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Sócio da Precisa pediu ao governo alteração em MP das vacinas para incluir agência indiana

Em reunião no Ministério da Saúde, em janeiro, o presidente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, pediu que uma Medida Provisória sobre vacinas fosse alterada para inserir a agência regulatória indiana, facilitando a importação do imunizante Covaxin. A MP foi aprovada em março pelo Congresso Nacional.

Um mês depois da reunião com a Precisa, a alteração na MP foi proposta em emenda do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), aprovada pelo Congresso. Para senadores da CPI da Covid, a reunião é um indício de que Barros mantinha contato com a empresa antes de propor a alteração na MP. Procurado pelo GLOBO, Barros nega ter feito qualquer contato com a Precisa ou com integrantes do Ministério da Saúde sobre a Covaxin antes de sugerir a emenda.

Documento do Ministério da Saúde obtido pela CPI da Covid registra uma reunião em 12 de janeiro, um mês antes de a Precisa Medicamentos fechar um contrato de R$ 1,6 bilhão para vender a vacina indiana ao Brasil. ‘O Presidente da empresa questionou sobre a possibilidade de alteração da Medida Provisória n° 1.026, de 6 de janeiro de 2021, para que seja inserida a agência regulatória indiana no rol disposto no art. 16’, diz a memória do encontro.

Participaram da reunião a diretora de Ciência e Tecnologia do ministério, Camile Giaretta Sachetti, o presidente da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, e uma diretora da empresa, Emanuela Medrades. O documento registra que, no encontro, ‘foi esclarecido que o art. 16 da aludida Medida Provisória requer o registro em uma das agências referenciadas’, ou seja, a Precisa foi orientada a buscar registro na Anvisa para importar a vacina. Detalhes do documento, a justificativa de e incoerências nas falas de Barros e mais detalhes estão na matéria completa, exclusiva para assinantes.

Fonte: Extra online

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