Segundo estudo, pandemia fez crescer casos de doenças psicossomáticas

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Segundo a OMS, a depressão é a doença que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano. Além da depressão, a entidade indica que, ao redor do mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%.

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O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. Pesam nesse cenário fatores socioeconômicos como pobreza, desemprego e ambiente, incluindo o estilo de vida em grandes cidades.

Como é possível mudar essa realidade? Como seres humanos, é necessário enxergar a vida no contexto de algo maior, seja ele religioso, espiritual, filosófico ou político. Algo que dê um sentido maior para a existência em si.

O desafio de estresse é o desafio da vida. Como seres humanos em evolução existem escolhas. As habilidades da Programação NeuroLinguística (PNL) e da Hipnose Clínica podem ensinar aos interessados em canalizar e aproveitar toda energia positiva. Apesar de todos os desafios envolvidos, o desenvolvimento humano serve como base para levar uma vida alegre e produtiva.

Fonte: Terra

Médicos peritos do INSS querem inclusão no grupo prioritário de vacinação contra Covid-19

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A Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) enviou ofício ao ministro da Saúde para pedir a inclusão dos peritos médicos federais no primeiro grupo prioritário do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. A ANMP diz que esse pedido ao Ministério da Saúde tem objetivo de garantir a imunização dos servidores que estejam em regime de trabalho presencial, pessoas idosas e portadores de comorbidades, e atendendo os segurados do INSS depois da reabertura das agências do INSS.

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“A ANMP espera que o pedido seja analisado em breve pelo Ministério da Saúde e que os Peritos Médicos Federais sejam imunizados o quanto antes para continuarem exercendo suas atribuições essenciais”, afirma a instituição.

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No ofício ao Ministério da Saúde, a ANMP destaca, ainda, que, desde setembro, os servidores têm sido submetidos diariamente ao contato com milhares de cidadãos idosos e enfermos – perfil característico da maior parte do público-alvo do INSS – , se expõem permanentemente ao elevado risco de infecção pela nova doença e acabam expondo os segurados da Previdência Social a idêntica ameaça epidemiológica.

“Vale destacar que, há alguns meses, inclusive, o número de casos de solicitação de auxílio-doença por força de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19) tem aumentado vertiginosamente, o que certamente tem contribuído para que as agências se consolidem como pontos focais de disseminação da nova doença”, reitera.

Fonte: Yahoo Finanças

Governo do Amazonas exonera dois funcionários por ‘fura-fila’ da vacina

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Dois funcionários do governo do Amazonas que foram vacinados, mas não pertencem à linha de frente do combate à covid-19 foram exonerados nesta segunda-feira, 25. A medida foi direcionada ao motorista do governador Wilson Lima, Gerberson Oliveira Lima, e à diretora do Hospital e Pronto-Socorro da Criança da Zona Leste, Michele Adriane Pimentel Afonso, que não é um hospital de tratamento da covid no Estado. Ambos foram vacinados no primeiro dia da campanha no Estado.

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O governador determinou abertura de procedimento administrativo disciplinar e ordenou que o caso seja comunicado, oficialmente, ao Ministério Público Federal (MPF). Em nota, o governo disse que uma apuração identificou que foi a diretora do hospital que incluiu indevidamente o nome de Gerberson na lista de trabalhadores da saúde. Gerberson foi demitido. Michele, funcionária concursada, deve responder a um processo administrativo disciplinar.

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Acabei de tomar conhecimento que um funcionário da Casa Civil foi indevidamente vacinado.

NÃO COMPACTUAREI COM ESSE TIPO DE PROCEDIMENTO!

Já determinei a exoneração do mesmo e a apuração do fato.

— Wilson Lima (@wilsonlimaAM) January 25, 2021

Além deles, furou a fila da vacinação o secretário municipal de Limpeza Urbana de Manaus, Sabá Reis. Ele testou positivo para covid-19 e a família decidiu levá-lo de avião para um hospital em São Paulo.

A prefeitura informou que o secretário tem 65 anos, diabetes e está estável, sem informar qual hospital foi internado. Pelo menos outros três funcionários da prefeitura furaram a fila da vacinação, além do secretário Reis: a secretária de Saúde, Shádia Hussami Hauache Fraxe, e os assessores da Secretaria Municipal de Saúde, Clendson Rufino Ferreira e Stênio Holanda Alves.

A prefeitura não se manifestou desde quando foram divulgadas as listas de vacinação a pedido da Defensoria Pública, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE), sobre possíveis punições aos fura-fila. Nesta segunda-feira, 25, o TCE enviou ofício à prefeitura pedindo explicação sobre a lista que “contém de nomes repetidos e centenas de CPF´s inexistentes ou errados”.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que está em Manaus desde domingo, participou nesta segunda-feira de uma reunião com o governo do Estado e “pediu” que todas as Unidades Básicas de Saúde da cidade passem a atender pacientes de covid-19. Atualmente, há 12 unidades que prestam atendimento exclusivo à covid na capital.

Fonte: MSN

Variante brasileira do coronavírus detetada pela primeira vez nos EUA

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Em comunicado, as autoridades sanitárias detalharam que a pessoa infetada é um residente daquele Estado norte-americano “com um historial recente de viagens ao Brasil” e que a amostra foi colhida em 09 de janeiro.

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“A pessoa adoeceu durante a primeira semana [após o contágio] e informou que tinha viajado ao Brasil antes de adoecer”, explicou o Departamento da Saúde.

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A variante brasileira do coronavírus SARS-CoV-2 é uma das três que despertaram recentemente a atenção em todo o mundo, a par da britânica e da sul-africana.

Tem origem em Manaus, capital amazónica do Brasil, e é considerada altamente contagiosa, uma vez que tem alterações genéticas similares às encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

A Itália também anunciou hoje que detetou o primeiro caso da variante brasileira no país, enquanto a Alemanha o fez na sexta-feira.

farmacêutica Moderna informou hoje que a sua vacina, uma das primeiras a receber aprovação de várias agências de saúde a nível mundial, protege também contra as variantes britânica e sul-africana, mas que ainda não dispõe de dados sobre a brasileira.

Nos Estados Unidos está em vigor uma proibição de viagens desde o Brasil para controlar a pandemia, mas os cidadãos norte-americanos ou residentes permanentes estão isentos.

O ex-presidente Donald Trump ordenou o levantamento dessa proibição dois dias antes de deixar o poder, mas o seu sucessor, Joe Biden, restaurou hoje as restrições ao país sul-americano, assim como às nações europeias do espaço Schengen, Reino Unido e Irlanda, para além de incluir também a África do Sul.

Fonte: Plataforma

Vacina da Moderna deve ser eficaz também contra variantes da Covid-19

A vacina da Moderna, a mRNA-1273, pode ser eficaz contra variantes mais infecciosas da Covid-19, como a britânica e a sul-africana. A afirmação foi feita por cientistas da farmacêutica americana na manhã desta segunda-feira (25).

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As informações têm como base estudos iniciais, que mostram que os anticorpos estimulados pela fórmula reconhecem e destroem as novas cepas do vírus. Mesmo assim, mais estudos são necessários para comprovar a real eficácia do imunizante.

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Depois das mutações, as novas variantes ganharam a capacidade de infectar células humanas mais facilmente. Especialistas afirmam que a cepa britânica pode ser até 70% mais transmissível que a original.

Os estudos da farmacêutica Moderna ainda estão em fase inicial, mas apontam para a eficácia da vacina contra variantes mais infecciosas. Imagem: Prostock-studio/Shutterstock

Pesquisadores analisaram amostras de sangue de oito voluntários que receberam as duas doses recomendadas da vacina da Moderna. O resultado demonstra que esses pacientes têm anticorpos suficientes para neutralizar as novas variantes do vírus. A eficácia da vacina se mostrou maior contra a variante britânica do que contra a sul-africana.

Com base nas descobetas, os cientistas da Moderna avaliam que pode ser possível que a proteção contra a cepa sul-africana desapareça mais rapidamente. Há estudos para determinar se uma terceira dose poderia reforçar a defesa contra essa variante.

Outra possibilidade é um redesenho da vacina, para que ela seja usada contra a cepa sul-africana. Stephane Bancel, CEO da farmacêutica, diz que a companhia acredita ser “imperativo ser proativo à medida que o vírus se transforma”.

A vacina da Moderna já foi aprovada pelo National Health Service (NHS), o serviço nacional de saúde do Reino Unido. Apesar disso, as 17 milhões de doses reservadas pelo órgão não devem estar disponíveis antes do segundo trimestre.

Fonte: BBC

Mesmo com vacina, máscaras e isolamento continuam essenciais

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O início da vacinação no Brasil e em outros países não significa que as pessoas devem retomar uma rotina semelhante à de antes da pandemia. A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já indicou que a imunização de rebanho pela vacinação não deverá ser atingida em 2021. A declaração foi feita este mês pela dra. Soumya Swaminathan, da OMS.

“Mesmo que as vacinas comecem a proteger os mais vulneráveis, não atingiremos nenhum nível de imunidade na população ou imunidade de rebanho em 2021. Mesmo que aconteça em alguns países, não vai proteger as pessoas ao redor do mundo”, disse ela, em entrevista coletiva, no dia 11 de janeiro.

Soumya elogiou o esforço dos cientistas na produção de não apenas uma, mas várias vacinas contra a covid-19, algo que, na sua opinião, era impensado há um ano. Ela acrescentou que as medidas de contenção da pandemia devem continuar sendo praticadas até o fim deste ano, “pelo menos”.

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Esse raciocínio é acompanhado por especialistas aqui no Brasil. Segundo eles, a população não pode relaxar porque a vacinação começou. “Quando observamos nossa realidade no Brasil e as dificuldades que estamos tendo, a gente realmente passa a pensar que isso [o fim da pandemia] vai ser talvez em 2022 e olhe l, disse a médica infectologista e professora de medicina Joana D’arc Gonçalves. “A gente está vendo a guerra que é com essas poucas doses disponíveis no Brasil e nem temos a perspectiva de ter mais doses, por causa de todos esses conflitos, as dificuldades internacionais”, acrescentou.

Ela lembra que as vacinas apresentam particularidades que, de uma forma ou de outra, são entraves para sua distribuição. Seja uma necessidade de armazenamento em temperaturas muito baixas, seja a dificuldade de produção de insumos aqui no país. A médica recomenda que a população não veja a chegada da vacina como algo muito próximo e mantenha os cuidados tomados em 2020.

“A gente teve uma gota de esperança neste oceano de problemas. Temos que segurar a nossa onda, saber que o insumo existe, mas que precisaremos de um pouco mais de paciência. Não é tão fácil produzir rapidamente [uma vacina]”.

Vacinados e com máscara

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha, a imunização de rebanho só deverá ser alcançada se o mínimo de 60% da população estiver vacinada. Mas ele destaca que, mesmo que o Programa Nacional de Imunização (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) seja sólido e consigamos vacinar parte da população brasileira até o fim do ano, o vírus ainda estará em circulação. E faz um alerta: mesmo os vacinados devem continuar adotando isolamento social, álcool em gel e máscara.

“Nenhuma vacina é 100% eficaz. Com a vacina, a pessoa tem uma chance muito grande de se proteger das formas moderadas e graves, mas não elimina a possibilidade de contrair a doença. Estando com a doença, ela vai transmitir para outros. Não dá para correr esse risco”.

Existe ainda o componente social dessa medida. Se todas as pessoas vacinadas pararem de usar máscara, isso pode, na visão de Cunha, desmobilizar a população como um todo para o uso dessa barreira contra a covid-19. Veremos mais pessoas sem máscara, estimuladas pelos vacinados. “E como as pessoas vão saber se aquela pessoa já foi vacinada?”, questiona.

Além disso, mesmo que parte da população do país se vacine ainda este ano, existirão “bolsões de vulneráveis”. São comunidades, bairros ou grupos de pessoas com poucos ou nenhum vacinado, onde haverá circulação do vírus. Esse conceito pode ser reproduzido em escala mundial. Afinal, em um cenário onde ainda há pouca vacina disponível, os países que saem na frente são os que têm mais dinheiro para comprá-las mas, em algum momento, os demais entrarão na partilha.

“Para termos uma proteção coletiva, precisamos ter ótimas coberturas vacinais em todos os países. Isso vai levar um tempo porque os países mais pobres terão que receber muitas vacinas no momento em que elas começarem a ser distribuídas para eles. Essas vacinas vão demorar ainda mais, provavelmente começam a ser distribuídas no segundo semestre”, analisou o presidente da SBIm.

Cunha reiterou a importância dessas medidas “não farmacológicas”, como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos. Medidas simples, mas eficientes, no combate ao novo coronavírus. “São as únicas medidas que temos até agora que demonstram que diminuem a doença, a hospitalização e a morte. Independentemente de começarmos a vacinar, de vacinar um percentual grande da população, vamos ter que continuar com essas medidas por muito tempo”.

Imunização de Rebanho

Especialistas estimam que para tirar um vírus de circulação, é necessário ter em torno de 60% a 70% de pessoas vacinadas. “Depende da eficácia da vacina”, diz Joana D’arc. “Quanto maior a eficácia, pode-se até ter um número de imunizados menor que 70%”. Por meio da vacinação em massa, o Brasil já conseguiu imunizar sua população contra uma série de doenças perigosas.

Varíola, sarampo, rubéola, caxumba e meningite são alguns dos casos. A poliomielite, que ainda tem surtos em vários países, foi controlada no Brasil. No passado, inúmeras crianças morreram de catapora, hoje controlada. “Teve país que erradicou o câncer de colo de útero só por meio da vacina contra o HPV”, destacou a infectologista.

Fonte: IstoÉ

Mundo tem 66,3 milhões de vacinas aplicadas contra Covid; 701 mil no Brasil

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Pelo menos 66,3 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 foram aplicadas no mundo, sendo 701 mil no Brasil.

Os números, contabilizados até a noite desta segunda-feira, são da plataforma Our World In Data, ligada à Universidade de Oxford e abastecida com dados oficiais de cerca de 60 países.

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Leia: MP do DF pede que polícia aumente fiscalização de máscara

O Brasil, que iniciou a vacinação há nove dias, ocupa o 14º lugar no ranking dos países com mais doses aplicadas, com 701 mil vacinações.

É o melhor colocado da América Latina, sendo seguido por México, em 15º, com 630 mil, e Argentina, em 16º, com 292 mil.

Eis os cinco países que lideram a lista de imunização:

Estados Unidos (21,8 milhões de doses); China (15 milhões); Reino Unido (7 milhões); Israel (3,8 milhões); e Emirados Árabes (2,6 milhões).

Fonte: Época Online

Ataques de Bolsonaro à China prejudicam vacinação contra a Covid-19 no Brasil

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O jornal Les Echos desta terça-feira (26) traz uma matéria sobre as consequências dos ataques do governo brasileiro à China. As críticas frequentes do presidente Jair Bolsonaro contra Pequim estão prejudicando a campanha brasileira de vacinação contra a Covid-19, avalia o diário.

“O Brasil paga caro por sua animosidade em relação à China“, diz uma manchete do jornal Les Echos. Segundo o correspondente do diário em São Paulo, Thierry Ogier, Pequim está deixando bem claro seu desacordo sobre a “propaganda antiChina de Jair Bolsonaro”.

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O diário explica que, após uma longa negociação com a Índia, o Brasil vai finalmente receber 2 milhões de doses da vacina Covishield, produzida pelo laboratório indiano Serum e o britânico Astrazeneca, que estavam bloqueadas há vários dias. O Brasil também dispõe de 10 milhões de doses da Coronavac, da empresa chinesa Sinovac, mas a China está hesitante em enviar ao país mais doses do imunizante.

O motivo: as frequentes críticas de Bolsonaro contra a vacina chinesa, que afirma ter baixa qualidade. Les Echos lembra que, na última sexta-feira (22), o presidente brasileiro declarou que nada prova que esses imunizantes têm eficácia contra a Covid-19. As afirmações de Bolsonaro contrariam o parecer da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa), que atestou, em 17 de janeiro que a CoronaVac tem 50,39% de eficácia e a Covishield, 70, 42%.

A matéria salienta que o governo chinês também não digeriu até hoje as acusações do filho do presidente brasileiro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que responsabilizou o governo chinês pela expansão da pandemia no ano passado. Na época, a embaixada da China no Brasil reagiu, afirmando que, em viagem que havia feito recentemente aos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro, “próximo da extrema direita trumpista”, havia contraído um “vírus mental”.

Atitude de Bolsonaro é “chocante”

Entrevistado pelo Les Echos, Mathias Alencastro, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), afirma que a atitude de Bolsonaro dentro deste conflito explícito com o governo chinês é “chocante”. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunologia, há um sério risco de que a campanha de vacinação no Brasil seja interrompida. “Estamos muito preocupados, a ponto de nos perguntar como continuaremos a imunização, quando não temos nem vacinas disponíveis nem consenso político sobre a questão”, salienta Alencastro.

“Mas isso não é tudo”, reitera Les Echos. Erros estratégicos foram cometidos pelo governo brasileiro, aponta Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas. Em julho de 2020, o governo chinês convocou os países latino-americanos para discutir e ofereceu uma linha de crédito de cerca de US$ 1 bilhão. O Brasil não enviou nem mesmo um representante a essa reunião, conclui o jornal Les Echos desta terça-feira.

Fonte: MSN 

China libera insumo para produção de vacina

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Após a apreensão gerada pelo atraso na importação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), utilizado na produção de vacinas contra o novo coronavírus no Brasil, o Ministério da Saúde anunciou, ontem, que 5,4 mil litros do insumo necessário para a fabricação da CoronaVac pelo Instituto Butantan, chegarão ao Brasil até o fim desta semana. A notícia, dada pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criou novo embate com o governo do estado de São Paulo, já que ambos reivindicam autoria dos esforços para a chegada da matéria-prima do imunizante.

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“A continuidade do recebimento dos insumos para a fabricação das vacinas pelo Butantan voltou à normalidade, graças à ação diplomática do governo federal com o governo chinês, por intermédio da Embaixada Chinesa no Brasil. Fica aqui o nosso agradecimento a todos que ajudaram nessa liberação”, disse Pazuello, em vídeo gravado ontem. Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro anunciou a importação dos insumos, atribuindo o empenho aos ministros da Saúde, das Relações Exteriores e da Agricultura.

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O governo de São Paulo, porém, reitera que não houve participação das instâncias federais na liberação dos insumos chineses para a vacina do Butantan. “Todo o processo de negociação com o governo chinês foi realizado pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo”, afirma nota distribuída ontem. Além disso, o governo paulista informou que os ingredientes não estão em aeroporto da China, ao contrário do que disse Bolosnaro, mas nas instalações da Sinovac, em Pequim.

Mais cedo, o governador João Doria tinha afirmado que se encontrará virtualmente com o embaixador da China,Yang Wanming, hoje às 10h30, para definir o calendário da nova remessa de insumos e a quantidade de doses que o Instituto Butantan conseguirá disponibilizar ao Ministério da Saúde a partir da entrega.

Diplomacia

O governador paulista evitou criticar diretamente a diplomacia do governo federal, mas alfinetou o Planalto ao afirmar que o governo de São Paulo sempre respeitou a China. “Não quero fazer juízo sobre o Ministério das Relações Exteriores. Mas faço juízo sobre o governo de São Paulo. Aqui, sempre respeitamos a China, tratamos de forma igual e agradecemos a solidariedade”, disse.

Na última semana, o tom adotado por Doria e o presidente do Butantan, Dimas Covas, foi mais duro. Na terça-feira, Covas pediu que Bolsonaro tivesse “dignidade” e determinasse empenho ao Itamaraty na negociação com o governo da China. Já o governador de São Paulo disse que “se o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos pararem de falar mal da China, isso já ajuda bastante”.

Na coletiva de ontem, no entanto, Doria disse que a diplomacia cabe ao governo federal. “Ele é quem tem a responsabilidade da diplomacia. O que fizemos aqui foi uma relação profícua, positiva, construtiva e extremamente respeitosa com a China”, completou.

Fiocruz

Além das expectativas em cima da CoronaVac, o Brasil espera receber mais 10 milhões de doses prontas do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e a AstraZeneca, além do equivalente a 7,5 milhões de unidades em ingrediente farmacêutico ativo (IFA) ainda na primeira quinzena de fevereiro.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção no Brasil, negocia o envio de vacinas prontas, que devem chegar antes do IFA. O objetivo é não atrasar o repasse ao Programa Nacional de Imunização (PNI), já que a matéria-prima referente a 15 milhões de doses que deveriam ter sido entregues em janeiro não foram enviadas.

Um desses esforços tem sido a negociação junto ao Instituto Serum, na Índia, de doses de vacinas prontas adicionais para além dos 2 milhões que chegaram ao Brasil no sábado. De acordo com o presidente do Consórcio Nordeste e coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, o chefe do Executivo do Piauí, Wellington Dias, 10 milhões de doses preparadas para aplicação são esperadas para chegar até 8 de fevereiro. “Isso permite prosseguir nosso cronograma de vacinação.”

No entanto, a Fiocruz ainda não cravou um número. “A negociação segue em andamento e ainda não há um quantitativo acertado. O processo conta com o apoio do governo da Índia e da AstraZeneca, que vem colaborando em todo o esforço de antecipação das vacinas frente às dificuldades alfandegárias para exportação do IFA na China”, disse a fundação em nota.

O envio do primeiro lote de matéria-prima, previsto para ocorrer em 8 de fevereiro, é necessário para a produção de 7,5 milhões de doses. Segundo a nota da Fiocruz, este lote já está pronto para embarque, no local de fabricação, e aguarda apenas a emissão da licença para a exportação e conclusão de procedimentos alfandegários. Mesmo com a sinalização de envio para 8 de fevereiro, a Fiocruz ressalta que ainda não há confirmação.

Apesar dos atrasos, a fundação afirma que conseguirá cumprir a meta de fornecer 100,4 milhões de doses no primeiro semestre e outras 110 milhões, de produção inteiramente nacional a partir da incorporação da tecnologia, no segundo semestre.

Mais 627 mortes

O Brasil registrou, entre domingo e ontem, 627 mortes provocadas pela covid-19, o que eleva a 217.664 o total de óbitos decorrentes da doença, segundo informou o Ministério da Saúde. No mesmo período, foram notificados 26.816 casos da enfermidade, aumentando o total de diagnósticos para 8.871.393. Os números oficiais de casos e mortes por covid-19 no Brasil, nas segundas-feiras, costumam ser menores que nos demais dias úteis, porque, nos fins de semana, as secretarias estaduais de Saúde trabalham em regime de plantão, o que prejudica a contabilização dos dados.

Fonte: Correio Braziliense

Anvisa se reúne com laboratório responsável pela vacina Sputnik V

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Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram nesta segunda-feira (25) com representantes do laboratório União Química, que é responsável no Brasil pela vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya. A farmacêutica tem acordo com o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) para a produção e distribuição da vacina contra covid-19 desenvolvida para o Brasil e outros países da América Latina.

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Durante o encontro, segundo a Anvisa, a equipe técnica da agência detalhou para a empresa quais informações devem ser apresentadas para dar seguimento ao pedido de anuência de condução de ensaios Fase 3 no Brasil. O início da Fase 3 da pesquisa é requisito fundamental para que o laboratório possa pleitear um pedido de uso emergencial da vacina em território nacional. Há pouco mais de uma semana, a Anvisa chegou a devolver um pedido da União Química para uso emergencial do imunizante exatamente porque esta etapa dos estudos ainda não foi autorizada no país

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“O principal ponto da reunião foram os dados técnicos que precisam constar no Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamentos (DDCM). Os requisitos para os estudos clínicos são os mesmos exigidos anteriormente para as outras quatro pesquisas clínicas de vacinas autorizadas pela Anvisa em 2020, e também são semelhantes aos dos EUA, do Reino Unido, dos países membros da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, informou a Anvisa, em nota.

Ainda de acordo com a agência reguladora, a União Química indicou que deve começar o envio dos documentos necessários para que o pedido de pesquisa clínica seja avaliado. “Esse tipo de encontro faz parte das ações que a Agência tem adotado com todas as empresas que pretendem ter vacinas autorizadas no país”, informou a Anvisa.

Também nesta segunda-feira (25), representantes da Anvisa se reuniram com técnicos da autoridade da Administração Nacional de Medicamentos, Alimentos e Tecnologia Médica (ANMAT), da Argentina. O país começou a utilizar a vacina no final do mês de dezembro do ano passado.

A União Química possui sede em Santa Maria, no Distrito Federal, de onde poderá produzir a Sputnik V. Além da própria Rússia, a vacina já foi autorizada por autoridades sanitárias de países como Argentina, Bolívia, Venezuela, Argélia, Sérvia, Bielorrússia e Palestina.

Fonte: MSN