Ao menos sete municípios do Estado do Paraná identificaram quantidades menores de imunizante que as descritas na embalagem, em frascos de vacina CoronaVac. O rendimento menor de aplicação das doses foi o motivo alegado pelas prefeituras. Na embalagem consta a aplicação de dez doses , porém, o frasco resultou em apenas nove doses.
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O problema foi apontado em Curitiba, Londrina, Cianorte, Umuarama, Ponta Grossa, Cascavel e Foz do Iguaçu.
Problemas alegados
CURITIBA: o problema foi constatado no recebimento da oitava remessa de vacinas, resultando na necessidade de aplicação da primeira dose com o estoque reservado para a segunda dose. Por meio do Notivisa, um sistema desenvolvido pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária notificou o Ministério da Saúde, reforçando que desde o início da vacinação adota o mesmo padrão de agulhas.
CIANORTE: Em razão do menor rendimento do frasco, a prefeitura informou em notificação ao MS em 8 de abril, que teve perda técnica de 203 doses da CoronaVac.
UMUARAMA: O problema foi identificado segundo a prefeitura em um lote de vacinas destinados aos profissionais das forças de segurança. Foram aplicadas 27 doses das 30 previstas, uma queda de 10%.
LONDRINA: Não foi informado pela prefeitura o número de frascos que teriam chegado com volume menor. Mas, confirmou que notificou o Ministério da Saúde.
PONTA GROSSA: Por mais uma vez o problema foi detectado pela prefeitura. Em um dos casos, aconteceu em um grande lote (não informada a quantidade) de vacinas. A administração confirmou a identificação dos lotes e que estará notificando o MS na próxima segunda-feira, 12.
CASCAVEL: A prefeitura confirmou por meio de nota que é ‘comum em envasamento de medicamentos/vacinas alguns frascos apresentarem diferença de quantidade’ e que os lotes eventualmente com estas alterações são identificados, registrados e estes dados encaminhados à Sesa’;
FOZ DO IGUAÇU: Foram identificados pela Secretaria de Saúde, frascos com menor quantidade de doses. A administração Municipal confirmou que ainda não notificou o Ministério da Saúde.
O que dizem os órgãos de saúde
Em resposta ao portal G1, o Instituto Butantan confirmou que são os frascos do imunizante CoronaVac são envasados com 5,7 mL. O órgão reforçou ‘não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes pelo Butantan’.
A nota cita ainda ‘Todas as notificações recebidas pelo instituto até o momento relatando suposto rendimento menor das ampolas foram devidamente investigadas, e identificou-se, em todos os casos, prática incorreta na extração das doses nos serviços de vacinação’.
A Anvisa confirmou que ‘observou um aumento de queixas técnicas relacionadas à redução de volume nas ampolas da vacina’. O órgão enfatizou que seu setor de fiscalização está investigando os registros.
A Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) afirmou que acompanha o caso, mas que houve registros nas 27 unidades federativas. A Sesa reforço que todas as 22 regionais de saúde são orientadas de como proceder em algum eventual problema.
Autorização para mudança no frasco
Em março, o Instituto Butantan recebeu a autorização da Anvisa com o objetivo de evitar desperdícios, alterar o volume do frasco da CoronaVac.
Cada frasco passou de 6,2mL para 5,7 mL, sendo mantidas dez doses por unidade.
Fonte: Jornal O Comércio
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