Pedido de uso emergencial de vacina russa contra covid-19 deve ser feito nesta semana

O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) e a farmacêutica brasileira União Química fecharam um acordo para fornecer para o Brasil 10 milhões de doses da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, no primeiro trimestre deste ano, informaram desenvolvedores do imunizante nesta quarta-feira, 13.

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A Rússia, quarto país com o maior número de casos da doença, iniciou uma vacinação em larga escala no último mês e está promovendo sua vacina em outros países. As primeiras entregas da vacina devem começar neste mês, informaram os desenvolvedores da vacina, que é apoiada pelo RDIF.

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Segundo os desenvolvedores do imunizante, o RDIF e a União Química vão solicitar a autorização para uso emergencial da Sputnik V no Brasil nesta semana.

O RDIF informou que gostaria de produzir a vacina no Brasil para exportar para outros países da América Latina. A Rússia também está em negociação com outros países da região.

O México vai decidir esta semana se vai autorizar o uso do imunizante contra a covid-19, após a Argentina iniciar a vacinação de seus cidadãos com doses importadas da Sputnik V, única vacina administrada até agora no país.

Sputnik V

A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus, em agosto. A aprovação foi concedida antes do início dos testes em larga escala, que começaram em setembro de 2020.

Em novembro do ano passado, representantes do governo russo e do Instituto Gamaleya, fabricante do imunizante, anunciaram que a vacina Sputnik V apresentou eficácia acima de 95% após a segunda dose. Com apenas uma dose, a eficiência é de 91,4%. A vacina contra covid-19 é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias./REUTERS

Fonte: Press From

Biotech brasileira, que atua com cannabis medicinal, fecha parceria com empresa colombiana

A biotech brasileira Entourage Phytolab, que atua com o desenvolvimento de cannabis medicinal no Brasil, acaba de fechar a parceria com a colombiana Clever Leaves Holdings, produtora licenciada de produtos farmacêuticos canabinoides. A aliança prevê o investimento de mais de R$ 60 milhões para a importação de um medicamento à base de cannabis destinado ao mercado farmacêutico e também ao segmento de uso compassivo no Brasil, que é a utilização quando esgotadas outras opções terapêuticas. Os produtos finalizados já estarão disponíveis agora em janeiro de 2021 e os insumos para as novas formulações chegarão ao laboratório da Entourage no primeiro trimestre de 2021.

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Fonte: Blogs do Estadão 

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Compra da vacina indiana ‘está bem encaminhada’, aponta associação das clínicas

O processo para a compra de 5 milhões de doses da vacina indiana Covaxin pelas clínicas privadas brasileiras está “muito bem encaminhado” e a aquisição será feita assim que sair registro definitivo do imunizante no Brasil. A Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, deve pedir o registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no próximo mês.

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A informação é do presidente da Associação Brasileira das Clínicas de Vacina (ABCVAC), Geraldo Barbosa, que integrou a comitiva que visitou as instalações da empresa na Índia, na semana passada. A negociação do setor privado para vacinação tem despertado polêmica. Especialistas em saúde pública dizem que, por se tratar de uma vacina ainda pouco disponível no mundo, a oferta no setor privado pode criar uma disputa com o Sistema Único de Saúde (SUS).

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Já as clínicas privadas argumentam que o objetivo não é competir, mas, sim, complementar a oferta prevista no SUS, atendendo, por exemplo, empresas que querem oferecer a vacina a empregados que não estão hoje nos grupos prioritários previstos pelo Plano Nacional de Imunização.

A vacina foi aprovada no último dia 3 pelas autoridades indianas, mas ainda está na fase três de testes e não teve a eficácia divulgada. A Covaxin é desenvolvida em colaboração com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR) e o Instituto Nacional de Virologia (NIV). Conforme divulgado pela Bharat Biotech, os ensaios clínicos de fase 3 começaram em meados de novembro e envolvem 26 mil voluntários em toda a Índia.

Fonte: Jornal do Comércio

Brasil vai buscar 2 milhões de doses da vacina de Oxford na Índia

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Uma missão coordenada pelo Ministério da Saúde vai até a Índia para buscar dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo consórcio da farmacêutica britânica AstraZeneca e da Universidade de Oxford. O lote foi fabricado pelo laboratório indiano Serum.

A missão sai nesta quinta-feira, 14, em um avião que parte da cidade do Recife e fará uma viagem de 15 horas de duração até a cidade indiana de Mumbai. A aeronave deve retornar ao Brasil no sábado, 16. A chegada será no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

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Segundo o Ministério da Saúde, os documentos de importação já estão prontos. O procedimento compreenderá apenas a chegada ao país e o carregamento das doses. A carga está estimada em 15 toneladas.

A distribuição da vacina, contudo, só poderá ocorrer após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dar a autorização em caráter emergencial. O órgão avalia o pedido feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que firmou parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford.

A Anvisa informou que a reunião para tomada da decisão sobre a concessão ou não da autorização em caráter emergencial está prevista para este domingo, 17. A agência também decidirá sobre a solicitação feita pelo Instituto Butantã.

Caso a Anvisa dê a autorização, a previsão do Ministério da Saúde é que em até cinco dias as vacinas sejam distribuídas aos Estados. Além das duas milhões de doses da vacina da AstraZeneca, o governo informou que estariam disponíveis também, caso a Anvisa permita, mais seis milhões de doses da vacina Coronavac, do Instituto Butantã em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac./AGÊNCIA BRASIL

Fonte: MSN

Saúde ignora parecer e país já poderia ter recebido 20 milhões de seringas, diz jornal

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O Ministério da Saúde ignorou um parecer da própria pasta que recomendava a compra de seringas com entrega por frete aéreo, mais rápido, para garantir que o país tivesse insumos suficientes para efetuar vacinação contra a Covid-19. As informações são do jornal O Globo.

Em negociação com a Organização Panamericana da Saúde (Opas) para a aquisição dos produtos, o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do órgão defendeu a compra de seringas com entrega por avião, ainda que com preço maior, argumentando que o mercado brasileiro não conseguiria suprir a demanda do Programa Nacional de Imunização (PNI) no tempo previsto.

Mesmo com o alerta, a secretaria executiva do Ministério da Saúde, comandada pelo oficial do Exército Élcio Franco, decidiu ignorar as recomendações do departamento “mesmo cientes das diferenças quanto ao tempo da entrega”. É o que apontam documentos obtidos pelo Globo via Lei de Acesso à Informação.

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De acordo com os documentos, a previsão para a chegada da primeira remessa de entregas no país via marítima é 25 de janeiro, com 1,9 milhão de unidades. Depois disso, a próxima entrega só aconteceria em março. Se a compra fosse realizada com frete por via aérea, o Brasil já teria recebido em dezembro do ano passado 20 milhões de seringas.

Em despacho interno no dia 16 de setembro, o departamento argumentou que a aquisição por avião das seringas era “estratégica” tendo em vista a entrega de doses da vacina até janeiro de 2021, uma vez que, segundo o documento, a indústria brasileira relatava desde fevereiro de 2020 dificuldades em fornecer as quantidades necessárias ao Plano Nacional de Imunização em um curto espaço de tempo.

“Os fornecedores cotados poderão iniciar as entregas de 20 milhões de unidades em dezembro de 2020, 17.256 milhões de unidades em janeiro de 2021 e 2.744 milhões de unidades em fevereiro de 2021 no valor total de US$ 4.679.406,76 (quatro milhões, seiscentos e setenta e nove mil, quatrocentos e seis dólares e setenta e seis centavos), já inclusos preços de produto, frete, seguro e taxa administrativa da Organização. Isto posto, este Departamento se posiciona favorável à continuidade desta aquisição, considerando o risco de não entrega das seringas pelo mercado nacional até dezembro 2020”, diz o despacho interno do ministério defendendo a aquisição por frete aéreo das seringas.

Em 23 de dezembro, mais de um mês após receber o parecer do departamento de imunizações, em despacho assinado pelo secretário executivo adjunto, Jorge Luiz Korman, a secretaria questiona os preços da aquisição dos insumos por avião e determina nova cotação, argumentando que o preço oferecido pela Opas é muito superior ao previsto pelo governo.

“Levando em consideração a cotação do dólar no dia de hoje, de R$ 5,62 (cinco reais e sessenta e dois centavos), o preço da possível contratação via OPAS apresenta uma diferença de mais de 250% em comparação ao maior preço da pesquisa preliminar do SRP e de cerca de 500% superior ao menor preço da mesma pesquisa, em cada unidade de seringa/agulha”, diz o despacho.

De acordo com a reportagem, a secretaria executiva do Ministério da Saúde esperava conseguir comprar em um pregão em dezembro 331,2 milhões de seringas, mas garantiu apenas 7,9 milhões.

Dias depois, a Opas enviou uma carta ao governo brasileiro cobrando uma definição sobre a compra das seringas, afirmando que o país possuía recursos para efetuar a compra.

“[…] Gostaríamos de solicitar a confirmação desse Ministério sobre a efetuação da compra. Adicionalmente, informamos que o Brasil tem aproximadamente US$ 3,1 milhões na conta do Fundo Rotatório, além da linha de crédito que poderá ser disponibilizada para o país. Aguardamos a manifestação desse Ministério, através de ofício com a indicação da fonte de financiamento, para que possamos seguir com a compra”, diz a Opas.

Governo apostou que vacina chegaria só em 2021

Cerca de um mês após ser questionado pela Opas se fecharia a compra das seringas, o Ministério da Saúde apostou em um atraso na disponibilização das vacinas e enviou um ofício à organização argumentando que “o cenário para a aquisição da vacina para combate ao Covid-19 mudou”, justificando a opção por via marítima.

“Houve informação do PNI que a referida vacina chegará ao Brasil somente no primeiro trimestre de 2021. A opção de modal marítimo se mostra, de forma geral, como uma opção mais econômica para o envio de cargas no comércio internacional. Assim, espera-se que, com esta nova estimativa de preços, o investimento total nesta aquisição diminua, possibilitando à Secretaria Executiva analisar este aspecto de uma perspectiva mais favorável do ponto de vista financeiro, anuindo a aquisição dos insumos por meio da OPAS/OMS, mesmo cientes das diferenças quanto ao tempo de entrega”, diz o ofício que comprova que o governo sabia que as seringas poderiam chegar mais tarde.

A reportagem do jornal O Globo questionou o Ministério da Saúde sobre a opção por um frete mais demorado, sob risco de prejudicar o plano de imunização, sobre ter fechado uma compra das seringas com data prevista, inicialmente, para chegada do primeiro lote apenas em março, e também sobre a demora em responder a Opas, mas não obteve resposta da pasta.

Fonte: MSN

Covid-19: multiplicação de mutações do coronavírus, várias delas no Brasil, preocupa cientistas

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Desde a emergência do coronavírus, nunca o aparecimento de novas mutações e linhagens preocupou tanto cientistas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e autoridades de saúde quanto agora. Em pouco mais de um mês, foram identificadas mais alterações genéticas potencialmente perigosas no Sars-CoV-2 do que em todo o período precedente da pandemia.

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O coronavírus muda e se adapta à medida que mais pessoas se expõem a ele, renovando e impondo um ciclo vicioso à pandemia. Em tese, mutações como a E484K, que circula no Brasil, e a britânica N501Y podem tornar o vírus mais transmissível, levar a reinfecções e ainda prejudicar a eficácia das vacinas. Tudo isso precisa ser ainda investigado, mas não pode ser descartado.

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— Há mais mutações no Sars-CoV-2 em circulação no Brasil e no mundo, e isso é resultado do aumento da propagação da pandemia. Antes encontrávamos novas linhagens com uma ou duas mutações. Agora, elas apresentam de 15 a 20 mutações, algumas delas importantes — afirma o virologista Fernando Rosado Spilki, coordenador da Rede Corona-ômicaBR/MCTI, criada para a vigilância genômica do coronavírus.

‘No Brasil, demos muito espaço para o vírus evoluir’

Ele estima que de sete a nove linhagens do coronavírus estejam em circulação no Brasil neste momento, cinco delas são recentes. E vigilância genômica nada mais é do que monitorar as mudanças e a dispersão do coronavírus por meio de seu sequenciamento genético. Pequeninas alterações no código genético podem fazer grande diferença na forma como ele se propaga ou escapa do ataque do sistema imunológico humano.

A maioria das mutações não representa nada. Mas algumas podem fazer diferença de vida e morte para, respectivamente, o vírus e os seres humanos. São essas que cientistas buscam com o sequenciamento genético de amostras de vírus de pessoas que contraíram Covid-19.

Mutações são comuns em vírus, mas, quanto mais pessoas se expõem ao vírus, mais ele tem chance de se propagar e mudar.

— No Brasil demos muito espaço para o vírus evoluir. Com o país funcionando como se não houvesse pandemia e sem vacina, temos o ambiente perfeito para a emergência de mutações. E quanto mais demorarmos a vacinar, mais espaço damos para o vírus mutar — frisa Spilki.

Ele adverte que as mutações com potencial de afetar a proteína alvo das vacinas são um sinal de alerta que não pode ser ignorado, um novo desafio. E um desafio em expansão.

Esta semana, por exemplo, Spilki e a coordenadora do Laboratório de Bioinformática do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Ana Tereza Vasconcelos, esperam concluir um estudo com a descrição de uma nova linhagem, esta no Rio Grande do Sul. A linhagem é nova, bem como a mutação que tem.

Por isso, depois da emergência de novas linhagens britânica e sul-africana, foi a vez de o Brasil chamar a atenção do mundo devido a mutações do coronavírus. O premier britânico Boris Johnson disse ontem que estava preocupado em conter a entrada no Reino Unido da “mutação brasileira”. Johnson se referia à variante com a mutação E484K encontrada em Manaus e isolada de turistas japoneses.

Ela pode estar por trás de ao menos parte do aumento de casos de Covid-19 registrados na capital do Amazonas. Muitos deles podem, na verdade, ser reinfecções. Manaus, não custa lembrar, é o lugar do mundo com o maior percentual de população exposta ao coronavírus, em torno de 70% na primeira onda.

Reinfecção enterrou esperança por imunidade coletiva

A volta explosiva da Covid-19 em dezembro enterrou de vez qualquer esperança de imunidade coletiva natural alcançada pela ampla exposição ao vírus. A reinfecção, dizem cientistas, não é uma hipótese que possa mais ser descartada.

A mutação E484K preocupa cientistas brasileiros. Para virologistas experientes como Amílcar Tanuri não há surpresa alguma. Avisos não faltaram de que a alta circulação levaria a adaptações do vírus.

Desde meados de 2020, Tanuri alertava que uma variante mais transmissível poderia estar em circulação no Rio. O que era suposição virou fato em novembro com a identificação da linhagem B.1.1.248 pelo grupo integrado por ele, Vasconcelos e outros pesquisadores.

— Existe, claro, preocupação com as vacinas. Se houver alguma mudança no genoma do coronavírus que possa afetar o alvo delas, isso preciso ser identificado para que as mudanças necessárias sejam feitas nos imunizantes — observa Tanuri.

O grupo dele começou esta semana a sequenciar mais genomas de pessoas com Covid-19 do Rio de Janeiro. Querem saber o quão disseminada está a nova linhagem que descobriram e também quais os seus possíveis impactos.

— Essa linhagem pode já estar no Brasil inteiro, já foi encontrada aqui, na Bahia e no Rio Grande do Sul. Sabemos que, se sequenciarmos, vamos encontrar. O problema é que infelizmente só há recursos para sequenciar pouco — acrescenta.

Banco de soro da OMS

Em meio à emergência de mutações e variantes do coronavírus, a OMS convocou na terça-feira 1.750 especialistas de 124 países para discutir o assunto. Segundo Vasconcelos, que participou da reunião, a OMS pretende criar um banco com 500 mil soros de pessoas que tiveram Covid-19 e se recuperaram. Faz parte do esforço para investigar o impacto das mutações sobre os anticorpos produzidos contra o coronavírus.

As novas mutações causam apreensão porque afetam a chamada proteína S, alvo das vacinas e também dos anticorpos produzidos naturalmente pelo sistema imunológico para combater a infecção pelo coronavírus.

O Brasil sofre ainda o que cientistas classificam como um apagão de dados de sequenciamento genético. E o sequenciamento, explica Spilki, é um instrumento de avaliação de políticas públicas, de disseminação, de avaliação de vacinas e risco de reinfecção.

Porém, enquanto o Reino Unido, por exemplo, sequencia dez mil genomas por dia, o Brasil não chegou a dois mil no total.

O país sequenciou apenas 0,024% dos casos confirmados de Covid-19, segundo estimativas do Centro Brasil-Reino Unido para para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia (Cadde). Faltam recursos e mão de obra especializada, diz Ester Sabino, líder do Cadde e professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Sem vigilância genética, as mutações circulam incógnitas, sempre com potencial de sabotar esforços de contenção da pandemia. E elas não são brasileiras, britânicas ou sul-africanas.

— Mutações são um fenômeno global. A mesma mutação pode ser surgir de forma independente em países diferentes desde que haja propagação do vírus suficiente para permitir isso — diz Vasconcelos.

Não importando a origem das mutações, a propagação delas poderia ser menor se o Brasil, por exemplo, já estivesse vacinando.

— Sem vacina e sem controle de distanciamento, o coronavírus é como um animal que se torna praga numa floresta sem predadores — afirma Spilki.

Por que a mutação E484K é tão perigosa

A mutação E484K está no centro das atenções de cientistas brasileiros porque altera o chamado domínio RDB, o ponto em que o Sars-CoV-2 se liga às células humanas. O RDB é a região mais crítica da proteína mais importante do coronavírus, a espícula ou S (de spike, em inglês).

A spike e seu RDB são os alvos da maioria das vacinas e dos anticorpos neutralizantes produzidos pelo sistema imunológico. Como é o ponto de ligação entre o vírus e as células, o RDB é atacado ferozmente pelos anticorpos neutralizantes, isto é, aqueles que realmente bombardeiam o vírus com eficiência e bloqueiam a infecção e, por conseguinte, o desenvolvimento da Covid-19.

Porém, a mutação E484K confere ao vírus o que os cientistas chamam de mecanismo de escape. Ou seja, as mudanças genéticas do coronavírus fazem com que os anticorpos percam a especificidade contra o RDB porque ele já não é mais o mesmo.

Os anticorpos passam a ser como tiros a esmo, deixam de “neutralizar” o vírus. Com isso, o Sars-CoV-2 pode “escapar” e infectar uma pessoa com mais sucesso.

Em tese, isso acontece tanto no caso dos anticorpos produzidos por uma infecção natural quanto daqueles desenvolvidos em resposta a uma vacina. Porém, como a proteína S é “grande”, tem outras regiões alvo, e as vacinas não perderiam sua eficácia. Mas, frisa o virologista Fernando Spilki, a emergência de tantas variantes novas faz com que se acenda o sinal de alerta e as vacinas precisem ter seus resultados acompanhados com atenção.

Fonte: Yahoo Finanças

Bahia estuda pedir intervenção do STF para começar imunização com vacina russa

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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), estuda entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir doses da vacina russa Sputnik V e iniciar a vacinação no Estado em até 15 dias. Antes, o governador terá reunião com o procurador-geral do Estado para levantar as possibilidades legais. O governo baiano firmou contrato de compra antecipada em setembro do ano passado com o Fundo de Investimento Direto da Rússia, mas as doses não foram enviadas, por falta de autorização da Anvisa.

“Não é possível, aceitável, tolerável, esse prolongamento artificial que o governo federal e a Anvisa estão fazendo desde o início da vacinação no Brasil. Não podemos ser o último país do mundo a começar a vacinar. As pessoas estão morrendo”, afirmou o governador, durante cerimônia de posse do novo comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, nesta quarta-feira, 13. O Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF) e a farmacêutica brasileira União Química fecharam um acordo para fornecer para o Brasil 10 milhões de doses da vacina russa contra a covid-19, a Sputnik V, no 1º trimestre deste ano, informaram desenvolvedores do imunizante nesta quarta-feira, 13. O pedido de uso emergencial deve ser feito nesta semana.

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Caso o pedido seja feito e atendido pelo STF, 50 milhões de doses devem chegar à Bahia, progressivamente, como previsto no acordo com a RDIF e a União Química, empresa brasileira que produzirá os imunizantes no país, a partir da próxima semana. Como os lotes não serão enviados de uma só vez, o governador explicou que a quantidade, de início, não é expressiva do ponto de vista da população. Mas que, em relação ao público-alvo, especialmente profissionais de saúde e de segurança pública, fará a diferença.

“Nesse protocolo, a gente tem lá garantido a compra antecipada, com fornecimento rápido, de vacina. Nós já exercemos esse direito, já mandei correspondência, e eles têm condições de entregar rapidamente a vacina aqui”, assegurou Rui Costa.

A farmacêutica União Química e o RDIF informaram, também nesta quarta, que solicitarão à Anvisa, ainda nesta semana, o uso emergencial da vacina Sputnik V contra a covid-19, com eficácia estimada em 92%. Na teoria, é pré-requisito, para a permissão ser concedida, os testes estarem na última fase. O pedido foi realizado no dia 29 de dezembro do ano passado.

“A União Química reforça seu compromisso com a saúde pública tem concentrado todos os esforços para disponibilizar o quanto antes, o maior número de doses possíveis para o plano nacional de operacionalização da vacinação contra covid-19”, respondeu, em nota, a União Química.

A Anvisa disse ao Estadão que já respondeu a solicitação feita em dezembro para início dos testes clínicos, mas que faltavam informações já solicitadas para a análise de autorização. Não detalhou quais eram as ausências, mas disse que o laboratório ainda não supriu os pedidos. “Não há como concluir a avaliação sem as informações que fazem parte da autorização de qualquer estudo clínico”, ressaltou o órgão.

A União Química também não informou quais informações ainda precisam ser incluídas junto ao pedido.

Imbróglio dura desde setembro

A briga do governo baiano com o governo federal para trazer a vacina Sputnik V dura desde setembro, quando o estado firmou a parceria com a RDIF para receber as doses do imunizante. Naquela ocasião, foi disponibilizado um centro de pesquisa para testagem da vacina no estado, mas a Anvisa exigiu que mil brasileiros fossem testados.

“Sem flexibilização, tememos que fabricantes desistam de pedir uso emergencial da vacina, como já fez a Pfizer”, afirmou, em nota, o Governo da Bahia. O estado do Paraná também firmou contrato de compra antecipada da vacina russa.

Em dezembro do ano passado, o Governo se reuniu com representantes russos e da União Química, para confirmar a fase 3 da testagem da testagem da vacina na Bahia. A Bahia farma, ficou acordado, poderia auxiliar na distribuição do imunizante para outros estados e até disponibilizar sua estrutura para as etapas finais da produção da vacina. Os estudos clínicos são de responsabilidade do laboratório, não de governos.

A Anvisa prevê para o próximo domingo, 17, a reunião da Diretoria Colegiada que avaliará os pedidos de autorização para uso emergencial, temporário e experimental, das vacinas contra covid-19 do Instituto Butantan e da Fiocruz – a Coronavac e a AstraZeneca-Oxford, respectivamente. O órgão não informou se o pedido dos russos será colocado em pauta com as demais, caso chegue em tempo hábil de apreciação antes do encontro.

A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em outros países, como a Argentina. A União Química e o RDIF preveem a chegada de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V no Brasil, no primeiro trimestre de 2021, com entregas a partir deste mês.

Fonte: MSN

Maioria dos profissionais de saúde infectados pela covid-19 está protegida contra o vírus

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A maioria dos profissionais de saúde que contraíram a covid-19 estão protegidos contra uma nova infecção por um período de pelo menos cinco meses, de acordo com um estudo britânico, embora alguns possam ser portadores do vírus e disseminá-lo.

De acordo com pesquisadores da agência de saúde pública Public Health England, 44 pessoas teriam sido reinfectadas com o novo coronavírus de 6.614 trabalhadores do setor de saúde que apresentaram anticorpos no decorrer de um período de cinco meses entre junho e novembro de 2020.

Isso representa uma proteção de 83% em relação aos trabalhadores que não foram expostos ao Sars-CoV-2, conclui o estudo publicado nesta quinta-feira, que não foi relido por pesquisadores independentes.

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Mas os pesquisadores britânicos alertam que, embora os anticorpos pareçam evitar o adoecimento pela covid-19 novamente, os dados preliminares do próximo estágio do estudo sugerem que alguns participantes carregam quantidades significativas do vírus e podem disseminá-lo para outras pessoas.

“Agora sabemos que grande parte das pessoas que tiveram o vírus e geraram anticorpos estão protegidas contra reinfecção, mas essa proteção não é completa e ainda não sabemos quanto tempo dura. E, o mais importante, acreditamos que as pessoas podem continuar a transmitir o vírus“, resume a autora principal do estudo, Susan Hopkins.

Especialistas independentes elogiaram a qualidade do estudo, no qual participaram cerca de 20.800 profissionais de saúde, incluindo funcionários do hospital na linha de frente do atendimento de pacientes com covid-19, convidados a fazer diagnósticos regulares para verificar se ainda eram portadores do vírus ou se geraram anticorpos, um sinal de uma infecção mais antiga.

O estudo sugere que as taxas de proteção conferidas por uma infecção natural “são comparáveis às das vacinas covid-19″, disse Julian Tang, professor honorário de virologia da Universidade de Leicester.

Em dezembro, um artigo publicado no New England Journal of Medicine concluiu que praticamente todos os profissionais de saúde tinham anticorpos e estavam protegidos por pelo menos seis meses.

Essas investigações deveriam “reduzir a ansiedade de muitos profissionais de saúde preocupados com a ideia de contrair a covid-19 duas vezes”, acrescenta Julian Tang.

Fonte: MSN

Especialistas da OMS chegam a Wuhan para estudar origem do coronavírus

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A equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar a origem do coronavírus chegou nesta quinta-feira (14) à cidade chinesa de Wuhan, berço da epidemia, segundo imagens ao vivo da televisão pública CGTN.

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Esta visita é extremamente sensível para Pequim, preocupada em descartar qualquer responsabilidade na pandemia que já causou quase dois milhões de mortes no mundo.

Prevista inicialmente para a semana passada, a viagem foi adiada de última hora por não ter todas as autorizações necessárias. Os especialistas devem ficar cerca de um mês no país, sendo que também cumprirão um período de quarentena de duas semanas em território chinês.

Fonte: G1

Vacinação começará ao mesmo tempo em todos os estados, diz ministério

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O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (13), durante coletiva de imprensa, que a vacinação contra a covid-19 deverá começar simultaneamente em todos os estados do país. Segundo o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, os imunizantes devem ser distribuídos assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) validar o uso emergencial.

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A reunião da Anvisa que vai bater o martelo sobre os pedidos do Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceira com o consórcio Astrazeneca/Oxford, será realizada no próximo domingo (17).

“É uma diretriz e nós iremos iniciar a vacinação simultaneamente nos 26 estados e no Distrito Federal. Então, não vai começar por um estado, ela começará em todos os estados ao mesmo tempo. Isso dentro de uma gestão tripartite, uma vez que quem executa a imunização é o município. É feita distribuição logística para os estados, secretarias estaduais de saúde, e destas para as secretarias municipais e para os postos de vacinação, até termos a capilaridade em nossos 38 mil postos de vacinação”, informou. De acordo com Franco, todos os 5.570 municípios receberão doses de vacinas, começando pelas capitais.

“Estamos aguardando ansiosamente autorização para uso emergencial e temporário das duas vacinas que foram solicitadas, a do Instituto Butantan, vacina produzida pelo laboratório Sinovac; e a da Fiocruz, vacina produzida pelo laboratório Astrazeneca em consórcio com Univesidade de Oxford”, destacou o secretário-executivo.

As primeiras doses a serem distribuídas são de vacinas importadas: seis milhões da CoronaVac (Sinovac/Instituto Butantan) e dois milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz. Nos próximos meses, por acordo de transferência de tecnologia, tanto a Fiocruz quanto o Instituto Butantan vão produzir doses da vacina em território nacional para dar continuidade ao plano nacional de imunização.

Questionado se o governo tem uma data para iniciar a vacinação, o secretário-executivo disse que isso ainda não foi definido.

Requisição de seringas

Élcio Franco também informou que o governo federal fez uma nova requisição administrativa de 30 milhões de seringas a empresas do setor, após uma reunião com representantes da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo).

“Nessa reunião com a Abimo, ficou acertado que, por meio de requisição administrativa, eles poderiam disponibilizar, até o final de janeiro, 30 milhões de seringas. Lembrando que o tempo todo nossa preocupação foi em usar os excedentes preservando os contratos [estoques] que haviam sido feitos com estados e municípios. Então, foi feita mais uma requisição administrativa com 30 milhões de seringas de 3 mililitros (ml), e mais 30 [milhões] de 1 ml”, disse.

Na semana passada, após reunião do presidente Jair Bolsonaro com os três principais fabricantes do país, o governo já havia requisitado outros 30 milhões de seringas e agulhas. Com as duas requisições administrativas, o governo afirma ter assegurado 60 milhões seringas, além dos estoques armazenados por estados e municípios. O primeiro lote desta requisição deve ser entregue até o final de janeiro.

Repasses

Durante a coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde informou que desde o início da pandemia a pasta habilitou 19.517 leitos de UTI e prorrogou outros 19.334. Além disso, habilitou 1.914 leitos de suporte ventilatório. Elcio Franco disse ainda que foram encaminhados mais de 306 milhões de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as redes de saúde.

Em relação aos testes, segundo a pasta, foram distribuídos 11,7 milhões de kits RT-PCR, tendo sido realizados 8,6 milhões pela rede pública. Na rede privada, foram processados 6,4 milhões.

Pandemia

Desde o início da pandemia no país, há 11 meses, os mortos em consequência do novo coronavírus somam 205.964 e o total de infectados soma 5,25 milhões de pessoas.

Fonte: MSN

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