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Para médico, antiético é não testar medicamentos em brasileiros

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João Massud Filho, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica criticou a fraca presença do Brasil nos projetos de pesquisa clínica e disse que a dificuldade de se realizar testes em pacientes no país é antiético com a população. Massud foi o último convidado a falar no Fórum a Saúde do Brasil, organizado pela Folha, que terminou nesta quinta-feira (27).

“A aprovação ética no Brasil é complicada, existe uma tutela sobre os pacientes. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) rejeita os projetos porque está dizendo que o paciente não pode ser submetido à pesquisa.”

Para ele, as restrições prejudicam a eficácia dos tratamentos aplicados aqui. “Como médico, digo que antiético é desenvolver um produto na Finlândia, com todo o respeito ao país, e vir usá-lo no Brasil, na raça brasilis que nem sabemos qual é, dada a diversidade étnica que temos.”

Para o convidado, os entraves ao desenvolvimento de novos tratamentos causam prejuízo social, científico e econômico ao país. “[Muitos] pacientes morrem esperando para serem incluídos em um projeto de pesquisa, porque não há tratamento para sua enfermidade. Perdemos desenvolvimento tecnológico, ingresso de dinheiro e competitividade”, afirma

Segundo o especialista, pesquisas do tipo permitiram o desenvolvimento dos transplantes de órgãos e de medicamentos contra doenças como câncer e Aids. “Com isso, conseguimos a diminuição da mortalidade e a melhoria da qualidade de vida das pessoas”.

 

ATRASO NACIONAL

Massud Filho também criticou a redução da pesquisa desenvolvida no Brasil. “Nos últimos cinco anos, o Brasil involuiu 3% [no número de projetos]. A Argentina cresceu 2%, a China mais de 15% e a África do Sul, 2,8%.”

Uma das causas, segundo ele, seria a demora com que os projetos são aprovados no país e a ausência do tema na agenda governamental, além das complicações éticas para se iniciar um estudo clínico.

O convidado argumentou que os investimentos da indústria farmacêutica mundial em pesquisa e desenvolvimento chegam US$ 80 bilhões por ano. O Brasil, de acordo com Massud, está em sétimo lugar na lista dos dez maiores mercados farmacêuticos do mundo, mas recebe menos de 1% dos investimentos do setor.

“Precisamos pensar qual é o caminho que queremos para o Brasil”, pontuou. “Ser o país que vende commodities ou [aquele] que possa vender tecnologia?”

DEBATE

Os desafios das pesquisas clínica e farmacêutica também foram abordados durante o Fórum a Saúde no Brasil por Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.

Na manhã desta quarta-feira (26), Britto criticou a falta de incentivos à inovação e a dependência que o Brasil ainda tem das tecnologias estrangeiras. “Hoje, quanto maior é o acesso à saúde, mais a gente se torna dependente. Há um deficit crescente na balança comercial [de medicamentos e tecnologia]”, disse.

Tanto Massud quanto Britto defenderam posições semelhantes sobre as soluções para superar os entraves na inovação: diálogo mais estreito entre academia, pesquisadores, governo e indústrias.

Organizado pela Folha, o Fórum a Saúde do Brasil reuniu especialistas e profissionais do setor durante as manhãs desta quarta (26) e quinta-feira (27).

Entre os palestrantes, estiveram no seminário o ministro da Saúde, Arthur Chioro; David Uip, secretário estadual da saúde de São Paulo; e o médico Drauzio Varella.

Fonte: Folha de S. Paulo Online

Em todo o país, pelo menos 90% das Santas Casas estão endividadas

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O Brasil tem ao todo 2.100 Santas Casas. Desse total, apenas 10% tem situação financeira equilibrada. A maioria (90%) está endividada. O dado é da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB). A dívida total chega a R$ 22 bilhões. “Muitas só não fecharam por causa de festas, campanhas e vaquinhas para arrecadar recursos”, conta o presidente da entidade, Edson Rogatti. De acordo com ele, um estudo da assessoria econômica da Câmara dos Deputados mostra que a União custeia 60% das despesas de cada um desses hospitais, quando mais de 90% dos atendimentos são para pacientes que não podem pagar ou não têm convênio médico particular.

A situação, segundo Rogatti, resulta do congelamento da tabela SUS, que deixou de ser corrigida pelos governos anteriores. “Dia desses fui mexer numa papelada e vi que recebemos hoje o mesmo valor de 2008.” Segundo ele, o setor está discutindo com o governo uma nova fórmula de financiamento dos hospitais filantrópicos e Santas Casas, e não mais a partir a tabela SUS. Na última quinta-feira (4), o governo de Geraldo Alckmin anunciou repasses da ordem de R$ 5,9 milhões em convênios, a maioria deles para Santas Casas. Na avaliação de Rogatti, que preside a Santa Casa de Palmital e também a federação paulista do setor, a transferência de recursos é um incentivo a mais, mas está longe de resolver.

Para Rogatti, a situação no estado de São Paulo é “um poquinho” melhor do que no resto do país. Um programa destina percentuais que vão de 10% a 70% sobre o valor repassado pelo SUS, conforme a complexidade do atendimento prestado. Ou seja: se uma Santa Casa que presta atendimento em alta complexidade, como cirurgias de grande porte, por exemplo, recebe R$ 100 do SUS, o estado complementa em 70%. O problema financeiro das Santas Casas, entretanto, também está associado a questões administrativas. No final de 2014, o Ministério Público de São Paulo chegou a defender o “impeachment” dos gestores da Santa Casa de São Paulo. Em julho daquele ano, o serviço de emergência foi fechado.

Efeitos da chikungunya comprometem até a vida afetiva dos pacientes

O leve trepidar da cadeira de rodas na curta travessia da Rua Teófilo Otoni, entre o Pronto-Socorro de Governador Valadares e o Centro de Atendimento em Arboviroses, é suficiente para infligir intenso sofrimento ao artista Diones Cláudio Kleiter, de 37 anos. Nesse curto espaço de tempo, o homem se contorce em espasmos , que dão a impressão de ser aquela uma cadeira de tortura. Até a fisionomia dele muda a cada metro rodado. A expressão de Diones é o retrato da dor que pode afligir por até dois anos os doentes crônicos da febre chikungunya, um mal que se espalhou em Governador Valadares como em nenhum outro lugar de Minas.  Basta vê-los para compreender por que a febre foi batizada com o termo que significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia, onde a doença surgiu na década de 1950.

Dos 13.342 registros contabilizados pela Secretaria de Estado da Saúde, 8.976 estão na cidade do Leste de Minas. A incidência é de um caso para cada grupo de 3.334,57 habitantes – Valadares tem cerca de 278 mil –, o que torna difícil encontrar um valadarense que não conheça alguém que  sofreu com a doença, sendo afastado do trabalho, da família e de seus afazeres. “Comecei a sentir a dor há 4 meses. Desta vez já tem três dias que sinto dores musculares e nas cartilagens. Minhas juntas parecem ser de gelatina. As cartilagens parecem que vão se descolar dos ossos. Meu pé parece um saco de ossos, não tem firmeza. Me dá uma tremedeira sem fim, uma dor no fundo dos olhos, de cabeça e febre alta”, conta Diones.

O artista é um dos pacientes que lotam o centro, montado pela prefeitura para dar assistência qualificada aos doentes da fase aguda da doença. Contudo, as recaídas são tão devastadoras que muitos pacientes crônicos voltam até de ambulância. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, a fase aguda pode durar algumas semanas, enquanto a crônica se estende de seis meses a dois anos. Entre os sintomas mais comuns estão a febre alta, acompanhada de artrite, vômito, diarreia, comprometimento das articulações e até da coluna vertebral. “Tenho quatro parafusos no tornozelo. A dor de ter quebrado o tornozelo e de ter os parafusos é muito menor do que a da chikungunya”, afirma Diones. Como ele, vários pacientes chegam ao centro se contorcendo em dores. Alguns não aguentam nem sequer o toque dos enfermeiros, sendo o processo de deitar nos leitos ou macas um suplício. Lá, os pacientes são hidratados e medidados para conter a dor e  a inflamação das articulações. A prefeitura afirma que o grande número de casos da febre chikungunya em Governador Valadares se deve a falhas nas ações de controle aos vetores da doença em anos passados. A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus e o controle é o mesmo feito para a dengue, com foco na erradicação de criatórios do inseto. A proliferação se dá em locais de água limpa e parada. Um dos mais afetados é a ilha fluvial do Rio Doce, um local que sustenta muitos empoçamentos de água nas pedras das margens e também no lixo que é descartado de forma clandestina.

Percorrendo as margens do Rio Doce, a reportagem encontrou vários pontos de empoçamento de água próximos a áreas habitadas e em todos havia larvas que aparentavam ser do Aedes aegypti. “Aqui na ilha é um inferno de mosquitos. Eles são ferozes”, considera Diones, que é morador daquela localidade. Deitado no leito do centro depois de muito sofrimento, o artista desabafou, emocionado. “Por causa dessas dores não consigo fazer nada. Não consigo ir ao banheiro sozinho, não posso nem tomar banho. Já estou há três dias sem tomar banho, me sentindo sujo, fedido. E eu não sou sozinho não, mas só de encostar em mim já dói. Tenho uma esposa e se ela encosta em mim dói tudo. É complicado demais amar uma pessoa e não poder encostar nela”. De acordo com a Prefeitura de Governador Valadares, o município potencializou as ações da Atenção Básica, por meio das equipes de Saúde da Família; criou o Centro de Atendimento em Arboviroses, para facilitar ao máximo o acesso aos usuários 15 horas por dia, disponibilizando atendimento médico, de enfermagem e farmacêutico aos pacientes. Foi aberto ainda um serviço de Reabilitação Multiprofissional em Arbovirose, desenvolvido especialmente para pacientes de febre chikungunya e zika vírus. “Ações de controle vetorial estão sendo intensificadas em toda a cidade, especialmente nos bairros onde a infestação é mais alta. São utilizados  o fumacê e ações de mobilização social como a “Operação Caça ao Mosquito”, que reúne cerca de 200 servidores para eliminar possíveis criadouros e para conscientização da população”, informou a prefeitura.

  • Chikungunya

O que é?

É uma doença infecciosa febril, causada pelo vírus chikungunya (CHIKV)

O que significa Chikungunya?

Significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes, entre 1952 e 1953

>> A doença pode comprometer todas as articulações, sejam pequenas ou grandes, podendo acometer a coluna vertebral também. É importante destacar que as articulações previamente danificadas têm maior chance de dano viral

Transmissão

Pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus

Duração

A fase aguda dura de alguns dias a algumas semanas. O problema é a fase crônica, que começa na sexta semana, com sintomas que envolvem músculos e articulações como artrite. Os sintomas podem durar seis meses, um ano, dois ou mais

Tratamento

O tratamento da fase aguda é feito com controle dos sintomas. A partir da fase crônica há três alternativas gerais: anti-inflamatórios não hormonais (AINH), corticoides ou metotrexato (medicamento utilizado no tratamento de  artrites reumatoides)

Prevenção

Combater o mosquito Aedes aegypti. Usar repelentes e roupas compridas. Um detalhe de excepcional importância, que é esquecido com frequência, é passar repelente em quem está doente para que não contamine mais mosquitos.

Gosta de fazer trilha? Saiba os cuidados para evitar doenças

A água límpida e fresca convidava a um banho e nenhum dos 32 ciclistas mineiros que estavam numa excursão pela Chapada Diamantina desconfiaram de que o Poção, em Lençóis, estivesse contaminado pelo Shistosoma mansoni, parasita que causa a  esquistossomose. A notícia da contaminação meses após a visita e a interdição do ponto turístico no último dia 5 deixaram em alerta quem gosta de caminhadas ao ar livre e praticantes do ecoturismo.  Segundo especialistas, não há motivos para que o Poção deixe de ser visitado. Mas quem gosta de estar em contato com a natureza e em locais com mata e rios, por exemplo, tem que  saber como se prevenir de parasitas comuns dessas áreas, como alerta o professor de Biologia Parasitária Artur Dias Lima. Segundo ele, no interior da Bahia se destacam algumas doenças que são mais comuns e podem se manifestar de maneira mais grave: esquistossomose, febre amarela e leishmaniose. “As pessoas, em geral, não conhecem esses vetores. O ideal seria que conhecessem e, ao serem picadas ou ao entrarem contato com eles, procurarem um médico”, explica.

Apesar de o alarme para a doença só ter sido despertado com a contaminação dos mineiros, a esquistossomose é comum nessa região devido à falta de saneamento básico nas cidades ribeirinhas. Ainda segundo Lima, a Bahia, Minas Gerais e Pernambuco concentram a maior parte dos casos da doença no país. Já que existe o risco, o que fazer? Segundo o pesquisador Mitermayer Galvão, se não há informações sobre o esgotamento sanitário na região, o ideal é evitar o banho. “Se você vai em um local que tem água doce e não tem informação, é melhor não entrar na água. É preciso você mapear antes de ter contato”.

Interditado

O Poção, em Lençóis continua isolado até que a investigação seja concluída. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), representantes da Vigilância Epidemiológica continuam investigando os casos e não há previsão de quando os resultados serão divulgados. Para o professor Artur Dias Lima, a vigilância epidemiológica local deveria indicar os locais onde há risco de contaminação. “É importante que a vigilância sanitária mapeie esses lugares e ela própria chame a atenção das pessoas por meio de placas”, pontua. Vale do Jiquiriçá, Vale do Almada e Chapada Diamantina são algumas das regiões que tem histórico da doença. Por isso, os especialistas recomendam que o turista busque se informar em quais cidades há risco real de se contrair a doença.

Insetos

Mas o caramujo não é vilão sozinho. Insetos também podem transmitir doenças. Febre amarela e leishmaniose são transmitidas por picadas de mosquitos. “Nesses ambientes é importante fazer uso de repelente, de uma vestimenta que diminua a picada de inseto, nas matas tem certos vetores de doenças que não conhecemos”.

Nas trilhas, por exemplo, existem áreas de matas e florestas que podem ter insetos contaminados com o protozoário leishmania. A doença afeta a mucosa do indivíduo, que às vezes pode ficar desfigurada. “No caso de trilhas em áreas de matas e florestas, pode haver o inseto flebotomíneo, que através da picada pode transmitir a doença ao homem. Essa doença traz feridas na pele e pode também afetar a mucosa do indivíduo, às vezes desfigurantes”. Os mosquitos também transmitem doenças como a febre amarela, que teve um surto recente em cidades baianas. Ela é transmitida pelo Aedes aegypti e pode levar à morte. No entanto, cidades do oeste têm a recomendação de vacinação permanente, devido ao risco de transmissão da doença. Por causa do surto, o Ministério da Saúde reforçou as doses de vacinação na Bahia na rede pública. Em Salvador, 111 unidades de referência espalhados pela cidade estão fazendo a vacinação.

Recomendações

Coordenador de planejamento e estruturação da Visitação e do Ecoturismo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Paulo Faria recomenda que ao se planejar uma viagem se pesquise sobre as doenças com mais incidência na localidade. “É importante entender, planejar e avaliar quais são as doenças com ocorrência no local. Para cada uma há um cuidado específico”. Doenças transmitidas por mosquitos, por exemplo, Faria diz é preciso pesquisar os horários de atividade deles e ressalta a importância de se manter em trilhas existentes nos locais, que são projetadas para garantir a segurança dos visitantes.

Viajantes contam com serviço da Ufba

No Brasil, a medicina do viajante é uma especialidade ainda pouco conhecida, mas que auxilia na prevenção de doenças para as pessoas que vão viajar dentro e fora do país. Em Salvador, quem precisar se consultar antes de uma viagem pode ir ao Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas, no Canela, às quintas-feiras. O atendimento só é realizado mediante agendamento. “O viajante muitas vezes se preocupa com a passagem, hotel, se está chovendo, mas raramente se preocupa com as doenças do local que vai, qualquer que seja a viagem, e isso é fundamental de saber”, alerta a infectologista e professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Jacy Andrade.

O planejamento para uma viagem deve contar ainda com um levantamento prévio da rede de saúde. Jacy também lembra a importância de saber a rede de atendimento, quais locais é possível receber atendimento em caso de acidente ou picada de algum animal peçonhento, como cobras, por exemplo.  “Se vai fazer trilha, o indivíduo deve ter conhecimento em caso de acidente, onde procurar, onde ir”, diz. Para a professora, os cuidados de prevenção são essenciais para evitar contágio, mas também é necessário ficar atento caso apareçam sintomas após alguma viagem, independente da duração do passeio. “O viajante precisa estar atento e quando desenvolve algum sintoma deve informar sobre a viagem para que o médico possa associar a alguma doença”, explica a médica. Os cuidados com o ecoturismo também devem ser mantidos fora da Bahia, já que cada região do país lida com vetores diferentes. Quem visita a região amazônica deve se prevenir contra a malária, onde há incidência da doença. Além disso, os especialistas também alertam para o risco de animais peçonhentos, como aranhas, cobras, escorpiões, que possuem veneno. Para se prevenir, podem usar calçados e roupas grossas que impeçam o contato direto com a pele. Caso haja picada de algum desses animais, o visitante deve procurar imediatamente um médico para receber atendimento.

Fonte: Municípios Baianos

Maconha é reconhecida como planta medicinal pela Anvisa

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou neste mês uma medida que torna a Cannabis sativa oficialmente uma planta medicinal. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) No 156, publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de maio, incluiu a erva na Farmacopeia Brasileira, código oficial farmacêutico do Brasil.

A Anvisa já tinha admitido, em janeiro de 2015, as propriedades terapêuticas do canabidiol (CBD). O produto, que ganhou notoriedade nacional no início de 2014, por seu poder de controlar convulsões em epilepsias de difícil controle. Em novembro de 2015, foi a vez de o THC ter sua prescrição permitida, desta vez por via judicial, graças a uma ação do Ministério Público do Distrito Federal. Essa é, no entanto, a primeira vez que a Anvisa reconhece que a planta – o vegetal in natura, como se fuma, e não apenas seus componentes – tem potencial terapêutico.

Curiosamente, o reconhecimento da maconha como planta medicinal não é nenhuma novidade. Porque a primeira edição da Farmacopeia, que lista os vegetais com propriedades terapêuticas conhecidas, foi publicada em 1929 e a maconha já estava lá. Em 1938, a erva foi proibida pela primeira vez no Brasil, e logo depois a espécie foi removida da lista.

Júlio Américo presidente da Liga Canábica, associação de pacientes que usam maconha com fins medicinais, ainda estuda quais as implicações práticas da medida. “Não sabemos como isso vai afetar a questão dos pacientes, seja em autorizações para cultivo ou para importação. Precisamos saber se tem impacto ou é inocuo. Mas é uma coisa boa porque colocar a Cannabis numa lista de plantas medicinais é importante simbolicamente”, diz.

“Isso não muda o fato de ela ser proibida, a princípio. A proibição e a criminalizacão do cultivo persistem, mas com certeza é um grande avanço na perspectiva do acesso à saúde, porque abre caminho para a produção, distribuição e consumo para fins terapêuticos”, diz Emílio Figueiredo, advogado da Reforma (Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas).

Fonte: Momento PB

Brasil domina mercado de perfumes na América Latina

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O mercado de perfumes na América Latina vem se mostrando resiliente em meio a crises econômicas, com um desempenho que supera outros produtos de beleza. Segundo estudo realizado pela Euromonitor, o mercado cresceu 5% entre 2010 e 2015 e o Brasil é quem lidera esse avanço. Com um “império” de marcas populares, o país responde por mais de US$ 6 bilhões de um total de US$ 10,7 bilhões na América Latina. Dos perfumes luxuosos aos mais ecônomicos, a categoria registra um crescimento que ultrapassa os grandes centros urbanos.

Como era de se esperar, diante da crise econômica, a busca pelo preço baixo impera. O mercado latino-americano de perfumes também é marcado pela falta de competição e de variedade. De acordo com a Euromonitor, este cenário se sustenta devido ao próprio modelo de comercialização: as vendas diretas são o canal mais forte – em alguns países respondem por mais da metade das vendas totais. “Os grandes distribuidores estão posicionados na categoria popular oferecendo assim pouca variedade de marcas ou produtos aos consumidores”, diz o estudo da Euromonitor. Considerando a América Latina, as marcas populares respondem por 83% das vendas – um número impulsionado sobretudo pelo gosto do consumidor brasileiro.

No Brasil, segundo a Euromonitor, o preço e o aroma são os fatores determinantes para conquistar os consumidores. Mesmo marcas conhecidas como a Natura, que vem investindo em maior qualidade, protagonizam uma preocupação em manter os precos acessíveis ao consumidor, diz a consultoria.

Força brasileira

O hábito de usar perfume de forma regular e várias vezes ao dia é forte no Brasil. A mulher brasileira, que representa a fatia maior no consumo de perfumes, tende a reaplicar o produto mais do que uma vez ao dia. O estudo apontou uma clara divisão: os brasileiros do Norte do país são os maiores consumidores dos perfumes, enquanto o interesse vai diminuindo para o sul do país.

Outra característica de mercado é que o segmento premium vem crescendo no Brasil, bem como no México e na Colômbia. O surgimento de novos canais de distribuição e venda propiciados pela internet, além da implantação de redes e lojas no varejo especializado, caso da Sephora e Beauty Box, abrem caminho para o apetite do consumidor. Aqui, a diferença é que o maior faturamento do setor não estaria ligado necessariamente ao aumento na demanda. “É mais uma consequência da desvalorização do real, que forçou fabricantes a aumentarem os preços no varejo, do que um apetite dos consumidores”, avalia a Euromonitor.

Grande parte do crescimento do mercado brasileiro deve-se à expansão do Boticário, que adotou uma estratégia de crescimento no número de lojas pelo país. A companhia disputa espaço com a Natura, que mantém a posição de liderança na América Latina por quase uma década, e que por sua vez também vem apostando nos últimos anos na abertura de lojas especializadas. Abaixo, confira quais são as marcas com maior número de vendas no Brasil:

Posição Empresa com mais vendas em 2015 1 Boticário 2 Natura 3 Avon 4  Puig 5 Suissa Industria e Comercio  6 Grupo Silvio Santos 7 Coty  8 Lvmh Moet Hennessy Louis Vuitton 9 L\Oreal 10  Procter & Gramble 11 IPEC Indústria de Perfumes 12 Fanape – Fábrica Nacional de Perfumes 13 Johnson & Johnson 14 Hypermarcas 15 Dana Classic Fragrances  16 Clarins 17 Perrigo  18 Casa Granado  19 Shiseido 20 Estee Lauder Fonte: Euromonitor Abril/2017 Futuro

Não é exagero discutir o futuro do mercado de perfumes com foco na América Latina. A região, com faturamento de US$ 10,7 bilhões, tem um peso maior na indústria do que na América do Norte. Fica atrás apenas da Europa Ocidental.

Não fosse a turbulência econômica, a América Latina poderia ter crescido ainda mais nos últimos anos. “As compras que ocorrem na região são ditadas de forma geral pelas circunstâncias e momento do consumidor e não por uma escolha entre marcas, por exemplo”, avalia a Euromonitor.

Com o crescimento número de lojas especializadas na área de beleza, as vendas diretas perderão espaço nos próximos anos, principalmente no Brasil, México e Argentina. Segundo o estudo, a visão de mercado para o setor mudará substancialmente e passará a ser influenciada por especialistas de beleza (que vão ganhar maior evidência na mídia e redes sociais) e a chegada dos produtos a centros urbanos de menor porte. Esses fatores vão estimular a competição entre as empresas do segmento e levar ao surgimento de nichos e marcas específicas. E, de novo, quem vai ganhar espaço é o mercado premium: a projeção da Euromonitor indica um crescimento de 6% nas vendas entre 2015 e 2020. Entre as marcas populares, a previsão é de crescimento de 3% no mesmo período.

SUS vai receber 3,9 milhões de frascos da alfaepoetina

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Processo de compra emergencial de remédio para tratamento de anemia resultou em economia de R$ 128 mi ao Ministério da Saúde

Com a conclusão do processo de compra do medicamento alfaepoetina, o Ministério da Saúde assegurou o abastecimento do remédio em todo País para os próximos 120 dias. A empresa que venceu o processo para o contrato emergencial, Blau Indústria farmacêutica, deve fornecer 3,9 milhões de frascos no próximo mês.

A compra gerou uma economia anual para a pasta de aproximadamente R$ 128 milhões, 33% a menos do que no processo de aquisição anterior. Desde 2004, o medicamento alfaepoetina humana recombinante, usado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crônica, incluindo os pacientes em diálise, faz parte de um acordo entre os governos do Brasil e Cuba.

Pelo acordo, a Fiocruz, órgão responsável pelo laboratório público, tem contrato com a empresa cubana CIMAB S.A, que prevê a transferência de tecnologia do medicamento e desenvolvimento do produto pelo laboratório Bio-Manguinhos.

Por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, o Ministério da Saúde visitou o laboratório Bio-Manguinhos e constatou que o produto ofertado no País ainda vinha de Cuba, sendo apenas envazado no Brasil. Após a constatação, o processo foi cancelado.

Para evitar o desabastecimento na rede de saúde pública e o possível agravamento das condições clínicas dos pacientes crônicos, o Ministério da Saúde abriu no início deste ano a compra emergencial. O processo foi avaliado pela Consultoria Jurídica da pasta, que não apontou qualquer irregularidade.

Asparginase

Outro medicamento fornecido pelo SUS é a Leuginase, usada no tratamento de câncer em crianças. O medicamento é alvo de uma ação para que o uso seja interrompido. A justiça determinou que esse remédio seja substituído pela Anginasa no Centro infantil Boldrini. Contudo, o Ministério da Saúde informou que recorreu da decisão. Segundo a pasta, o remédio está dentro do padrão de referência e já tem sido utilizado por hospitais de 11 estados.

De acordo com a pasta, ficou determinado que a União “forneça o medicamento Aginasa na quantidade da necessidade comprovada do autor”. Como a entidade já recebe os recursos, o ministro considera que a decisão está cumprida em seus efeitos. Vale observar que a produção da Aginasa foi descontinuada mundialmente. Sua representante no Brasil, a Bagó, tem apenas o último lote disponível no País.

Além diso, a decisão determinou a realização de perícia farmacológica para verificar as propriedades do medicamento. O Ministério da Saúde está acompanhando o uso da Leuginase nos hospitais nos diversos estados brasileiros, tendo observado que a ação e os efeitos adversos estão dentro do previsto.

Fonte: Portal Brasil

Vídeo de Dia das Mães desenvolvido pela Exit reforça propósito da Drogaria Catarinense

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Para homenagear as mães e estreitar ainda mais o relacionamento com o público da Drogaria Catarinense, a Exit Comunicação e Negócios apresenta vídeo um vídeo desenvolvido para canais digitais em homenagem ao Dia das Mães.

A peça se destaca pela linguagem afetiva, mostrando a relação de amor e cumplicidade entre mães e filhos, mesmo com suas diferenças. Além disso, o filme evidencia características das mães que estão conectadas com o propósito da Drogaria Catarinense: a preocupação e o zelo com o bem-estar das pessoas.

A ação com foco no digital faz parte de uma estratégia de relacionamento e gestão em social media planejada pela Exit, além da campanha promocional de Dia das Mães da Drogaria. Link do vídeo:

https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/video-de-dia-das-maes-desenvolvido-pela-exit-reforca-proposito-da-drogaria-catarinense

Fonte: Portal Acontecendo Aqui

Karin Leitzke dirigirá RH do Grupo Dimed

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A executiva é graduada em Psicologia pela PUCRS.

O Grupo Dimed, detentor das marcas Panvel, Lifar e Dimed, anunciou que Karin Leitzke (foto) será a nova diretora de Recursos Humanos. Com vasta experiência na área, a executiva já atuou em grandes empresas, como Dell, Killing e Stihl. Recentemente, Karin ocupava o cargo de gerência executiva de RH no Grupo Dimed.

A executiva é graduada em Psicologia pela PUCRS e possui especialização em empresas familiares pela HSM/PUCRS e MBA em gestão empresarial, também pela PUCRS. Karin também é conselheira voluntária na ABRH/RS.

Fonte: Revista Amanhã

Governo estima vacinar 54 milhões de pessoas contra gripe

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Postos de saúde em todo o país abriram as portas no sábado para o Dia D da Campanha Nacional contra a Gripe.

O governo estima imunizar 54 milhões de pessoas em todo o país, o que corresponde a 90% da população considerada de risco para complicações por gripe.

A aposentada Selene Guerra não deixa de se imunizar todos os anos.

A Campanha Nacional de Vacina ção vai até 26 de maio.

A imunização contra a gripe protege contra três tipos de vírus: Influenza A, H1N1 e H3N2 e Influenza B.

A enfermeira Leide Gerupá fala sobre a importância da imunização.

Devem se vacinar professores, gestantes, mulheres que deram luz até 45 dias, idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de doença crônica.

A vacina é segura e apenas pessoas que têm alergia ao ovo devem procurar o médico para orientações.

Fonte: EBC

Pague Menos cresce 16,9% no 1º tri de 2017

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As Farmácias Pague Menos acabam de divulgar o balanço financeiro e patrimonial do primeiro trimestre de 2017, contabilizando uma receita bruta de R$ 1,546 bilhão – um crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período de 2016 (R$ 1,322 bilhão). O lucro líquido aumentou 86,5% na comparação com 2016.

“A Pague Menos vem vivenciando um crescimento robusto em vendas, um agressivo programa de expansão e grandes investimentos em pessoas, processos e tecnologia”, afirma o presidente Mário Queirós. Segundo o balanço, 36,1% das lojas estão em estágio de maturação, pois têm até três anos em atividade, e 63,9% já funcionam plenamente há mais de três anos.

No período, 39 pontos de vendas foram inaugurados e 14 encerrados, totalizando 977 lojas espalhadas por todo o Brasil. Ao final do trimestre, 82 lojas estavam em construção. O número de atendimentos cresceu 7%, passando de 27,3 milhões para mais de 29,2 milhões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Urticária atinge de 15% a 20% das crianças

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As crianças também podem ser vítimas da urticária, que atinge entre 15% e 20% da população infantil. Infecções causadas por vírus, medicamentos (em especial, antibióticos e os anti-inflamatórios) e os alimentos estão entre os principais desencadeadores da doença.

Os sintomas são manchas avermelhadas, algumas com relevo, e que podem se juntar formando placas, que têm duração fugaz e localização variável. Em alguns casos, pode se associar com o angioedema, ou seja, inchaços em locais do corpo como: pálpebras, face, lábios, genitália, entre outros.

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseia-se na avaliação feita pelo médico, que leva em conta histórico familiar, exame físico e, se necessário, exames complementares. Não há um teste definitivo para fazer o diagnóstico da urticária.

Embora possam desenvolver a urticária crônica (com duração acima de seis semanas), é a forma aguda, que dura menos de seis semanas, a que mais atinge crianças pequenas e adolescentes.

“Nos casos de urticária crônica predominam as induzidas, ou seja, desencadeadas por estímulos físicos, comprometendo a qualidade de vida, a relação com o meio social, acarretando falta às aulas e prejuízo no aprendizado”, explica a Dra. Maria de Fátima Epaminondas Emerson.

O tratamento da urticária envolve a identificação e o controle da causa, cuidados cutâneos e o uso de medicamentos, sendo os anti-histamínicos orais (antialérgicos) os de primeira linha para tratar a doença, urticária, uma vez que a histamina atua na redução da coceira e das lesões cutâneas.

“É recomendado o uso de anti-histamínicos de nova geração, que possuem menos efeitos colaterais, não causam sonolência e não interferem no aprendizado escolar. Em alguns casos, recomenda-se o uso destes medicamentos com doses aumentadas, por tempo prolongado, com bons resultados”, comenta Dra. Fátima, que preparou algumas dicas para os pais:

· Sigam as recomendações do alergista. Em alguns casos, os pais ficam temerosos em fazer a dose aumentada do anti-histamínico e não cumprem o prescrito;

· A medicação deve ser feita mesmo sem sintomas;

· Banhos não devem ser quentes nem demorados. A pele está sensível, usem sabonetes suaves. Evitem os sabonetes bactericidas, pois ressecam a pele;

· A pele deve ser hidratada logo após o banho, ainda úmida;

· Crianças devem seguir uma alimentação saudável e natural. Dietas serão indicadas apenas em casos específicos e comprovados;

· Corantes e conservantes não são causas mais comuns de urticária. Cada criança deve receber uma orientação específica para seu caso;

· Evitem medidas ou tratamentos caseiros;

· Urticária não é contagiosa e não “pega”.

Fonte: Sempre Materna

 

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