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Brasil domina mercado de perfumes na América Latina

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O mercado de perfumes na América Latina vem se mostrando resiliente em meio a crises econômicas, com um desempenho que supera outros produtos de beleza. Segundo estudo realizado pela Euromonitor, o mercado cresceu 5% entre 2010 e 2015 e o Brasil é quem lidera esse avanço. Com um “império” de marcas populares, o país responde por mais de US$ 6 bilhões de um total de US$ 10,7 bilhões na América Latina. Dos perfumes luxuosos aos mais ecônomicos, a categoria registra um crescimento que ultrapassa os grandes centros urbanos.

Como era de se esperar, diante da crise econômica, a busca pelo preço baixo impera. O mercado latino-americano de perfumes também é marcado pela falta de competição e de variedade. De acordo com a Euromonitor, este cenário se sustenta devido ao próprio modelo de comercialização: as vendas diretas são o canal mais forte – em alguns países respondem por mais da metade das vendas totais. “Os grandes distribuidores estão posicionados na categoria popular oferecendo assim pouca variedade de marcas ou produtos aos consumidores”, diz o estudo da Euromonitor. Considerando a América Latina, as marcas populares respondem por 83% das vendas – um número impulsionado sobretudo pelo gosto do consumidor brasileiro.

No Brasil, segundo a Euromonitor, o preço e o aroma são os fatores determinantes para conquistar os consumidores. Mesmo marcas conhecidas como a Natura, que vem investindo em maior qualidade, protagonizam uma preocupação em manter os precos acessíveis ao consumidor, diz a consultoria.

Força brasileira

O hábito de usar perfume de forma regular e várias vezes ao dia é forte no Brasil. A mulher brasileira, que representa a fatia maior no consumo de perfumes, tende a reaplicar o produto mais do que uma vez ao dia. O estudo apontou uma clara divisão: os brasileiros do Norte do país são os maiores consumidores dos perfumes, enquanto o interesse vai diminuindo para o sul do país.

Outra característica de mercado é que o segmento premium vem crescendo no Brasil, bem como no México e na Colômbia. O surgimento de novos canais de distribuição e venda propiciados pela internet, além da implantação de redes e lojas no varejo especializado, caso da Sephora e Beauty Box, abrem caminho para o apetite do consumidor. Aqui, a diferença é que o maior faturamento do setor não estaria ligado necessariamente ao aumento na demanda. “É mais uma consequência da desvalorização do real, que forçou fabricantes a aumentarem os preços no varejo, do que um apetite dos consumidores”, avalia a Euromonitor.

Grande parte do crescimento do mercado brasileiro deve-se à expansão do Boticário, que adotou uma estratégia de crescimento no número de lojas pelo país. A companhia disputa espaço com a Natura, que mantém a posição de liderança na América Latina por quase uma década, e que por sua vez também vem apostando nos últimos anos na abertura de lojas especializadas. Abaixo, confira quais são as marcas com maior número de vendas no Brasil:

Posição Empresa com mais vendas em 2015 1 Boticário 2 Natura 3 Avon 4  Puig 5 Suissa Industria e Comercio  6 Grupo Silvio Santos 7 Coty  8 Lvmh Moet Hennessy Louis Vuitton 9 L\Oreal 10  Procter & Gramble 11 IPEC Indústria de Perfumes 12 Fanape – Fábrica Nacional de Perfumes 13 Johnson & Johnson 14 Hypermarcas 15 Dana Classic Fragrances  16 Clarins 17 Perrigo  18 Casa Granado  19 Shiseido 20 Estee Lauder Fonte: Euromonitor Abril/2017 Futuro

Não é exagero discutir o futuro do mercado de perfumes com foco na América Latina. A região, com faturamento de US$ 10,7 bilhões, tem um peso maior na indústria do que na América do Norte. Fica atrás apenas da Europa Ocidental.

Não fosse a turbulência econômica, a América Latina poderia ter crescido ainda mais nos últimos anos. “As compras que ocorrem na região são ditadas de forma geral pelas circunstâncias e momento do consumidor e não por uma escolha entre marcas, por exemplo”, avalia a Euromonitor.

Com o crescimento número de lojas especializadas na área de beleza, as vendas diretas perderão espaço nos próximos anos, principalmente no Brasil, México e Argentina. Segundo o estudo, a visão de mercado para o setor mudará substancialmente e passará a ser influenciada por especialistas de beleza (que vão ganhar maior evidência na mídia e redes sociais) e a chegada dos produtos a centros urbanos de menor porte. Esses fatores vão estimular a competição entre as empresas do segmento e levar ao surgimento de nichos e marcas específicas. E, de novo, quem vai ganhar espaço é o mercado premium: a projeção da Euromonitor indica um crescimento de 6% nas vendas entre 2015 e 2020. Entre as marcas populares, a previsão é de crescimento de 3% no mesmo período.

SUS vai receber 3,9 milhões de frascos da alfaepoetina

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Processo de compra emergencial de remédio para tratamento de anemia resultou em economia de R$ 128 mi ao Ministério da Saúde

Com a conclusão do processo de compra do medicamento alfaepoetina, o Ministério da Saúde assegurou o abastecimento do remédio em todo País para os próximos 120 dias. A empresa que venceu o processo para o contrato emergencial, Blau Indústria farmacêutica, deve fornecer 3,9 milhões de frascos no próximo mês.

A compra gerou uma economia anual para a pasta de aproximadamente R$ 128 milhões, 33% a menos do que no processo de aquisição anterior. Desde 2004, o medicamento alfaepoetina humana recombinante, usado no tratamento da anemia associada à insuficiência renal crônica, incluindo os pacientes em diálise, faz parte de um acordo entre os governos do Brasil e Cuba.

Pelo acordo, a Fiocruz, órgão responsável pelo laboratório público, tem contrato com a empresa cubana CIMAB S.A, que prevê a transferência de tecnologia do medicamento e desenvolvimento do produto pelo laboratório Bio-Manguinhos.

Por intermédio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, o Ministério da Saúde visitou o laboratório Bio-Manguinhos e constatou que o produto ofertado no País ainda vinha de Cuba, sendo apenas envazado no Brasil. Após a constatação, o processo foi cancelado.

Para evitar o desabastecimento na rede de saúde pública e o possível agravamento das condições clínicas dos pacientes crônicos, o Ministério da Saúde abriu no início deste ano a compra emergencial. O processo foi avaliado pela Consultoria Jurídica da pasta, que não apontou qualquer irregularidade.

Asparginase

Outro medicamento fornecido pelo SUS é a Leuginase, usada no tratamento de câncer em crianças. O medicamento é alvo de uma ação para que o uso seja interrompido. A justiça determinou que esse remédio seja substituído pela Anginasa no Centro infantil Boldrini. Contudo, o Ministério da Saúde informou que recorreu da decisão. Segundo a pasta, o remédio está dentro do padrão de referência e já tem sido utilizado por hospitais de 11 estados.

De acordo com a pasta, ficou determinado que a União “forneça o medicamento Aginasa na quantidade da necessidade comprovada do autor”. Como a entidade já recebe os recursos, o ministro considera que a decisão está cumprida em seus efeitos. Vale observar que a produção da Aginasa foi descontinuada mundialmente. Sua representante no Brasil, a Bagó, tem apenas o último lote disponível no País.

Além diso, a decisão determinou a realização de perícia farmacológica para verificar as propriedades do medicamento. O Ministério da Saúde está acompanhando o uso da Leuginase nos hospitais nos diversos estados brasileiros, tendo observado que a ação e os efeitos adversos estão dentro do previsto.

Fonte: Portal Brasil

Vídeo de Dia das Mães desenvolvido pela Exit reforça propósito da Drogaria Catarinense

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Para homenagear as mães e estreitar ainda mais o relacionamento com o público da Drogaria Catarinense, a Exit Comunicação e Negócios apresenta vídeo um vídeo desenvolvido para canais digitais em homenagem ao Dia das Mães.

A peça se destaca pela linguagem afetiva, mostrando a relação de amor e cumplicidade entre mães e filhos, mesmo com suas diferenças. Além disso, o filme evidencia características das mães que estão conectadas com o propósito da Drogaria Catarinense: a preocupação e o zelo com o bem-estar das pessoas.

A ação com foco no digital faz parte de uma estratégia de relacionamento e gestão em social media planejada pela Exit, além da campanha promocional de Dia das Mães da Drogaria. Link do vídeo:

https://acontecendoaqui.com.br/propaganda/video-de-dia-das-maes-desenvolvido-pela-exit-reforca-proposito-da-drogaria-catarinense

Fonte: Portal Acontecendo Aqui

Karin Leitzke dirigirá RH do Grupo Dimed

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A executiva é graduada em Psicologia pela PUCRS.

O Grupo Dimed, detentor das marcas Panvel, Lifar e Dimed, anunciou que Karin Leitzke (foto) será a nova diretora de Recursos Humanos. Com vasta experiência na área, a executiva já atuou em grandes empresas, como Dell, Killing e Stihl. Recentemente, Karin ocupava o cargo de gerência executiva de RH no Grupo Dimed.

A executiva é graduada em Psicologia pela PUCRS e possui especialização em empresas familiares pela HSM/PUCRS e MBA em gestão empresarial, também pela PUCRS. Karin também é conselheira voluntária na ABRH/RS.

Fonte: Revista Amanhã

Governo estima vacinar 54 milhões de pessoas contra gripe

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Postos de saúde em todo o país abriram as portas no sábado para o Dia D da Campanha Nacional contra a Gripe.

O governo estima imunizar 54 milhões de pessoas em todo o país, o que corresponde a 90% da população considerada de risco para complicações por gripe.

A aposentada Selene Guerra não deixa de se imunizar todos os anos.

A Campanha Nacional de Vacina ção vai até 26 de maio.

A imunização contra a gripe protege contra três tipos de vírus: Influenza A, H1N1 e H3N2 e Influenza B.

A enfermeira Leide Gerupá fala sobre a importância da imunização.

Devem se vacinar professores, gestantes, mulheres que deram luz até 45 dias, idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, trabalhadores da área da saúde, povos indígenas, pessoas privadas de liberdade e portadores de doença crônica.

A vacina é segura e apenas pessoas que têm alergia ao ovo devem procurar o médico para orientações.

Fonte: EBC

Pague Menos cresce 16,9% no 1º tri de 2017

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As Farmácias Pague Menos acabam de divulgar o balanço financeiro e patrimonial do primeiro trimestre de 2017, contabilizando uma receita bruta de R$ 1,546 bilhão – um crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período de 2016 (R$ 1,322 bilhão). O lucro líquido aumentou 86,5% na comparação com 2016.

“A Pague Menos vem vivenciando um crescimento robusto em vendas, um agressivo programa de expansão e grandes investimentos em pessoas, processos e tecnologia”, afirma o presidente Mário Queirós. Segundo o balanço, 36,1% das lojas estão em estágio de maturação, pois têm até três anos em atividade, e 63,9% já funcionam plenamente há mais de três anos.

No período, 39 pontos de vendas foram inaugurados e 14 encerrados, totalizando 977 lojas espalhadas por todo o Brasil. Ao final do trimestre, 82 lojas estavam em construção. O número de atendimentos cresceu 7%, passando de 27,3 milhões para mais de 29,2 milhões.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Urticária atinge de 15% a 20% das crianças

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As crianças também podem ser vítimas da urticária, que atinge entre 15% e 20% da população infantil. Infecções causadas por vírus, medicamentos (em especial, antibióticos e os anti-inflamatórios) e os alimentos estão entre os principais desencadeadores da doença.

Os sintomas são manchas avermelhadas, algumas com relevo, e que podem se juntar formando placas, que têm duração fugaz e localização variável. Em alguns casos, pode se associar com o angioedema, ou seja, inchaços em locais do corpo como: pálpebras, face, lábios, genitália, entre outros.

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseia-se na avaliação feita pelo médico, que leva em conta histórico familiar, exame físico e, se necessário, exames complementares. Não há um teste definitivo para fazer o diagnóstico da urticária.

Embora possam desenvolver a urticária crônica (com duração acima de seis semanas), é a forma aguda, que dura menos de seis semanas, a que mais atinge crianças pequenas e adolescentes.

“Nos casos de urticária crônica predominam as induzidas, ou seja, desencadeadas por estímulos físicos, comprometendo a qualidade de vida, a relação com o meio social, acarretando falta às aulas e prejuízo no aprendizado”, explica a Dra. Maria de Fátima Epaminondas Emerson.

O tratamento da urticária envolve a identificação e o controle da causa, cuidados cutâneos e o uso de medicamentos, sendo os anti-histamínicos orais (antialérgicos) os de primeira linha para tratar a doença, urticária, uma vez que a histamina atua na redução da coceira e das lesões cutâneas.

“É recomendado o uso de anti-histamínicos de nova geração, que possuem menos efeitos colaterais, não causam sonolência e não interferem no aprendizado escolar. Em alguns casos, recomenda-se o uso destes medicamentos com doses aumentadas, por tempo prolongado, com bons resultados”, comenta Dra. Fátima, que preparou algumas dicas para os pais:

· Sigam as recomendações do alergista. Em alguns casos, os pais ficam temerosos em fazer a dose aumentada do anti-histamínico e não cumprem o prescrito;

· A medicação deve ser feita mesmo sem sintomas;

· Banhos não devem ser quentes nem demorados. A pele está sensível, usem sabonetes suaves. Evitem os sabonetes bactericidas, pois ressecam a pele;

· A pele deve ser hidratada logo após o banho, ainda úmida;

· Crianças devem seguir uma alimentação saudável e natural. Dietas serão indicadas apenas em casos específicos e comprovados;

· Corantes e conservantes não são causas mais comuns de urticária. Cada criança deve receber uma orientação específica para seu caso;

· Evitem medidas ou tratamentos caseiros;

· Urticária não é contagiosa e não “pega”.

Fonte: Sempre Materna

 

Gastos do SUS com decisões judiciais chegam a R$ 1,17 bilhão em 2016

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Em 2016, o SUS (Sistema Único de Saúde) gastou pelo menos R$ 1,17 bilhão para atender decisões judiciais que o obrigaram a comprar medicamentos de alto custo ou pagar por tratamentos de pacientes.

O valor seria suficiente para imunizar 9,7 milhões de brasileiros contra a gripe H1N1 (pouco mais que a população de Pernambuco). Daria também para comprar mais de 14 mil ambulâncias.

Desde 2005, o valor gasto com decisões judiciais cresceu quase 20 vezes. Naquele ano, os gastos do SUS com este tipo de decisão custaram pouco mais de R$ 62,6 milhões, em valores da época (ou R$ 118,3 milhões em valores corrigidos pela inflação).

Em valores corrigidos, este tipo gasto cresceu 893,2% de 2005 a 2016.

A tabela abaixo mostra a evolução dos gastos com decisões judiciais nos últimos anos:

sintese 2005 2016

Em geral, as decisões judiciais obrigam o SUS a comprar medicamentos de alto custo e que ainda não foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANS.

Clique aqui para ler os dados completos de 2016.

No ano passado, por exemplo, foram pelo menos R$ 114,7 milhões para a aquisição de 5.366 frascos de 300 ml do medicamento Soliris (nome de mercado do eculizumabe, usado no tratamento de doenças do sistema sanguíneo). O medicamento só foi aprovado pela Anvisa em março deste ano.

As empresas Multicare e Uno Healthcare permanecem como as campeãs de pagamentos do SUSem 2016. Foram R$ 655,8 milhões para a Multicare e R$ 376,9 para a Uno. Em 2015, a Uno foi a que mais lucrou com este tipo de decisão, e a Multicare ficou em 2º lugar.

Em 2014, o próprio Ministério da Saúde calculou que os valores seriam suficientes para comprar 5,8 mil ambulâncias ou construir 327 UPAs de pequeno porte.

É possível que os valores sejam um pouco maiores que os mostrados nesta reportagem, uma vez que a inserção dos dados é feita de forma manual no Sistema Integrado de Administração Financeira, o Siafi.
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Informações deste post foram publicadas antes pelo Drive, com exclusividade. A newsletter é produzida para assinantes pela equipe de jornalistas do Poder360. Conheça mais o Drive aqui e saiba como receber com antecedência todas as principais informações do poder e da política.

Fonte: Poder 360

Anticoncepcional faz mal? Conheça os prós e contras da pílula

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Lançadas há 60 anos, as pílulas foram um marco na liberdade sexual feminina. Hoje, elas estão ainda mais modernas, sem falar em outros métodos disponíveis para o mesmo fim
As pílulas anticoncepcionais representaram a liberdade sexual das mulheres quando foram lançadas nos anos 1960, pois deram a elas o poder de escolha: quando teriam filhos e se queriam. Mesmo assim, quase 60 anos depois, a quantidade de gestações não planejadas ainda é grande. A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde, de 2016, identificou que apenas 54% das gravidezes de 2015 foram planejadas. Das não planejadas, 18% eram indesejadas.
Além da falta de informação, que faz com que mulheres não usem métodos contraceptivos, há uma nova tendência a rechaçar as pílulas anticoncepcionais por conta de casos de trombose associados ao uso delas. Apesar de elas ainda serem a escolha de 75% das mulheres que usam métodos contraceptivos, grupos em redes sociais, fóruns sobre o tema e debates na mídia apontam a tendência de elas abandonarem os comprimidos por medo das complicações. “O que as mulheres precisam é de informação, de conhecer o verdadeiro risco ao qual estão submetidas e de saber quais outras possibilidades podem ser usadas”, afirma o presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, César Eduardo Fernandes.
Sentir medo de um medicamento como esse, ou não ser elegível para usá-lo (por fumar ou por ter tendência natural à trombose), não significa, porém, que se deve ficar à mercê de métodos falhos, como tabelinha ou coito interrompido. Há também pílulas formuladas só com progesterona, além da possibilidade de optar por contraceptivos de longa duração, alguns sem hormônio, como o DIU de cobre. Esses métodos, inclusive, são os mais seguros, mas, no Brasil, ainda são subutilizados e representam apenas cerca de 10% do uso de contraceptivos, segundo pesquisa da Unifesp. Uma das causas seria o preço, o desconhecimento dos métodos e a falta de médicos especializados para indicá-los.
O hormônio associado à trombose é o estrogênio, mas ele não faz parte da composição de todos os contraceptivos hormonais. Segundo o ginecologista César Eduardo Fernandes, a pílula oral combinada (estrogênio e progesterona) realmente aumenta em 100% a chance de um evento trombótico venoso. Isso quer dizer que o problema atinge quatro entre 10 mil mulheres que não usam o medicamento, e oito entre 10 mil que tomam esse tipo de anticoncepcional. “Esse número continua sendo pouco significativo. O método ainda é seguro”, garante o médico.

Gravidez
Atualmente, há uma série de métodos contraceptivos disponíveis para as mulheres se protegerem e evitar uma gravidez não planejada. Independentemente de qual método você escolher, é essencial consultar seu médico. Portanto, não faça uso por conta própria. Cada organismo reage de uma maneira e nem sempre o método da amiga vai ser o melhor para você. A partir do histórico clínico e do exame físico geral e ginecológico da paciente, o médico pode orientar qual é o mais indicado método contraceptivo.
As pílulas anticoncepcionais podem ser combinadas com os hormônios estrogênio e progesterona, ou apenas progesterona. A principal ação é a interferência na ovulação, mas também modificam o endométrio e o muco do colo uterino para dificultar a entrada e a sobrevivência dos espermatozoides. Sua eficácia, se usadas corretamente, é de 0,3% de risco de gravidez. Com tanta diversidade, descubra o que é verdade, ou não, sobre os métodos contraceptivos disponíveis atualmente.

Para evitar gravidez, o ideal é usar dois métodos contraceptivos?
MITO: segundo a médica Ilza Maria Urbano Monteiro, professora do Departamento de Tocoginecologia da Unicamp e responsável pelo setor de reprodução humana da universidade, do ponto de vista da contracepção, para evitar a gravidez um só método já é suficiente. Ela explica, no entanto, que a dupla proteção é necessária para evitar tanto uma gestação quanto uma doença sexualmente transmissível. Para isso, é indispensável aliar o método anticoncepcional ao uso da camisinha.
Há mulheres mais vulneráveis a gestações não planejadas e/ou indesejadas?
VERDADE: há mulheres em situações de vulnerabilidade que estão mais sujeitas a engravidar sem planejamento. Entre elas, as jovens com até 19 anos respondem por 22% das gestações não planejadas no Brasil, de acordo com o estudo de Marcella Guanabens publicado na Revista Brasileira de Educação Médica. Usuárias de drogas fazem parte de outro grupo de risco, segundo o ginecologista e obstetra Luis Carlos Sakamoto. Dados do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Universidade Federal de São Paulo, revelam que 62% das usuárias de crack se prostituem para financiar o vício, o que as deixa ainda mais suscetíveis. Elas têm, em média, de três a quatro gestações cada uma.
Pílulas anticoncepcionais Todos os hormônios de pílulas anticoncepcionais causam trombose? MITO: depois de conhecer casos de mulheres que usavam anticoncepcionais e foram diagnosticadas com trombos que levaram a sérias consequências, a estudante Izabela Costa, de 25 anos, resolveu abolir de vez o medicamento. As pílulas anticoncepcionais se diferenciam pelos hormônios que as compõem e pela dosagem. As mais usadas são as que combinam progesterona e estrogênio. O hormônio que pode causar trombose é apenas o estrogênio. Há, porém, pílulas só de progesterona.
Segundo o ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o uso da medicação com estrógeno dobra o risco de uma trombose. Ele ressalta, no entanto, que é necessário esclarecer melhor os números, já que essa porcentagem soa assustadora. Entre 10 mil mulheres que não tomam o anticoncepcional, quatro terão trombose em um ano. Portanto, entre as 10 mil que tomam, apenas oito terão o mesmo problema no mesmo período.
Em 1960, quando a pílula foi criada, eram 30 casos de complicações, ao ano, para cada 10 mil mulheres. “Hoje, temos formulações que minimizam e chegam a um número de casos aceitável”, afirma. Mesmo assim, ele explica que a decisão sobre o método deve ser o que faz a mulher se sentir mais segura. Médico e paciente devem decidir juntos. Por isso, a Febrasgo lançou a campanha #vamosdecidirjuntos, para incentivar essa resolução conjunta.
Izabela Costa começou a tomar a pílula hormonal aos 19 e manteve o uso contínuo até os 24. Com acompanhamento médico constante, ela até trocou o remédio algumas vezes, até se adaptar. “Uma delas chegou a me fazer mal, sentia claramente que estava mais inchada, retendo muito líquido, com mais celulites e com diminuição da libido. Não foi nada clínico, mas me afetou bastante”, revela.
Depois de um ajuste de dosagem, a estudante continuou usando os comprimidos. Há cerca de um ano e meio, ela começou a pesquisar os efeitos do anticoncepcional no organismo e se preocupou. “Por acaso, encontrei um grupo no Facebook e passei a acompanhar a história de mulheres que tiveram experiências negativas e perigosas. Foi um alerta.” Apesar da incerteza, Izabela manteve o uso da pílula por causa dos benefícios que trazia. Além da tranquilidade da contracepção, os hormônios aliviavam as cólicas menstruais, reduziam os efeitos da tensão pré-menstrual e diminuíam o fluxo intenso da jovem.
O medo aumentou depois dos avisos constantes da ginecologista. “Eu era fumante e a minha médica me dizia que eu não podia fazer as duas coisas, usar a pílula e fumar, pois eram dois fatores de risco para trombose”, conta. Um desejo de cuidar melhor da saúde fez com que ela abrisse mão do contraceptivo e do cigarro ao mesmo tempo. “Eu me livrei de duas coisas que faziam mal a meu corpo e à minha saúde, de forma geral. Senti-me livre depois”, comemora. “Apesar de ter um fluxo mais intenso e cólicas mais fortes novamente, emagreci seis quilos, meu corpo desinchou muito e minha libido voltou ao normal. A qualidade de vida aumentou, sem dúvida.”
Depois de abandonar a pílula, Izabela passou a recorrer ao preservativo para evitar a gravidez e pretende continuar livre dos métodos hormonais. “Entendo que existem pessoas que precisam desses métodos e tomam a pílula por diversos motivos, mas acredito que tendo uma escolha, o ideal é ser mais natural”, aconselha

Toda mulher deveria fazer exame para checar se é trombofílica antes de começar a tomar um anticoncepcional com estrogênio?
MITO: A Organização Mundial da Saúde estabelece critérios médicos de elegibilidade que orientam o uso dos métodos anticoncepcionais. Trombofílicas são pessoas que têm tendência à ocorrência de eventos trombóticos venosos. O histórico familiar e um exame clínico são suficientes para julgar se uma mulher pode, ou não, tomar estrogênio. “Embora não seja rara, também não é tão comum assim. Fazer muitos exames pode onerar demais o processo sem necessidade”, afirma o cirurgião-geral Baelon Pereira Alves. Segundo César Eduardo Fernandes, presidente da Febrasgo, seria necessário fazer exames em 6 mil mulheres para identificar um caso de trombofilia. Cada exame custa, em média, R$ 2 mil, o que torna a proposta inviável.
A internacionalista Juliana Coelho Medina, de 24, tomou anticoncepcional por menos de um ano e, apesar do curto período, teve uma tromboembolia pulmonar, ou seja, o coágulo chegou ao pulmão. Quando ela tinha 20 anos, recebeu de uma dermatologista a receita para comprar a pílula. O objetivo era controlar a acne persistente. “Sempre tive a pele mais oleosa, usei vários cremes e nada funcionava. Como uma alternativa, ela me receitou o anticoncepcional”, lembra Juliana.
A profissional, no entanto, não solicitou nenhum tipo de exame ou fez perguntas referentes ao histórico familiar da jovem, procedimentos importantes antes de se recomendar o uso de hormônios. Logo após começar a tomar a pílula, Juliana voltou a fazer atividade física e começou a sentir uma dor no lado direito do peito, próximo às costelas. “Começava à noite, no horário em que eu tomava a pílula, mas associei com dor muscular. Tomava um relaxante e pronto”, conta. Semanas depois, a dor persistente se tornou mais forte e a internacionalista procurou um ortopedista. Após exames inconclusivos, o médico receitou analgésicos e liberou Juliana. Como muitas mulheres, a jovem não teve um diagnóstico preciso na primeira vez em que procurou ajuda médica. Somente dois meses após o início da dor o problema foi descoberto.
Depois de uma viagem de carro, na qual ela passou quase um dia inteiro sentada, a dor piorou e Juliana começou a cuspir sangue. Acompanhada da mãe, a moça foi direto para o pronto-socorro. Depois de uma bateria de exames, foi internada com o diagnóstico de tromboembolia pulmonar. Após a investigação, os médicos descobriram que a moça tem uma mutação genética que favorece a formação de trombos, o que foi desencadeado pelo uso do anticoncepcional. “Fui orientada a nunca mais ingerir nada que envolvesse hormônios e passei dois anos tomando anticoagulantes. Até hoje faço um acompanhamento de seis em seis meses”, comenta.
Apesar do perigo que correu, Juliana não condena o anticoncepcional. “Existem pessoas que precisam tomá-lo e, para outras, é um conforto, traz uma tranquilidade. Os médicos receitam como se fosse balinha, remédio para dor de cabeça, e não pedem exames. Falta cuidado e responsabilidade ao lidar com a pílula”, alerta.

É importante dar uma pausa na pílula de vez em quando ou trocar a marca usada?
MITO: não existe estudo que mostre ser importante parar de tomar a medicação por algum tempo. Pelo contrário, o ginecologista e obstetra Silvio Franceschini explica que, quando se começa a tomar a pílula combinada (com estrógeno e progesterona), os primeiros seis meses são os mais críticos em termos de risco de trombose. Depois desse período, o perigo diminui, mas, após cada interrupção, correm-se os mesmos riscos do primeiro semestre. “Só tem razão de parar se a intenção for usar outro método. Essa ideia de descansar da pílula é um conceito do fim da década de 1970 e início dos anos 1980, quando não conhecíamos tão bem a pílula”, afirma o especialista.
Natália Lopes, de 45, é uma das provas de que é possível fazer uso contínuo de anticoncepcional sem passar por problemas de saúde. Com acompanhamento médico constante e checape feito pelo menos uma vez ao ano, a jornalista toma pílula há 25 anos e nunca experimentou nenhum desconforto. “Sou muito disciplinada, sempre a tomo no mesmo horário e nunca me esqueço. Além disso, sempre conversei com minha médica e não tomo decisões de saúde sem a orientação dela”, ressalta.
Natália não notou nenhuma diferença em seu organismo. “Muitas mulheres têm dores de cabeça, inchaço, acne. Nunca tive nada disso, me adaptei muito bem e acredito que cada mulher tem que achar o método com o qual se sinta bem. Para mim, é a pílula”, afirma. “Os medicamentos evoluíram muito em 20 anos. Conforme foram surgindo outros melhores e mais modernos, conversei com a ginecologista e fomos trocando, conforme a necessidade e de acordo com meus exames”, acrescenta.
Mãe de dois filhos, a jornalista não teve dificuldades para engravidar. Após uma pausa de quatro meses no anticoncepcional, teve gêmeos. “Eu não assumo nenhuma posição médica porque não tenho conhecimento de causa, mas confio nas orientações profissionais. Se minha ginecologista me trouxer outro método que seja melhor para mim, não tenho por que não experimentar. Acho muito importante essa relação de diálogo, o médico vai te ajudar e esclarecer quais são as melhores opções para cada pessoa”, completa Natália.

Mulher não deve usar pílula anticoncepcional no pós-parto?
VERDADE: durante a gravidez e no pós-parto, as mulheres estão mais suscetíveis a uma trombose, portanto, não devem usar pílulas anticoncepcionais com estrogênio. Em um ano, entre 10 mil grávidas, 120 terão algum evento trombótico venoso. Segundo a ginecologista Ilza Maria Urbano Monteiro, a coagulação da grávida diminui para evitar sangramento exagerado durante o parto. “O ideal é que, após o parto, mulheres tomem a chamada minipílula, que já é um acréscimo à contracepção natural garantida pela amamentação exclusiva e em livre demanda”, afirma a médica.
É claro que a minipílula, porém, não é a única opção. Muitas mulheres preferem inserir o DIU durante a cesárea. O procedimento dificulta a expulsão, já que o útero estará inchado e, à medida que volta ao normal, abrigará o dispositivo da melhor forma.

Anticoncepcional diminui a libido?
MITO: a pílula anticoncepcional pode diminuir a libido, mas não se trata de uma regra. De acordo com uma resenha de 2013 — publicada no European Journal of Contraception and Reproductive Health Care, da Sociedade Europeia de Contracepção e Reprodução, que examinou 36 estudos entre 1978 e 2011 —, cerca de 15% das mulheres notaram uma redução no desejo sexual enquanto tomavam a pílula. Mesmo assim, “não está claro se a culpa era realmente da pílula, já que há uma série de outros fatores que influenciam na libido”, consta na resenha.
A maioria dos anticoncepcionais hormonais impede a ovulação, que é quando há picos de testosterona que deixam algumas mulheres mais excitadas. Sem ovular, o aumento de testosterona e, consequentemente, de libido, não vai ocorrer. Além disso, o estrogênio no anticoncepcional pode aumentar uma globulina ativadora de hormônios sexuais, que se liga à testosterona e reduz a quantidade dela na circulação. Um estudo de 2006, no Journal of Sexual Medicine, identificou que quem toma pílulas anticoncepcionais tem uma quantidade de globulina quatro vezes maior do que mulheres que nunca tomaram.

O estrógeno é essencial na pílula anticoncepcional?
MITO: há pílulas anticoncepcionais que levam apenas a progesterona em sua composição. Segundo o ginecologista e obstetra Silvio Franceschini, esse hormônio é responsável por evitar a ovulação, enquanto o estrógeno regula o ciclo menstrual.

A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais usado no Brasil?
VERDADE: segundo pesquisa da Unifesp, 75% das mulheres que usam algum método contraceptivo tomam pílula; 16%, injeção mensal; 7% têm dispositivo intrauterino de cobre, e 3% tomam injeção trimestral.

As injeções anticoncepcionais têm ação semelhante à das pílulas?
VERDADE: assim como as pílulas, as injeções podem ter estrogênio e progesterona ou ambos os hormônios. A recomendação de uso, portanto, segue a mesma linha das pílulas. “A vantagem dos contraceptivos injetáveis é a mulher não precisar se lembrar todo dia de tomá-los. Elas podem ser mensais ou trimestrais”, explica a ginecologista Ilza Urbano.

Esterilização

Vasectomia é reversível e laqueadura não?
MITO: ambas as cirurgias devem ser consideradas definitivas. Só pode ser tratado como reversível o método anticoncepcional que, quando interrompido o uso, recuperam-se a fertilidade. No caso das mulheres, é mais complexo reverter dependendo dos danos às tubas. Já o homem, segundo Franceschini, cinco anos após a vasectomia passa a produzir anticorpos contra os espermatozoides. Assim, mesmo que a cirurgia seja revertida, a fertilidade não será a mesma.
O procedimento da vasectomia é mais simples que o da laqueadura? VERDADE: na cirurgia de vasectomia, basta uma anestesia local, o procedimento é feito em consultório e dura meia hora. Não há risco de impotência. Já a laqueadura é feita por um método muito parecido com uma cesárea, mas de forma bem mais invasiva.
DIU, SIU, Implante Hormonal Subcutâneo Mulheres que não tiveram filhos não podem usar DIU?
MITO: segundo César Eduardo Fernandes, presidente da Febrasgo, os métodos de longa duração quase não têm contraindicação. Na opinião dele, eles ainda são subutilizados por causa de mitos, como o de que mulheres que nunca foram mães não podem usá-los. Segundo Franceschini, soma-se a isso o fato de que poucos médicos estão treinados para a implantação do dispositivo.
A administradora Flávia Marins, de 40 anos, foi uma das que acreditaram nessa inverdade. Ela sofreu ao descobrir que teria que abrir mão do anticoncepcional depois de uma flebite. Recém-casada, também estava proibida de usar o DIU por ainda não ter filhos — o que era uma recomendação médica incorreta —, precisou confiar na camisinha aliada à tabelinha. “Se eu pudesse, nunca teria deixado de tomar a pílula. Passei toda a vida de casada preocupada com camisinha e com as datas de ovulação. É uma preocupação que tenho até hoje e estou comemorando que meu marido vai fazer a vasectomia. Assim, poderei ter um conforto e tranquilidade maiores.”
Aos 18 anos, com o intuito de começar a vida sexual, Flávia procurou um ginecologista. Com receita médica, ela começou a tomar a pílula: a pele melhorou, as cólicas e a TPM diminuíram consideravelmente e o fluxo menstrual se tornou mais suave. Não houve qualquer sinal negativo. No entanto, aos 25, quatro meses antes do casamento, a administradora passou por um grande susto. “De repente, sem motivo aparente, comecei a sentir uma dor muito forte na perna, parecia uma queimação. Em seguida, ouvi um ‘ploc’ e tive a sensação de que alguma coisa tinha explodido. Segundos depois, minha perna ficou muito vermelha e inchada”, lembra.
Flávia estava no trabalho e correu para uma emergência de hospital. Ao ser atendida por um angiologista, recebeu o diagnóstico de flebite. O médico indicou a cirurgia, além de proibir a administradora de usar salto alto. “Fiquei muito assustada quando ele disse que precisava de cirurgia. Mandou que eu tirasse o salto e saísse do hospital descalça e disse que o roxo na minha perna não ia desaparecer nunca”, conta.
No dia seguinte, ela foi atendida por um novo profissional, que confirmou o diagnóstico, mas se aprofundou nos exames e descobriu que a cirurgia poderia ser descartada. “Ele perguntou o histórico até da minha avó e pediu um exame mais detalhado para determinar a gravidade da flebite.” Depois de tomar um anticoagulante injetável por 15 dias e ficar em repouso absoluto, Flávia refez os exames e descobriu que o coágulo havia se dissolvido. “Foi uma sorte muito grande. Acredito que o principal fator tenha sido o diagnóstico precoce.” O anticoncepcional foi apontado como a causa do problema. “Naquela época, era ainda pior. As pílulas tinham menos tecnologia e muito mais hormônio. Fui orientada pelo médico a nunca mais tomar.”
 
DIU hormonal (chamado de SIU) pode causar trombose?
MITO: o hormônio presente no SIU é apenas o levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética, portanto, não aumenta risco de trombose.
 
A mulher que usa DIU terá o fluxo menstrual aumentado, e a que usa o SIU vai parar de menstruar (menorreia)?
VERDADE: o DIU causa uma inflamação no endométrio, tecido que reveste internamente o útero. As células e as substâncias inflamatórias que passam a ocupar o tecido tornam a cavidade uterina um lugar desagradável para o espermatozoide, impedindo que ele suba e fecunde o óvulo. Essa inflamação, no entanto, faz com que o fluxo menstrual seja mais forte e pode causar mais cólicas. Já o SIU diminui o volume menstrual em 90% das mulheres e em algumas pode causar a menorreia, já que atrofia o endométrio para que o óvulo fecundado não grude.
 
SIU e DIU são a mesma coisa?
MITO: SIU é a sigla de sistema intrauterino. Já o DIU é dispositivo intrauterino, que não tem nenhum tipo de hormônio. O SIU é comumente chamado de DIU hormonal, que tem a forma de T e é colocado dentro do útero. Diferentemente do DIU, o SIU tem progesterona, hormônio que é liberado aos poucos no organismo da mulher para evitar a ovulação.
A flebite ou tromboflebite ocorre quando o trombo se forma em uma veia superficial. Quando o coágulo surge em veias profundas, a condição recebe o nome de trombose venosa profunda.
Fonte: Logística Hospitalar e Saúde

Programas oferecem descontos de até 65% na compra de remédios

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Os consumidores que precisam comprar remédios já sentem os reflexos do aumento de até 4,76%, autorizado pelo governo no mês passado. Na contramão desse efeito no bolso, os laboratórios farmacêuticos aumentaram seus programas de fidelidade e oferecem descontos, para clientes cadastrados, não só em remédios usados para doenças crônicas, como também em medicamentos como antibióticos e dermocosméticos. Os abatimentos podem chegar a até 65%.

O programa Mais Pfizer, por exemplo, recebeu meio milhão de inscritos desde maio do ano passado e, hoje, conta com 2,7 milhões de cadastrados que compram itens com valores menores, segundo o diretor comercial da Pfizer, Vagner Pin.

— O objetivo é oferecer suporte ao paciente e incentivar a adesão ao tratamento.

O “Merck Cuida”, da Merck, teve um aumento de 50% no número de cadastrados e possui 14 mil participantes. Gerente de marketing da Merck, Paula Coelho lembra que a parceria é benéfica para os dois lados:

— O paciente segue no tratamento. Para o laboratório, é bom oferecer esse suporte e facilitar, além de aumentar as vendas, consequentemente.

A aposentada Nilza da Costa Silva, de 80 anos, usa todas as parcerias possíveis: com laboratórios, drogarias e plano de saúde.

— Uso remédio porque tenho marcapasso e escolho pelo preço. Tenho que correr atrás, porque são caros, mesmo com todos os abatimentos. Meu problema é para a vida toda, então, preciso estar com o remédio em dia.

Sites ajudam na comparação de preços

Os pacientes que querem garantir preços melhores para os remédios já sabem a receita: não se compra na primeira farmácia. O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Rio (Sincofarma-RJ), Ricardo Valdetaro de Moraes, nota o comportamento exigente dos clientes na Farmácia no Leme, da qual é sócio:

— A crise pegou todos. Até as grandes empresas passaram a oferecer descontos em remédios que não são de uso contínuo, para fidelizar os pacientes. Já o consumidor pede desconto sempre. Mesmo que não peça no mercado ou restaurante, o cliente sabe que consegue na farmácia. Ficou institucionalizado.

De acordo com o farmacêutico, os consumidores também usam ferramentas na internet que comparam os valores cobrados por medicamentos em diversas redes, como CliqueFarma, Mais Preço e Consulta Remédios. Porém, é preciso ficar atento, já que nem todas as empresas têm filiais ou entregam no Rio de Janeiro. Além disso, é preciso reparar se há cobrança de frete. Já no site FarmaPrática o cliente recebe uma cotação do item que deseja adquirir nas drogarias.

— As farmácias se adaptam à tecnologia e quem ganha é o cliente, que consegue um preço melhor — opina Ricardo.

Fonte:  O Globo Online – RJ

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