O balanço de 2016 da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) revela que as 27 redes associadas à entidade movimentaram R$ 39,46 bilhões no ano passado, um acréscimo de 11,03% sobre 2015.
Para o presidente executivo da entidade, Sérgio Mena Barreto, o bom desempenho é consequência da contínua expansão do número de lojas, do processo de interiorização das grandes redes e do aperfeiçoamento na gestão de estoque para evitar a falta de produtos nas prateleiras. “As redes fizeram altos investimentos em estrutura logística e centros de distribuição próprios, e conseguem negociar diretamente com as indústrias para oferecer os melhores preços aos consumidores”, acrescenta.
De acordo com a entidade, os medicamentos genéricos influenciaram o resultado em razão da quebra de patentes e da queda de renda da população, em 2016. “O envelhecimento da população é outro fator natural que justifica o aumento nas vendas”, lembra Mena Barreto. As vendas desta categoria movimentaram R$ 4,66 bilhões – um acréscimo de 13,87% em relação ao ano anterior, a maior alta entre todos os segmentos.
Os dados, compilados pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (FIA-USP) apontam, ainda, que o comércio de medicamentos contabilizou R$ 26,61 bilhões no período, uma alta de 10,93% em relação a 2015. Já a venda dos não medicamentos (itens de higiene, cosméticos, perfumaria e conveniência) totalizou R$ 12,85 bilhões nos 12 meses do ano, avançando 7,41%. Nos últimos cinco anos, esse percentual seguia em ritmo de alta acima de 10%. “A crise provocou a desaceleração do segmento. Em momentos de crise, os consumidores deixam de comprar itens que não sejam de primeira necessidade”, avalia Barreto. O segmento representa 32,56% do total do faturamento das redes associadas.
Entre janeiro e dezembro, cerca de 2,14 bilhões de unidades foram comercializadas. No período, 494 lojas foram inauguradas, passando de 5.915 para 6.409 unidades. Quase oito mil empregos formais foram gerados em todo o ano, cerca de dois mil deles para o cargo de farmacêutico. Ao todo, as grandes redes empregam 112.667 profissionais, sendo mais de 19 mil farmacêuticos.
Comparativo (Jan a Dez/2015 x Jan a Dez/2016)
| 2015 | 2016 | Variação (%) | |
| Vendas | R$ 35.942.411.428 | R$ 39.466.605.775 | 11,03% |
| Vendas de medicamentos |
R$ 23.862.486.220 |
R$ 26.615.418.319 | 10,93% |
| Vendas de não medicamentos | R$ 12.079.925.208 | R$ 12.851.187.456 | 7,41% |
| Vendas de genéricos | R$ 4.148.465.333 | R$ 4.669.670.230 | 13,87% |
| Unidades vendidas (Total) | 2.129.958.728 | 2.148.937.862 | 0,8% |
| Total de lojas | 5.915 | 6.409 | 8,57% |
* Fonte: Abrafarma / FIA-USP
Fonte: Redação Panorama Farmacêutico