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Estudo traz os 10 países que mais produzem medicamentos

Estudo traz os 10 países que mais produzem medicamentos
Foto: Freepik

A lista dos dez países que mais produzem medicamentos no mundo apresenta um líder soberano e os gigantes asiáticos ainda engatinhando na tentativa de melhorar suas performances. O estudo foi desenvolvido pela consultoria Trillione Pharma.

O levantamento avalia o faturamento obtido pela indústria farmacêutica de cada nação com a fabricação de medicamentos. O market share dos Estados Unidos é de 40%, bem distante dos 11% da China e dos 8% do mercado japonês. Reconhecido produtor de insumos farmacêuticos ativos (IFAs), a Índia ainda patina com apenas 3%.

Estima-se que a indústria farmacêutica norte-americana movimente US$ 2,8 trilhões por ano (R$ 14 trilhões), com o impulso de duas estratégias em particular. Uma delas é o foco na inovação incremental de medicamentos, o que leva o país a deter impressionantes 45% de participação global nos aportes em P&D.

A outra iniciativa é bem mais ousada e visa também a conter uma possível ameaça chinesa. A partir de uma política do governo Joe Biden, os Estados Unidos vêm buscando reduzir a dependência de IFAs do Exterior e também frear o ritmo de aquisições diretamente da China, de olho em mercados mais baratos e amigáveis como a Índia.

Oscilações em um dos países que mais produzem medicamentos

Segunda colocada entre os países que mais produzem medicamentos, a China vem passando por momentos delicados. Com US$ 840 bilhões de receita (R$ 4,2 trilhões), a indústria farmacêutica local enfrenta dificuldades na fabricação de genéricos, carro-chefe do setor. Isso porque o governo local apertou o cerco contra remédios que não atingem os patamares estabelecidos de segurança e eficácia.

Nesse contexto, atrair investimentos de laboratórios estrangeiros tornou-se uma saída para o pais. No segundo semestre do ano passado, o Ministério do Comércio chegou a presidir uma mesa-redonda com 12 farmacêuticas de peso, entre as quais AstraZeneca, Bayer, Novo Nordisk, Pfizer e Roche.

Na mesma ocasião, Chen Jining, secretário do Comitê Municipal de Xangai do Partido Comunista, reuniu-se com uma delegação liderada por Belén Garijo, presidente do Conselho Executivo e CEO da Merck. O próximo passo é desenvolver uma versão biossimilar do Ozempic.

Terceiro lugar também convive com problemas

O Japão também convive com oscilações à medida em que a fabricação de medicamentos não acompanha o envelhecimento populacional e a incidência crescente de doenças crônicas.

A tentativa de reação vem em forma de um plano para reduzir o custo produtivo da indústria farmacêutica – que teve queda de 11% em 2023 na comparação com o ano anterior – e diminuir a burocracia no processo de aprovação de novos medicamentos.

Os 10 países que mais produzem medicamentos
(% de participação no faturamento)

Fonte: Trillione Pharma
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