicamentos em supermercados ganhou novo impulso, com a ABRAS defendendo a medida, alegando que poderia reduzir os preços em até 35% e combater a inflação. No entanto, a Abrafarma se opôs, destacando os riscos à saúde e os impactos econômicos para o setor farmacêutico. Segundo a Abrafarma, as farmácias representam 30% das vendas de medicamentos de isenção de prescrição (MIPs) e geram milhões de empregos. O CEO da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, alertou que a medida poderia aumentar os preços dos medicamentos de prescrição e prejudicar a população mais pobre.
Em dezembro, entidades do setor alimentar e representantes da Câmara dos Deputados se mobilizaram para agilizar a votação do Projeto de Lei (PL) 1774/19, que permitiria a comercialização de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados, até em quitandas, sem exigência de farmácia ou farmacêutico no local. O PL, de autoria do deputado Glaustin da Fokus (Podemos-GO), gerou polêmica e foi discutido em reuniões com deputados como Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, além de representantes do governo. Médicos e deputados, como Vitor Lippi e Zacharias Calil, pediram celeridade para a proposta, sugerindo a inclusão da presença obrigatória de farmacêuticos para a segurança do consumidor.
O Sincofarma/SP e a ABCFARMA se posicionaram contra a venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados, argumentando que isso comprometeria a segurança e a saúde da população. Para o Sincofarma/SP, essa medida desvaloriza o trabalho das farmácias, que são essenciais para garantir o uso responsável dos medicamentos. A ABCFARMA destacou que as farmácias seguem normas rigorosas, como a presença de farmacêuticos, enquanto os supermercados não estão sujeitos a essas regras, o que representaria um retrocesso sanitário. A entidade também ressaltou a importância dos farmacêuticos na identificação de problemas relacionados aos medicamentos, como reações adversas e interações medicamentosas.