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Pfizer ganha em disputa por patente com a AstraZeneca

Disputa por patente
Foto: Canva

A disputa por patente envolvendo o medicamento contra o câncer de pulmão Tagrisso, da AstraZeneca, chegou ao fim. Só que o desfecho foi negativo para a farmacêutica britânica. As informações são do Pharmaceutical Technology.

O laboratório terá que pagar US$ 107,5 milhões (cerca de R$ 547,4 milhões) à Pfizer, uma vez que o Tribunal Distrital dos EUA entendeu que a companhia infringiu a patente pertencente aos reclamantes e atualmente licenciada à Puma Biotechnology.

Segundo um porta-voz da AstraZeneca, a empresa defenderá “vigorosamente” seus direitos e está “confiante na propriedade intelectual” da terapia.

Disputa por patente envolve medicamento bilionário 

A derrota na disputa por patente seria um grande golpe para as contas da AstraZeneca. Isso porque, só em 2023, o medicamento trouxe US$ 5,8 bilhões (cerca de R$ 29,5 bilhões) aos cofres da indústria.

Inicialmente, a patente pertencia à Wyeth, que foi comprada pela Pfizer em 2009. As brigas pelos direitos do remédio começaram ainda em 2021.

Segundo os norte-americanos, o uso de inibidores de quinase infringia os métodos registrados pelo medicamento Nerlynx.

Na visão dos europeus, a validade das patentes é questionável.

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Novela ainda não chegou ao fim 

A AstraZeneca ainda pode recorrer e suas defesas restantes serão analisadas em um julgamento separado marcado para o próximo mês. A depender do veredito do juiz distrital Matthew Kennelly, o caso pode viver uma reviravolta.

Pfizer ainda atua em outro processo 

Se a Pfizer, ao menos por hora, venceu a AstraZeneca nos tribunais, a indústria norte-americana seguirá na justiça devido a sua vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a BioNTech.

A GSK alega que as fabricantes romperam patentes de sua propriedade e entrou com uma ação na justiça no fim de abril.

A farmacêutica argumenta possuir patentes sobre a tecnologia de vacinas mRNA há “mais de uma década antes” da pandemia do novo coronavírus, que teve início em 2020.

A Moderna é outra companhia que contesta na justiça o imunizante.

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