Conitec incorpora procedimento para tratar AVC pelo SUS

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A Comissão Nacional de Incorporação de Novas Tecnologias (Conitec) anunciou a incorporação da trombectomia mecânica, procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar casos de AVCi agudo por oclusão de um grande vaso.

Na intervenção, é usado um cateter que leva um dispositivo endo vascular, um stent, para remover o coágulo do vaso sanguíneo ou um sistema de aspiração. Até então o paciente só tinha disponível na rede pública de saúde o tratamento medicamentoso, cujos benefícios são inferiores ao novo procedimento na hora de dissolver coágulos de grandes artérias ocluídas.

Segunda doença que mais mata e incapacita, de acordo com o Ministério da Saúde, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) leva à óbito cerca 100 mil brasileiros por ano.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico (AVCi) e o hemorrágico (AVCh). O mais comum deles, cerca de 80% dos casos, é o AVCi, quando ocorre uma obstrução dos vasos que levam o sangue ao cérebro. Na versão hemorrágica, menos incidente, há um rompimento desses mesmos vasos.

Já aprovada nos Estados Unidos, países da Europa, Canadá e Austrália, além de chancelada por guidelines internacionais e sociedades médicas da área, a trombectomia mecânica teve eficácia e custo-benefício analisados por nove estudos clínicos, além do brasileiro Resilient, realizado em 12 hospitais públicos do país, e com 221 pacientes.

O Resilient não apenas comprovou os benefícios da tecnologia para a saúde do paciente, como mostrou a viabilidade financeira do procedimento no SUS, entre outros benefícios. Não há dúvidas de que a incorporação da trombectomia mecânica é fundamental para os brasileiros, já que hoje os pacientes de AVC só têm o tratamento clínico medicamentoso (trombólise) disponível na rede pública, opção com baixa eficácia em dissolver coágulos de grandes artérias ocluídas e uma janela terapêutica restrita, sendo eficaz até 4,5 horas depois dos principais.

Além de reduzir a mortalidade das vítimas de AVC isquêmico, o procedimento interfere de forma positiva no quadro geral do paciente, fazendo com que ele se recupere melhor e mais cedo.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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