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Depressão retarda início do tratamento de infertilidade

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A infertilidade é enorme fardo emocional para muitos casais. Depressão e ansiedade têm sido demonstradas em 40% das mulheres inférteis, o dobro do observado em mulheres férteis. Mas será que as mulheres inférteis com depressão são menos propensas a iniciar tratamentos de infertilidade?. Para responder esta questão pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, USA, realizaram estudo prospectivo com 416 mulheres inférteis entre janeiro de 2013 a dezembro de 2014. Elas foram classificadas como deprimidas ou não. Todas as mulheres incluídas tinham recebido indicação de tratamento de infertilidade pelo seu médico. Elas foram avaliadas prospectivamente para determinar o início do tratamento para infertilidade.

Vejamos os resultados. Dentre as participantes 41% apresentaram depressão e 72% iniciaram tratamento de infertilidade. A maior parte já nos primeiros 4 meses. Mas o dado mais interessante foi que a constatação de que as mulheres deprimidas tinham uma redução de 45% na probabilidade de iniciar o tratamento para infertilidade. Os números foram muito parecidos para início do tratamento de infertilidade dentro de 4 meses. E isto independia se o tratamento era com medicamentos orais ou fertilização assistida. A explicação para esta infeliz associação pode estar justamente na própria depressão, que inibe e desestimula a mulher na busca de seus objetivos. Incluindo a gravidez. A mescla de desânimo intenso e pensamentos negativos sobre os resultados dos tratamentos de fertilidade são muito ruins para a mulher deprimida.

Uma implicação imediata da pesquisa é a identificação destas mulheres para que por meio de novas avaliações e intervenções psicológicas elas possam aderir aos tratamentos de fertilidade. É o tipo de recomendação que tem um foco, mas pode atingir dois objetivos. Já que no final da contas, com ou sem gravidez, o tratamento psicológico pode melhorar o astral destas mulheres.

(Crawford et al. Infertile women who screen positive for depression are less likely to initiate fertility treatments. Human Reproduction, 2017)

 

Fonte: UOL Notícias – SP

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