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Dez laboratórios respondem por 40% das vendas em farmácias

laboratórios Laboratórios – O mercado brasileiro de medicamentos está se consolidando com a concentração de faturamento em poucas farmacêuticas, a maioria de capital nacional. De um universo superior a 450 companhias, apenas dez laboratórios respondem por praticamente 40% das vendas em farmácias. É o que indica o relatório da IQVIA correspondente a 2021.

As empresas do top 10 contabilizaram um faturamento de R$ 55,8 bilhões no período, um avanço de 14,8% frente ao ano anterior. O setor como um todo movimentou R$ 142,3 bilhões. Na comparação com 2020, sete dessas dez fabricantes cresceram acima de dois dígitos e representam 39,7% do mercado.

A EMS foi a que registrou a maior evolução percentual – 16,5% – e alcançou receita de R$ 10,2 bilhões. Pela primeira vez um player do setor supera a marca dos R$ 10 bi. A distância para a Eurofarma, antes inferior a R$ 170 milhões, agora superou R$ 480 milhões. O incremento em volume de vendas estimulou a empresa a antecipar investimentos de R$ 5 milhões na linha de produção. A receita destinada à divulgação institucional também saltou de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões.

Com avanço de 13,1%, a Eurofarma agregou mais de R$ 100 milhões à receita e saltou de R$ 8,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões. A farmacêutica ganhou terreno estimulada por movimentos como a compra dos ativos de OTC da Takeda, por US$ 161 milhões. A linha abrange 12 medicamentos de marca, entre próprios e licenças, de venda livre e de prescrição médica, que somam US$ 38 milhões em vendas.

Agora, a companhia deu início a estudos de mercado para avançar no projeto de internacionalização na América Latina. A meta é que, até o fim de 2022, a operação no Exterior represente 30% do faturamento. O percentual é de 16% atualmente, mas deve atingir até 21% este ano por conta da operação com a Takeda.

A Cimed teve alta de 13,5% e sustentou o terceiro lugar, mas permanece muito próximo do Aché – R$ 6,6 bi contra R$ 6,4 bi. O Aché registrou aumento de 10,98% na receita depois de um 2020 com queda de 0,4% em relação a 2019. O resultado negativo esteve associado às elevadas despesas com o lançamento recorde de 46 medicamentos e soluções de automação e inteligência artificial implementadas nas plantas de Cabo de Santo Agostinho (PE) e Guarulhos (SP).

A farmacêutica tem como meta alcançar a liderança em medicamentos de prescrição e remédios inovadores. Também mira a ampliação da produção de medicamentos hormonais após concluir, em 2021, o processo de incorporação da Melcon Indústria Farmacêutica.

Domínio das brasileiras

Chama a atenção o domínio dos laboratórios brasileiros. Sete empresas nacionais ocupam os dez primeiros lugares. Dessas sete farmacêuticas, seis avançaram dois dígitos. Entre os players do Exterior, somente a dinamarquesa Novo Nordisk teve alta acima de 10%, favorecida especialmente pelos contratos de fornecimento de remédios contra o diabetes para a rede pública.

A explicação pode estar relacionada a um movimento das multinacionais em nível global. “As fabricantes estrangeiras reforçaram o olhar sobre medicamentos de especialidades com maior valor agregado, se desfazendo de produtos maduros. Naturalmente, isso abriu um nicho para as brasileiras”, comenta Henrique Tada, diretor executivo da Alanac.

Fonte: IQVIA

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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