Inflação não dá trégua, mesmo com PIB fraco

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Apesar de manter a taxa básica da economia (Selic) em 2% ao ano, na primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central revelou desconforto com a inflação. As pressões no custo de vida do brasileiro não diminuíram em janeiro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), colocando por terra os discursos dos diretores da autoridade monetária de que a forte alta dos preços na segunda metade de 2020 era “temporária”. A mudança de opinião é apontada como motivo para a retirada forward guidance, instrumento de sinalização de manutenção dos juros básicos por um período mais prolongado, algo antes esperado apenas para o fim do ano.

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O Índice Geral de Preços — Mercado (IGP-M), indicador da FGV que é utilizado para a correção dos contratos de aluguel, por exemplo, acelerou 2,37% no segundo decêndio de janeiro, após subir 1,18% no mesmo período de dezembro, acumulando salto de 25,46% em 12 meses.

Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado para o cumprimento da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), avançou 4,52% no ano passado, o IGP-M teve alta de 23,1% em 2020, e, pelas projeções do economista André Braz, analista da FGV/Ibre, esse indicador continuará rodando em dois dígitos por um bom tempo, porque as commodities continuarão valorizadas ao longo de 2021.

Acima da meta

Não à toa, o BC passou a prever IPCA de 3,6% em 2021, taxa acima da mediana das projeções do mercado coletadas no boletim Focus, do BC, de 3,4%. Braz, por sua vez, estima que o IPCA encerrará o ano acima da meta de inflação, de 3,75% anuais, em um cenário básico, mas poderá acumular variação de 4,25% até dezembro, em um quadro mais pessimista.

O economista lembrou que o principal componente do IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), é o que vem registrando as maiores variações, em grande parte, devido à alta dos preços das commodities e da valorização do dólar frente ao real, o que impacta diretamente nos preços dos alimentos — os grandes vilões da inflação do ano passado. Segundo ele, as pressões inflacionárias devem persistir neste início de ano, apesar das incertezas sobre a retomada da atividade econômica diante dos tropeços e atrasos no programa de vacinação do governo federal. Ele lembrou que a difusão do IPCA do segundo semestre de 2020 foi crescente e ficou mais forte no último trimestre, encerrando o ano acima de 70%.

“Isso mostra que não são apenas os preços dos alimentos que pressionam a inflação, o que dificulta uma redução, porque a carestia está disseminada em vários setores”, explicou.

Braz prevê reajustes de forma mais intensa a partir de maio, “quando o BC deverá iniciar o aumento dos juros”, pelas estimativas dele. Segundo o analista, até mesmo alguns segmentos do setor de serviços (que deve levar muito mais tempo do que os demais para se recuperar da recessão) já estão repassando a inflação do ano passado para os preços.

Além disso, outros fatores devem pressionar os índices de preços, como a energia, devido aos reajustes anuais programados e também porque a bandeira vermelha, retirada em janeiro, poderá voltar a partir do meio do ano, quando começa novo período de estiagem. “Neste ano, devido ao efeito La Niña, deverá ter menos chuvas, e, portanto, há risco de queda no nível dos reservatórios, o que impacta no custo da energia”, acrescentou.

O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, prevê alta de 3,8% no IPCA deste ano, acima da expectativa do mercado, avaliando que os preços das commodities não vão cair, o dólar continuará acima de R$ 5, e porque os reajustes represados em 2020 vão ocorrer neste ano. “São diversas pressões pontuais. Os preços dos alimentos devem continuar puxando a inflação, mas com menos intensidade do que no ano passado”, explicou. Ele reconhece que, mesmo com as chances de o Produto Interno Bruto (PIB) apresentar queda no primeiro trimestre, a inflação continuará em alta.

O fim do auxílio emergencial é um fator que ajuda a reduzir a pressão inflacionária, mas deve ajudar na piora do desempenho da economia. O benefício, interrompido em dezembro, injetou R$ 296 bilhões na economia e foi importante para evitar uma queda ainda maior do varejo. Pelas projeções da consultoria, o PIB do primeiro trimestre deverá encolher 0,1%. “Mas deveremos rever para baixo”, adiantou Sergio Vale.

Fonte: Correio Braziliense

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Reajuste salarial cai e fecha 2020 em 3,5%, sem ganho real

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O reajuste salarial mediano do trabalhador brasileiro caiu em 2020 e fechou o ano em 3,5%, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (22) pelo Salariômetro, estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) que analisa as relações no mercado de trabalho.

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O percentual é inferior aos 4% registrados em 2019 e indica que, no ano marcado pela pandemia de covid-19, o trabalhador não teve ganho real, ou seja, acima da inflação.

Trabalhadores têm aumento real apenas em 10% das negociações

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE, por exemplo, fechou o ano em 4,52%. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), focado em preços para quem ganha até 5 salários mínimos, registrou um salto de 5,45%.

Os baixos reajustes refletem o que foi o ano de 2020. Fevereiro foi o último mês em que os reajustes tiveram ganho real – ainda assim, de apenas 0,1 ponto percentual, segundo o Salariômetro.

Em vários meses seguintes, o nível de reajustes concedidos empatou com a inflação acumulada em 12 meses. Em dezembro, porém, a alta expressiva do INPC fez com que a mediana dos reajustes ficasse em 0,9% ponto percentual abaixo da inflação.

Outro reflexo do mercado de trabalho desfavorável para obter ganhos salarial foi o número de negociações de reajuste. Elas caíram de 24.520 em 2019 para 17.811 em 2020, uma redução de 27,4%, de acordo com o Salariômetro.

Crise

O mercado de trabalho apresentou piora desses e de outros índices em razão da crise trazida pela pandemia de covid-19. O governo precisou lançar um programa para manutenção de empregos e realizou acordos permitindo redução de salários e suspensão de contratos. Ainda assim, o desemprego alcançou 14 milhões de brasileiros no fim de 2020.

Já o número de trabalhadores informais subiu a 29,2 milhões em novembro, um aumento de 0,6% em relação a outubro, segundo a Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) mensal, divulgada pelo IBGE. O resultado equivale a 34,5% do total de ocupados.

Fonte: R7 Minas

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Juros atingirão o valor de 4% até o final deste ano

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Juros – Apesar de não ter surpreendido o mercado, o comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desta quarta-feira (20) impulsionou a mudança nas expectativas de muitos analistas. A maioria agora espera uma alta na Selic, atualmente a 2% ao ano, ainda no primeiro semestre. As projeções também apontam a Selic ao redor de 4% ao fim de 2021.

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O mais recente boletim Focus do Banco Central, que reúne a estimativa de diversos economistas, aponta a Selic a 3,25% ao final deste ano. De acordo com Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos, a alta no juros pode vir ainda no primeiro trimestre. “Quando a autoridade monetária instituiu o ‘forward guidance’, antes da pandemia, os cenários macroeconômico global e local eram totalmente distintos. Hoje, a realidade é outra, com as projeções para a inflação doméstica subindo em relação à meta, preços das commodities pressionados pelo câmbio e a questão fiscal estressada.”, ressaltou o economista.

A gestora Reag revisou sua projeção e agora espera uma alta da Selic em março deste ano, ante previsão anterior de maio, mas mantém a expectativa de que a taxa encerre o ano em 3,5%. “O clima político adverso tornará mais difícil, para não dizer impossível, o controle dos gastos. Basta apontar a recente queda de popularidade do presidente da República para sabermos dos desafios existentes, isso sem contar uma segunda onda ainda mais persistente que irá aumentar a demanda por serviços públicos e tornar o clamor pelo retorno do auxílio emergencial um tema politicamente sensível”, disse André Perfeito, economista-chefe da Necton.

A corretora vislumbra uma alta no juros na reunião de março, para 2,25%. Para o fim de 2021, esperam a Selic a 4%. “O BC deixa claro que a queda do ‘forward guidance’ não implica alta imediata de juros é importante. A alta de juros é gradual”, diz Andrea Damico, economista-chefe da Armor. Ela vê uma alta de 0,25 ponto percentual em maio e a Selic a 4% ao fim de 2021.

Para Elisa Machado, economista da ARX Investimentos, o BC irá se antecipar à inflação e estima a Selic entre 4,5% e 5% ao fim do ano. “É uma normalização da taxa de juros. Estamos com a Selic fortemente estimulativa.” A casa também espera um aumento de juros no segundo trimestre.

Segundo Nicola Tingas, economista chefe da Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), há relutância da autoridade monetária em promover alta imediata da taxa de juros. “Contudo, dentro das condições de alta expressiva do IPCA acumulado em 12 meses, que poderá atingir 6% até maio para depois se acomodar em 3,5% no final do ano, revisamos nossa projeção da Selic para dezembro de 2021, de 3% para 4%”, diz Tingas.

Segundo Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Investimentos, o BC deve esperar a formação das presidências da Câmara e do Senado para indicar os próximos passos. “A definição das Casas trará maior certeza quanto à prorrogação ou não do auxílio emergencial, por exemplo.” A disputa no Congresso acontece em fevereiro, antes da próxima reunião do Copom, em 17 de março.

Fonte: O Estado do Ceará

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Gastos da indústria farmacêutica com IFAs dobram na pandemia

Dolar impacta na importacao de insumos pela industria farmaceutica 1

Os gastos da indústria farmacêutica com Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) aumentaram vertiginosamente durante a pandemia, com reajustes que chegaram a 100% em alguns casos. É o que apontou o presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini, em entrevista ao Valor Econômico.

“São insumos que, se não são importados, têm seus preços cotados no mercado internacional. Ou seja, a base é o dólar. Teve material de embalagem que subiu 85% e vem da Índia, China, Europa. A variação do dólar no último ano foi muito dura. Isso afetou muito a rentabilidade das empresas”, afirmou. Como exemplo, o custo das caixas para bisnagas aumentou 123%. no período.

A indústria farmacêutica também conviveu com uma explosão no aumento do frete. O deslocamento da mercadoria da China para o Brasil custava US$ 1 por quilo de IFA antes da pandemia. Agora passou para cerca de US$ 10.

“Não se consegue investir hoje por para produzir na semana seguinte. É um sonho imaginar que vai fazer uma fábrica de IFA em menos de 12 a 18 meses. E, se não tiver um mercado consumidor grande e uma exportação forte, fica inviável, o negócio. Precisa de uma garantia mínima de não ociosidade, justamente, para dar margem no negócio”, concluiu Mussolini.

Intervenção do governo

A dependência de insumos de países como China e Índia afeta também os Estados Unidos. Mas o novo governo de Joe Biden decidiu intervir para evitar o problema crítico de abastecimento de itens necessários no combate à Covid-19. Para isso, o presidente eleito usou poderes especiais de períodos de guerra.

Ele assinou uma ordem executiva instruindo agências do governo a usarem a Lei de Produção de Defesa para aumentar o fornecimento de vários itens, que incluem testes para detecção do coronavírus, máscaras de proteção N95 e seringas.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Novo índice mensura satisfação do consumidor com o varejo

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Venda de produtos de saúde e remédios cresce 31% no e-commerce

A agência de publicidade e marketing Inroots acaba de lançar o Índice Nacional de Satisfação do Varejo (INSV). Com apoio do Núcleo de Varejo da ESPM, o levantamento tem como objetivo mapear, mensalmente, a satisfação dos consumidores em relação às 300 maiores varejistas do país, que administram 576 bandeiras de negócios.

O varejo farmacêutico é um dos segmentos envolvidos. A análise leva em conta mais de 50 mil menções espontâneas sobre essas marcas na internet, incluindo redes sociais, plataformas de reviews e mecanismos de busca.

“O INSV será um importante balizador para players do varejo e entidades vinculadas ao setor. Os dados possibilitam interpretar as demandas de consumo e o que impacta a satisfação do cliente em todos os pontos de contato com uma marca”, comenta Ricardo Pomeranz, diretor executivo da Inroots.

Os outros segmentos são Super, Hiper, Atacarejo e Conveniência; Eletromóveis; Perfumaria; Departamento, Artigos do Lar e Mercadorias em Geral; Moda, Calçados e Artigos Esportivos; Material de Construção; Food Service; Livrarias e Papelarias; Óticas; Jóias, Bijoux, Bolsas e Acessórios, entre outros.

Um Natal com novas prioridades

O primeiro levantamento do INSV apontou uma satisfação média de 71,5% com as compras de Natal, mas acompanhada de uma considerável mudança de expectativas. Apesar da crise econômica, fatores como espaço, ventilação e limpeza dos estabelecimentos ganharam importância frente ao preço. Comentários relacionados ao custo representaram 12,5% do total de menções. Já a loja figurou como o tema de maior repercussão (30%), seguido por atendimento (17%) e produtos (16%).

Outro detalhe importante é a tendência de queda da satisfação conforme o fim do ano se aproximava – o índice médio de dezembro foi de 78,44%, mas caiu mais de sete pontos percentuais no período de Natal. “Seja por problemas de atendimento, pela demora nas entregas ou pela falta de infraestrutura digital ou física, o indicador revela como a expectativa do consumidor não foi atendida na mesma proporção com o aumento da demanda”, destaca Pomeranz.

As percepções também se revelaram bem destoantes de acordo com a região. É possível encontrar uma diferença de quase 35% entre o estado com maior satisfação – o Rio Grande do Sul (90%) – e Minas Gerais (56,5%), onde o índice foi o mais baixo do país.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Farmácias registram alta nos casos da Covid-19 em 20 estados

Testes coronavírus 1

O percentual de casos confirmados da Covid-19 teve aumento em 20 estados e no Distrito Federal. É o que apontaram os testes rápidos realizados nas farmácias brasileiras entre 28 de abril de 2020 e 17 de janeiro deste ano. Os dados da Abrafarma indicam ainda 18% de resultados positivos nas duas primeiras semanas de 2021 – contra uma média de 15% no ano passado.

No período de 11 a 17 de janeiro, o número de testagens chegou a 178.754, abaixo do recorde de 186.782 registrado entre os dias 4 e 10. Mas o montante de 32.552 casos positivos praticamente estagnou na comparação com os 32.764 da semana anterior.

No acumulado desde o início dos testes rápidos, no fim de abril, as farmácias totalizam 2.397.821 testes, dos quais 2.025.537 (85%) deram negativo e 372.284 (15%), positivo. Para conferir a pesquisa completa, clique aqui.

Indicadores por estado

Em relação à semana anterior, 20 estados e o Distrito Federal tiveram aumento percentual de infectados. O Amazonas é o que mais chama a atenção. O índice subiu de 27,53% para 29,59%. Somente Amapá, Ceará, Maranhão, Rondônia, Roraima e Sergipe tiveram redução na representatividade de casos.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Prescrição de medicamentos para saúde mental aumenta 45%

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A prescrição de medicamentos para a saúde mental, incluindo problemas como ansiedade, depressão e transtorno bipolar, aumentou 45% durante a pandemia da Covid-19. As informações são da Folha de S.Paulo, com base em dados da gestora de serviços de saúde Heads In Health.

No período de janeiro a dezembro do ano passado, a prescrição da clozapina 25 mg teve incremento de 82% na comparação com os mesmos meses de 2019. O medicamento é indicado em casos de transtorno psicótico,

Outro exemplo é a quetiapina 25 mg, voltada a pessoas com transtorno bipolar e esquizofrenia, cujo crescimento foi de 71%. A lamotrigina 50 mg, medicamento contra a alteração de humor, registrou alta de 65%

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico


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Três vacinas contra a Covid-19 estão em revisão final para uso emergencial, diz OMS

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta quarta-feira que três vacinas contra a Covid-19 encontram-se em fase final de revisão para possível listagem de uso emergencial, além do imunizante produzido pela Pfizer e BioNTech, que já foi aprovado.

Um documento interno da OMS obtido pela Reuters fornece cronogramas para as possíveis aprovações de vacinas pela agência, indicando que os imunizantes da Moderna, AstraZeneca e das chinesas Sinopharm e Sinovac podem obter aprovação de emergência nas próximas semanas ou meses.

“Temos uma vacina listada até o momento. Temos mais três em fase final para serem avaliadas para listagem, temos mais duas ainda em apresentação… No total, temos 13”, afirmou Mariangela Simão, vice-diretora-geral da OMS para acesso a medicamentos, vacinas e produtos farmacêuticos.

A OMS não tinha conhecimento de nenhuma morte relacionada com a vacina da Pfizer-Biontech ou qualquer outra vacina, acrescentou ela.

Fonte: Portal TERRA

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Cuba espera produzir 100 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 em 2021

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Cuba espera produzir 100 milhões de doses de sua vacina contra o coronavírus em 2021 e imunizar toda a sua população neste ano, anunciou nesta quarta-feira (20) o diretor do Instituto Finlay de Havana, que desenvolve dois dos quatro projetos locais em ensaios clínicos.

“Temos capacidade para fabricar 100 milhões de doses” de Soberana 2, a vacina candidata mais avançada, e “se tudo correr bem, este ano teremos toda a população vacinada”, disse o Dr. Vicente Vérez em entrevista coletiva.

Na segunda-feira, a Soberana 2 passou para a fase II b dos ensaios clínicos, envolvendo 900 candidatos. Se alcançar o sucesso esperado, a candidata entrará na fase III em março (a última antes de sua aprovação), com 150 mil voluntários.
O objetivo é lançar a campanha de vacinação no primeiro semestre. Para os cubanos, a vacina será gratuita, mas não obrigatória. Vérez indicou que também será uma “opção” para os turistas que visitam o país.

Cientistas cubanos estão trabalhando em quatro imunizantes: Soberana 1 e 2, Abdala e Mambisa, todos em ensaios clínicos (fase I ou II). Os três primeiros são administrados por injeção e o quarto por spray nasal.

A Soberana 1 e 2 são desenvolvidas pelo Instituto Finlay, a Abdala e a Mambisa pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB).
Se um desses projetos receber a autorização final, será a primeira vacina contra a covid-19 concebida e produzida na América Latina.

O Brasil, grande fabricante tradicional de vacinas, fechou acordos para importar e produzir a vacina chinesa CoronaVac e a britânica AstraZeneca / Oxford.
Apesar de enfrentar um surto de casos de coronavírus, Cuba, com 11,2 milhões de habitantes, continua sendo um dos países menos afetados pela pandemia na região, com 19.122 infecções e 180 mortes.

Sob embargo dos Estados Unidos desde 1962, a ilha teve que encontrar seus próprios remédios, tanto em medicamentos quanto em vacinas. Embora o embargo permita a venda de alguns produtos sanitários, muitos bancos se recusam a realizar qualquer transação relacionada à ilha, temendo sanções de Washington.

A partir da década de 1980, o país, que dedica um quarto de seu orçamento à saúde, começou a desenvolver sua indústria de biotecnologia, com descobertas notáveis, incluindo uma vacina contra meningococo B.
Atualmente, o programa nacional de vacinação infantil prevê 11 imunizantes, dos quais 8 são fabricados na ilha, para o combate a 13 doenças.

Fonte: Portal Isto É Dinheiro

Brasil deve enfrentar pior fase da pandemia nas próximas semanas

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Nos últimos dias, a pandemia no Brasil foi marcada por imagens de dor e de esperança. De um lado, a falta de oxigênio em Manaus mostrou a tragédia causada pela falta de coordenação contra a covid-19. Do outro, a aprovação das primeiras vacinas deu o primeiro sinal, ainda bem distante, de que essa crise sanitária vai ter um fim.

Em meio a tantas notícias, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil alertam que a situação da pandemia no país deve se agravar entre o final de janeiro e o início de fevereiro.]
“Estamos num momento bem preocupante. Talvez as pessoas não estejam percebendo ainda, mas tudo indica que as próximas semanas serão complicadas”, antevê o bioinformata Marcel Ribeiro-Dantas, pesquisador do Institut Curie, na França.

De acordo com o levantamento feito pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde), o país contabiliza até o momento 8,5 milhões de casos e 210 mil mortes por covid-19. Nos últimos dias, a confirmação de novas infecções e óbitos pela doença tem se mantido num patamar considerado alto.]
A tendência, de acordo com epidemiologistas, bioinformatas e cientistas de dados ouvidos pela reportagem, é que esses números se mantenham elevados ou subam ainda mais daqui para a frente.

Mas qual a razão para isso? Há pelo menos quatro fatores que ajudam a explicar esse momento da pandemia no Brasil.

Efeito Natal e Réveillon
Não foram poucos os relatos de aglomerações nos últimos dias de dezembro. A despeito das orientações das autoridades em saúde pública, muitos familiares e amigos resolveram se reunir para celebrar o Natal e a passagem para 2021.
Os efeitos das festas começam a ser sentidos agora. E isso pode ser explicado pela própria dinâmica da covid-19 e o tempo que a doença demora a se manifestar e se desenvolver.

“A transmissão do vírus pode até ter ocorrido durante essas festas, mas a necessidade de ficar num hospital ou até a morte do paciente leva semanas para acontecer”, nota o estatístico Leonardo Bastos, pesquisador em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Em linhas gerais, o indivíduo que é contaminado pelo coronavírus pode demorar até 14 dias para ter algum sintoma (como febre, tosse seca, dores, cansaço e falta de paladar ou olfato).

O problema é que, nesse ínterim, ele pode transmitir o agente infeccioso para outras pessoas, criando novas cadeias de transmissão na comunidade.

Já nos quadros mais graves da doença, que evoluem para falta de ar e acometimento dos pulmões, há uma janela de cerca de sete dias entre o contato com o vírus e a necessidade de internação.
Depois da hospitalização, os pacientes que morrem por covid-19 podem ficar até cinco semanas num leito antes de falecer.

Considerando esse tempo todo de evolução da doença e o atraso nas notificações, é de se esperar que as infecções pelo coronavírus que aconteceram entre os dias 24 de dezembro e 1º de janeiro apareçam com mais frequência nos boletins epidemiológicos daqui pra frente.

Essa bola de neve do final de ano pode ser emendada com outra, provocada pelas aglomerações relacionadas ao Enem.
É preciso considerar que, no último domingo (17/12), mais de 2,5 milhões de brasileiros se deslocaram até o local da prova e permaneceram por várias horas em locais fechados com desconhecidos ao redor.

Os epidemiologistas e cientistas de dados poderão medir o efeito dessa movimentação de tanta gente nas cidades brasileiras a partir de fevereiro ou março.

Onda de mutações e variantes
Nas últimas semanas, cientistas detectaram variantes do coronavírus que causaram grande preocupação.

Três dessas novas versões ganharam destaque. Elas foram encontradas no Reino Unido, na África do Sul e no Brasil (mais precisamente em Manaus).
O que chamou atenção é que esse trio traz mutações nos genes relacionados à espícula, uma estrutura que fica na superfície viral e permite que ele invada as células do nosso corpo para dar início à infecção.

Tudo indica que essas mudanças genéticas deixaram o vírus ainda mais infeccioso e podem facilitar a sua transmissão. Isso ajudaria a explicar, por exemplo, o aumento de casos que ocorreu em algumas cidades britânicas ou em Manaus.
Por mais que essas variantes não tenham sido relacionadas a quadros mais graves de covid-19, elas podem ter um efeito indireto na mortalidade — afinal, se mais gente pegar a doença, o número de internações e mortes subirá.

“Os vírus sofrem modificações a todo o momento e, quanto mais ele circular entre as pessoas, maior será a chance de ele ter mutações e se tornar mais ou menos agressivo”, pondera o médico Marcio Sommer Bittencourt, do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiologia do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP).

Demora na atualização dos dados
No mês de dezembro, é comum que muitos funcionários tirem férias. Setores e departamentos de empresas privadas ou órgãos públicos entram em recesso por alguns dias. Alguns setores chegam a trabalhar com equipes reduzidas.
Isso, claro, aconteceu com trabalhadores da área de saúde e de vigilância epidemiológica dos estados e dos municípios brasileiros.

“Uma coisa que notamos desde o final de 2020 é um atraso muito grande na digitação dos dados de pacientes com covid-19 confirmada. No Rio Grande do Sul, por exemplo, 68% dos casos de infecção pelo coronavírus que apareceram nos sistemas do governo em janeiro ocorreram nos meses anteriores”, observa o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19.

Os laboratórios que fazem testes dos casos suspeitos da doença também estão demorando muito mais para soltar o resultado, segundo os relatórios do Gerenciador de Ambiente Laboratorial, plataforma mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No mês de novembro, 91% das amostras dos pacientes com suspeita de covid-19 eram processadas e avaliadas num período de até dois dias e 8% demoravam entre três e cinco dias.

Já em dezembro, 73% dos exames tiveram seu lado liberado em menos de 48 horas. Cerca de 18% das análises levavam entre três e cinco dias e 9% tiveram que aguardar até dez dias para ter um diagnóstico confirmado ou descartado.
É claro que atrasos já aconteciam antes, mas eles estão mais graves e preocupantes nas últimas semanas, afirmam os especialistas.

Novas gestões e acúmulo de trabalho
Outro fator que parece ter atrapalhado ainda mais a coleta das estatísticas foi a transição de governo em muitas cidades brasileiras. Várias prefeituras tiveram uma troca de comando a partir de janeiro.
“Há casos em que o novo prefeito modificou o secretário de saúde e reformulou a equipe que acompanha essas questões. Há um tempo até que esses novos gestores se acostumem ao ritmo e às necessidades da pandemia”, afirma Schrarstzhaupt, da Rede Análise Covid-19.

Por fim, os profissionais de saúde estão sofrendo com o acúmulo de funções. Em muitos lugares, são os próprios médicos e enfermeiros que precisam alimentar o sistema de informática com os novos casos confirmados de covid-19 no hospital.
“E isso envolve até uma questão ética. Entre digitar uma ficha no computador e tratar um paciente que demanda cuidados, a segunda opção é sempre mais urgente. Necessitamos de mais investimento em vigilância e profissionais que façam esse trabalho de atualização”, aponta Bastos, da Fiocruz.

“Tenho visto cada vez mais médicos postando nas redes sociais fotos da montoeira de fichas de papel que aguardam digitação no sistema. É uma pilha que parece nunca diminuir”, completa Schrarstzhaupt.

Realidade paralela
O descompasso entre o que mostram as curvas epidêmicas desatualizadas e o verdadeiro cenário da pandemia pode fazer muito estragos.

Para início de conversa, essa subnotificação de casos e mortes por covid-19 traz uma falsa sensação de segurança, como se o pior já tivesse passado.
“E isso ajuda a vender uma retórica que agrada algumas pessoas. Quantas vezes já ouvimos gente anunciar que a pandemia estava chegando ao fim? Que teríamos uma queda dos casos e mortes a partir da próxima semana?”, questiona Ribeiro-Dantas, do Institut Curie.

A principal lição é sempre tomar cuidado com as estatísticas mais recentes. “É preciso ter mais transparência e evidenciar que os dados dos últimos 15 dias não são absolutamente confiáveis e sofrerão atualizações. Se os números estiverem caindo, devemos ter um pouco de calma antes de anunciar que a situação está tranquila”, ensina o bioinformata.

A parte que nos cabe
Bittencourt, do Hospital Universitário da USP, diz que o aparecimento das variantes do vírus era algo esperado durante a pandemia. “O comportamento do vírus é altamente previsível. Mas a mesma coisa não pode ser dita sobre o comportamento das pessoas”, diz.

O especialista se refere ao papel de cada cidadão no enfrentamento da pandemia. Afinal, apesar do cansaço acumulado dos quase 12 meses pandêmicos, as medidas preventivas continuam essenciais.

Todos precisamos seguir com os cuidados básicos, como a limpeza das mãos, o uso de máscaras e o distanciamento físico das pessoas que não fazem parte de nosso convívio diário. Outro ponto pouco lembrado na lista das recomendações básicas é a preferência por locais abertos e com boa circulação.

Fonte: Portal TERRRA

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