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Novo medicamento para o tratamento do diabetes será lançado em breve no Brasi

Uma nova opção terapêutica está prevista para chegar em maio ao Brasil. Trata-se da semaglutida, uma nova molécula, indicada para pacientes com diabetes do tipo 2 que estão com a glicemia fora do controle. “Um dos grandes benefícios desse medicamento é que ele promove o controle da glicemia associado a uma significativa perda de peso. Isso ajuda no controle do diabetes, visto que a maioria das pessoas com diabetes do tipo 2 encontra-se com excesso de peso. Porém, esta medicação ainda não tem indicação em bula para o tratamento da obesidade”, conta a Dra. Erika Parente, endocrinologista membro da Comissão Científica do 13° Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM, que será realizado em São Paulo entre os dias 16 e 18 de maio deste ano.

 

Comparada a outras moléculas da família das incretinas que já existem no mercado, a semaglutida mostrou melhor controle da glicemia com maior perda de peso. “A ação dessa molécula se dá em receptores mais potentes do cérebro, no hipotálamo, que é o centro de controle da fome. Daí a redução significativa do peso do paciente”, explica o Dr. Marcio Krakauer, endocrinologista diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM-SP, entidade que organiza o COPEM.

 

Os efeitos adversos mais comuns são náuseas e vômitos, como as outras moléculas da mesma classe. Em casos de pacientes com glicemia muito elevadas, pode haver uma queda rápida da glicemia com uso desta medicação e isto pode agravar a retinopatia (doença da retina) em pacientes de alto risco.

 

Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no segundo semestre de 2018, o medicamento registrado com nome Ozempic é apresentado como solução injetável, em caneta preenchida para administração semanal.

 

O Diabetes Tipo 2 está frequentemente associado ao excesso de peso, bem como os casos de pré-diabetes (no Brasil há 11 milhões de pessoas com pré-diabetes). Entre os jovens, a obesidade aumentou em 60%, em 10 anos.

 

“Tecnologias no Diagnóstico e Tratamento do Diabetes” é tema da grade científica do 13° COPEM, congresso que reúne avanços em pesquisa do diagnóstico ao tratamento de doenças endócrinas, com ênfase no dia a dia do endocrinologista.

 

A geneticista Mayana Zats é uma das convidadas e abordará os dilemas da ética médica na era do genoma. Além dela, estão confirmadas as presenças de outros cinco pesquisadores internacionalmente renomados: os Drs. Michael Nauck (Alemanha), Richard Auchus (Universidade de Michigan – EUA), Irina Bancos (Mayo Clinic – EUA), Antonio Bianco (Universidade de Chicago – EUA) e Maria Beatriz Lopes (Universidade de Virginia – EUA), sendo os dois últimos pesquisadores brasileiros radicados nos Estados Unidos e especializados em doenças tireoidianas e hipofisárias, respectivamente.

Fonte: SEGS

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