O Brasil vai receber, em junho, 842.800 doses da vacina contra a covid-19 da Pfizer, informaram nessa 2ª feira (12.abr.2021) os ministérios das Relações Exteriores e da Saúde. A entrega se dará por meio da Covax Facility, iniciativa global para acesso a imunizantes.
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‘O Ministério da Saúde tem 42,5 milhões de doses de vacinas contratadas com a Covax Facility. A quantidade é suficiente para vacinar 10% da população brasileira’, dizem os ministérios em nota conjunta.
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Até agora, o Brasil recebeu pouco mais de 1 milhão de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford por meio do consórcio.
As doses que o consórcio entregará ao Brasil em junho não fazem parte das 100 milhões já encomendadas pelo Ministério da Saúde à Pfizer. Dessas 100 milhões, a entrega da 1ª parte está prevista para acontecer em maio.
A vacina da Pfizer já tem o registro definitivo para uso no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Tem mais de 90% de eficácia contra o coronavírus. O imunizante é aplicado em duas doses, assim como as outras vacinas já utilizadas no PNI (Programa Nacional de Imunização).
Atualmente, o Brasil aplica na população as vacinas da farmacêutica chinesa Sinovac (a CoronaVac), que tem autorização para uso emergencial, e a da AstraZeneca/Oxford, que conta com o registro oficial concedido pela Anvisa.
Covax Facility
A Covax Facility surgiu de uma iniciativa global para acelerar o desenvolvimento, fabricação e distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19. É co-liderado pela Gavi, Vaccine Alliance, a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations e OMS (Organização Mundial da Saúde).
O objetivo, além do apoio a pesquisa e desenvolvimento de novas vacinas, é negociar preços com empresas farmacêuticas e facilitar o acesso às vacinas.
Fazem parte do consórcio 190 países. A meta da Covax é entregar mais de 2 bilhões em 2021 – 333 milhões de doses até meados do ano.
No 2º trimestre deste ano, 14,1 milhões de doses da Pfizer serão distribuídas a 47 países. Além do Brasil, os principais beneficiários devem ser Colômbia, México, Filipinas, África do Sul e Ucrânia.
Já a entrega de vacinas da AstraZeneca pode ocorrer ‘com alguns atrasos’, disse a Gavi nessa 2ª feira (12.abr.2021).
A baixa disponibilidade do imunizante já atrasou algumas entregas em março e abril. Além disso, grande parte da produção da vacina da AstraZeneca feita pelo Instituto Serum, da Índia, está sendo mantida no próprio país, como forma de amenizar o desabastecimento que atinge algumas regiões indianas.
Fonte: Poder 360