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Enxaqueca: um mal que afeta mais mulheres do que homens

Foto: Freepik                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      A enxaqueca, ou migrânea, é uma forma incapacitante de dor de cabeça com origem biológica, afetando principalmente pessoas geneticamente predispostas. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em adolescentes e adultos jovens, afetando mais mulheres do que homens.

Cerca de 15% dos casos são acompanhados por uma aura premonitória, caracterizada por sintomas visuais como embaçamento ou pontos luminosos, aumentando o risco de acidentes vasculares cerebrais em pessoas que também fumam e usam pílulas anticoncepcionais.

Causas da enxaqueca

As enxaquecas resultam da sensibilidade elevada do sistema nervoso, que gera uma atividade elétrica intensa no cérebro, afetando funções como visão, equilíbrio e fala, causando distúrbios temporários conhecidos como aura.

A dor ocorre quando o quinto nervo craniano, o nervo trigêmeo, é estimulado, liberando substâncias que inflamam os vasos sanguíneos e as membranas cerebrais, causando cefaleia latejante, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som.

Os hormônios femininos são considerados desencadeadores de enxaqueca, explicando sua prevalência em mulheres. Flutuações nos níveis de estrogênio, como durante a puberdade, menstruação e menopausa, podem aumentar o risco e a intensidade das crises.

Contraceptivos orais e terapia de estrogênio podem agravar a condição, especialmente em casos de enxaqueca com aura. Outros gatilhos incluem:

Sintomas

Na enxaqueca, a dor latejante afeta geralmente um lado da cabeça, podendo ser intensa e incapacitante. Náuseas, vômitos e sensibilidade à luz, sons e odores são sintomas comuns, dificultando a concentração durante uma crise.

As crises variam em frequência e intensidade, podendo durar de horas a dias e interferir significativamente na vida diária. Um prenúnceo, que inclui mudanças de humor e sensações como dor no pescoço e náuseas, muitas vezes precede a crise.

Cerca de 25% das pessoas experimentam uma aura, caracterizada por distúrbios transitórios na visão, equilíbrio, coordenação muscular ou linguagem, que podem durar de minutos a uma hora. Embora as enxaquecas tendam a diminuir com a idade, a ocorrência de auras visuais sem a dor de cabeça associada pode ser mais comum em idosos.

Como saber se tenho enxaqueca?

Enxaquecas são diagnosticadas pelos médicos quando os sintomas são característicos e o exame físico, incluindo o neurológico, não revela anormalidades.

Não existe um teste específico para confirmar o diagnóstico. Certos sinais de alerta indicam que as dores de cabeça podem ser causadas por problemas mais graves, como:

Se as cefaleias forem recentes ou se houver sinais de alerta, geralmente são realizados exames de ressonância magnética da cabeça ou punção lombar para descartar outras condições.

Tratamento

O tratamento leva em conta a natureza da dor e a frequência das crises, visando aliviar os sintomas e prevenir novos episódios. Em casos agudos, analgésicos comuns, como o Doralex um medicamento com 1g de dipirona, é indicado para alivio dos sintomas da enxaqueca.

Além da terapia medicamentosa, mudanças no estilo de vida e a identificação e evitação de gatilhos desempenham papel crucial na prevenção das crises de enxaqueca. Manter uma dieta equilibrada, ter um padrão regular de sono, praticar exercícios físicos, reduzir o consumo diário de cafeína e gerenciar o estresse são medidas não medicamentosas essenciais para reduzir a frequência e a intensidade das crises.

Este conteúdo é meramente informativo e não substitui a consulta médica. Para esclarecimento de dúvidas adicionais sobre uma patologia, medicamento ou tratamento, converse com um profissional de saúde de sua confiança. Evite sempre a automedicação

 

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