Abrace continuará fornecendo medicamentos a base da cannabis medicinal

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A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace) vai continuar tendo o direito de utilizar a Cannabis com fins medicinais. A garantia foi dada, nesta quarta-feira (3), pelo desembargador federal Cid Marconi Gurgel de Souza, relator do processo movido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a associação no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). O magistrado visitou, ao lado do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), as instalações da Abrace em João Pessoa e conheceu de perto a realidade de famílias e pacientes que dependem do tratamento derivado da planta.

‘Hoje é um dia de muita emoção. A Abrace não vai parar. Participamos da visita com o desembargador Cid Marconi e lá falamos de família, de pessoas que dependem dessa terapia a base de óleos da cannabis, que garante qualidade de vida. Entendendo isso, tivemos a esperança reforçada de que sim, haverá controle e correções, mas a Abrace não vai parar. Eu fico muito sensibilizado com a história de cada família, de cada pai, de cada mãe que entregam um amor incessante a esses filhos que merecem o direito de tomar essa medicação’, destacou Pedro.

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A visita contou ainda com a participação de integrantes da Polícia Federal, da Procuradoria Federal, Defensoria Pública da União e membros da Ordem de Advogados do Brasil (OAB). Pedro ressalta que o encontro fortalece a construção de formas de controle, protocolos e cuidados sanitários para que a entidade continue atuando de forma segura e responsável.

Hoje a Abrace atende 14,5 mil famílias de todo o Brasil. Uma dessas famílias é a do Snides Lima Caldas, pai de Jade Lima Caldas, de 10 anos, portadora da doença de Tay-Sachs. Ele conta que a filha faz uso do óleo CBD 2%, desde janeiro de 2018, oito meses antes de ser revelado o diagnóstico da doença. Na época, os pais de Jade procuram a Abrace por sugestão de amigos, porque ela não dormia bem, acordava várias vezes durante a madrugada e ficava sempre na posição sentada. No terceiro dia de uso do medicamento, Jade passou a dormir normalmente, sem interrupções no sono.

Projeto

Na Câmara dos Deputados, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) voltou a defender a aprovação do Projeto de Lei 399/15 que permite a comercialização no território nacional de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da ‘Cannabis Sativa’, planta conhecida como ‘maconha’. Ele pede que parlamentares tenham sensibilidade para tratar da pauta, que pode impactar na vida de milhares de brasileiros.

Membro da comissão especial da Câmara dos Deputados para regulamentação de medicamentos formulados com Cannabis, Pedro destaca que a substância tem ajudado pessoas que possuem quadro depressivo, convulsões, transtornos pós-traumáticos e diversas outras patologias. ‘A luta tem sido de quem precisa da Cannabis, de famílias que tiveram alívio após algum ente querido usar medicamentos à base da planta, mas precisa ser também do poder público. O assunto precisa ter o alcance de sua importância’, analisa

Fonte: Cariri em ação

Para a Abiquim, a revogação do Reiq causará elevação de impostos e a retração da indústria química brasileira

A Associação Brasileira da Indústria Química reage contra a decisão do governo de publicar a Medida Provisória nº 1.034, que revoga o Regime Especial da Indústria Química (REIQ). A associação considera que a decisão cria uma insegurança jurídica, proporcionando elevação custos dos produtos que poderá levar, segundo informa em um comunicado, uma retração da indústria química brasileira bastante expressiva, em torno de R$ 2,2 bilhões. A associação distribuiu uma nota à imprensa que vamos reproduzir na íntegra:

Veja também: Decisão do STF sobre patentes pode impactar tratamento pós-Covid

‘A Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim foi surpreendida com a publicação da Medida Provisória nº 1.034, 1º de março de 2021, que entre outras ações revoga o Regime Especial da Indústria Química (REIQ).

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Dessa forma, a extinção do REIQ deixa de ser uma ameaça para se tornar realidade. Além da insegurança jurídica, que marca uma repentina mudança regulatória com efeito em elevação de custos no curtíssimo prazo, seu fim representará um aumento de impostos para a cadeia química, elevação dos custos dos produtos que pode gerar retração de demanda da indústria química brasileira da ordem de R$ 2,2 bilhões, e ainda uma piora no quadro geral de competitividade.

O setor químico é altamente estratégico para a indústria nacional e foi considerado atividade essencial pelo Decreto nº 10.329, de 28 de abril de 2020, o que possibilitou manter as operações e o fornecimento de insumos para a produção de itens fundamentais aos serviços de saúde e ao combate à Covid-19, como produtos para tratamento de água, produtos de limpeza, sanitizantes, gases medicinais, descartáveis hospitalares, detergentes/desinfetantes, medicamentos, produtos de higiene pessoal entre tantos outros, poderão ter o seu abastecimento prejudicado com a extinção do REIQ.

A MP nº 1.034 institui crédito presumido da Contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasesp) e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para produtos destinados ao uso em hospitais, clínicas, consultórios médicos e campanhas de vacinação.

Trata-se de uma falsa compensação, pois a indústria química não atende apenas ao segmento farmacêutico, médico hospitalar e sanitizantes; o impacto pode, inclusive, afetar a competitividade do agronegócio brasileiro, uma vez que parte importante do segmento de defensivos agrícolas sente os efeitos, via insumos químicos para sua fabricação, da redução de impostos que o REIQ representa.

Vale ressaltar que o governo estimou o Custo Brasil em um valor de R$ 1,5 trilhão acima dos custos médios para a OECD, e o REIQ nada mais é do que uma medida de mitigação parcial desse custo para o setor petroquímico que, estando no início da cadeia industrial, tem efeito positivo para diversos outros setores, e reduz a diferença tributária entre a indústria química nacional, que paga entre 40% e 45% de imposto sobre o faturamento em relação às concorrentes estrangeiras, que pagam entre 20% e 25% de tributos.

É necessário lembrar que os produtos importados são tributados em valor inferior aos pagos pelos produtos domésticos. A extinção do REIQ ainda tem como efeito a perda de 60 mil a 80 mil postos de trabalho, que podem migrar para outros países. Esses fatores somados devem gerar uma queda na arrecadação de até R$ 500 milhões de reais por ano para o governo. Ou seja, a medida além de trazer prejuízo à indústria química poderá ter efeito indesejado sobre a arrecadação por retração da produção local de químicos e de renda.

Neste momento tão crítico para o Brasil, o auxílio emergencial torna-se fundamental às famílias atingidas pela crise econômica. Nesse sentido, é nosso dever alertar que, para criarmos prosperidade, precisamos das reformas estruturais rapidamente. O fim do REIQ inicia outra crise que afetará a todos.’

Fonte: Brazil Modal

Brasil registra 1.910 mortes em 24 horas e se torna epicentro mundial da pandemia

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O Brasil registrou 1.910 mortos por covid-19 nesta quarta-feira (3), o mais alto número de óbitos oficialmente notificados desde o início do surto, em março passado. O balanço do dia divulgado pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) reafirma o pior momento da pandemia no país.

Já são 259.271 mortos. Em relação ao número de novos casos, foram 71.704 no último período, também um dos dias com mais notificações de novos contaminados. Ao todo, 10.718.630 brasileiros já foram infectados pelo novo coronavírus. E o cenário está se agravando com velocidade.

Hoje, o Brasil é o epicentro da covid-19 no planeta. Enquanto o resto do festeja o recuo nos números de casos e mortes há cerca de seis semanas consecutivas, o Brasil vive desde o fim de novembro a situação oposta.

:: Número de mortes no Brasil pode dobrar até o final de março, alerta Nicolelis ::

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Aglomerações de fim de ano e também no Carnaval contribuíram decisivamente para o descontrole de agora. De acordo com especialistas, a tragédia tende a se manter e até mesmo se ampliar nas próximas duas semanas, pelo menos.

Além do surto de novos casos, sem contar a subnotificação, o país segue testando pouco a população. Esses fatores somados levam entidades e cientistas a afirmarem que a tragédia brasileira é seguramente maior do que mostram os dados oficiais.

Epicentro

Também hoje, um dos maiores epidemiologistas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, falou sobre o Brasil, em entrevista para a GloboNews. ‘É uma situação muito difícil que o Brasil vive. Mesmo com o vírus comum a situação já era difícil com grande disseminação. A melhor saída é vacinar o quanto antes o maior número de brasileiros. Ficaria feliz de conversar com autoridades brasileiras para ajudar, para ver quais possibilidades existem’, disse.

Desde o início do ano, os Estados Unidos reduzem casos e mortes, após a saída de Donald Trump do cargo de presidente. Seu sucessor, o democrata Joe Biden, adotou planos severos de combate ao vírus, como o isolamento social, além de metas ousadas de vacinação.

Com 3 milhões de doses aplicadas por dia, os norte-americanos possuem meta de vacinação de todos os adultos até o fim de maio.

Por sua vez, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, voltou a confirmar sua posição negacionista, ao tentar transferir culpa para a imprensa sobre a maior crise sanitária em mais de um século.

‘Criaram o pânico, né? O problema tá aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do ‘fica em casa’. O pessoal vai morrer de fome, de depressão’, disse, nesta quarta (3).

:: Um ano de covid-19 no Brasil: da gripezinha à tragédia anunciada ::

Genocida

Para o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), são necessárias ações urgentes para tentar evitar uma tragédia ainda maior. Ele critica a postura do governo federal.

‘O Brasil governado pelo genocida passa a ser, a partir de hoje, o país com maior número de novos casos de covid no mundo. Ultrapassamos os EUA, Bolsonaro. Tá feliz? Demoramos 11 meses para chegar a 200 mil mortes confirmadas. Dia 7 de janeiro. Demoramos menos de 50 dias para termos mais 50 mil mortos. Quem não percebeu que estamos em franca expansão da pandemia não vive no Brasil que vivemos’, disse.

‘Ou percebemos a gravidade, ouvimos mais a ciência, os médicos, profissionais de saúde, ou não estamos percebendo a gravidade. Manaus colocou por terra a teoria de que a pandemia seria controlada pela imunidade de rebanho. Ouvimos isso demais. Temos todos os estados com pressão sobre o sistema de saúde’, completou o parlamentar, que é médico e ex-ministro da Saúde.

Agravamento

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na última terça-feira (2) um boletim que evidencia o mais grave momento da pandemia até então, com tendência de piora do quadro em todo o território nacional.

‘Pela primeira vez desde o início da pandemia, verifica-se em todo o país o agravamento simultâneo de diversos indicadores, como o crescimento do número de casos e de óbitos, a manutenção de níveis altos de incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), a alta positividade de testes e a sobrecarga dos hospitais. No momento, 19 unidades da Federação apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%’, afirma.

Vacinação

O Brasil segue com um futuro incerto sobre o avanço na velocidade da vacinação contra a covid. O dia foi repleto de notícias trágicas sobre a covid-19 por todo o país.

Em Santa Catarina, mais de 250 pessoas aguardam um leito de UTI, com o sistema de Saúde em colapso; ao menos 35 pessoas morreram no estado sem atendimento médico.

Em Rondônia, 100% dos leitos ocupados há 37 dias e um aumento de 86% no número de sepultamentos em fevereiro, em comparação com janeiro.

Em Porto Alegre, mais de uma semana de colapso e câmaras frigoríficas ao lado de hospitais para abrigar corpos que se amontoam. E isso em bairros nobres, como o Moinhos de Vento.

São esperadas 400 mil doses da vacina russa Sputnik V em março. A cidade de São Paulo, por meio da prefeitura municipal, negocia 5 milhões de doses da vacina da Jansen (Johnson & Johnson), que tem eficácia comprovada e é aplicada em apenas uma dose. As iniciativas locais e a pressão da sociedade forçaram o governo a abrir negociação de mais imunizantes.

Veja também:  https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/prati-donaduzzi-reforca-area-de-medicamentos-especiais-e-de-prescricao/

O ministério da Saúde anunciou acordo para a compra de 100 milhões de doses da Pfizer que devem ser entregues ao longo do ano. O contrato está em redação. É a única vacina com registro definitivo na Anvisa.

Também existem negociações em andamento sobre as vacinas da Jansen. “Com 7 meses de atraso, governo federal, enfim, decide comprar vacinas da Pfizer. Um dia após a Câmara aprovar projeto que autoriza compra direta por estados e municípios. Coincidência? Nada disso. Bolsonaro funciona na base da pressão!”, disse o deputado federal José Guimarães (PT-CE).

Fonte: Brasil de Fato

Decisão do STF sobre patentes pode impactar tratamento pós-Covid

A análise que o STF (Supremo Tribunal Federal) fará em breve sobre as regras de patentes no Brasil poderá afetar toda a propriedade sobre invenções de produtos e ter como consequência o barateamento de alguns tratamentos médicos e a possibilidade de desenvolvimento de genéricos.

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Há consequências até para pacientes que tiveram covid-19, já que a lista de remédios que podem ter a patente quebrada com a revisão inclui o princípio ativo rivaroxabana, um dos anticoagulantes que vêm sendo prescritos a pacientes que tiveram alta para evitar coágulos que causem tromboses ou derrames. O remédios é um dos vários que são alvo de estudos desde o início da pandemia.

A análise a ser feita em breve pelo STF é sobre uma ação direta de inconstitucionalidade que questiona as regras de patentes no país, que acabam permitindo um prazo indeterminado até que elas possam ser quebradas. O julgamento foi marcado para maio, mas uma decisão provisória pode ser dada a qualquer momento. Isso porque o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao ministro Dias Toffoli, relator do tema, uma tutela provisória de urgência na ação, que fo ajuizada pela própria Procuradoria-Geral da República, em 2016.

As regras de patente questionadas estão previstas na Lei de Propriedade Industrial, de 1996. O texto prevê 20 anos para que uma patente de invenção seja quebrada. Somente após esse período, outra empresa estaria liberada a produzir e comercializar o mesmo item. A lei prevê também 15 anos para patente de ‘modelo de utilidade’ – quando o produto tem uma melhoria funcional, mas não é 100% novo.

No entanto, o mesmo artigo determina que o prazo começa a contar da data de concessão da patente pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Muitas vezes isso demora para acontecer, e, enquanto isso, as empresas já podem explorar comercialmente suas invenções.

Apenas em relação a medicamentos, 74 produtos já teriam tido sua patente quebrada se não fosse pela confusão jurídica trazida pela lei, segundo números divulgados pela PGR.

Alguns deles são remédios de alto custo, produto para o tratamento de câncer que na internet é achado por valores entre R$ 25 mil e R$ 30 mil. Em outros casos, a extensão além do prazo máximo de patente é o que chama mais a atenção. O princípio insulin gluisine, por exemplo, terá sua patente estendida por 99 meses – mais de oito anos além do previsto na mesma lei.

Covid-19

A rivaroxabana é um dos anticoagulantes que vêm sendo receitados para alguns pacientes recuperados da covid-19 para reduzir risco de trombose, derrames e ataques cardíacos. Órgãos como o Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo) consideram em seus informes a possibilidade da prescrição do medicamento.

Segundo o Grupo FarmaBrasil, entidade que representa 12 laboratórios brasileiros, a patente venceu em pelo menos 18 países no ano passado, como Argentina, Índia, China, e Israel. No Brasil a patente do medicamento vale até 2023, e ele é encontrado por valor médio de R$ 230 (caixa com 28 unidades). A expectativa é o valor desse e de outros remédios possa cair, quando houver concorrência.

Outros medicamentos em teste contra a covid-19 também estão na lista de patentes que poderiam ser quebradas, caso do antiviral favipiravir, produzido por um laboratório japonês. Há ainda fórmulas para o tratamento do HIV, artrite reumatoide, diabetes, hepatite e outras doenças. Entre os 74 medicamentos da lista, 20 são para tratamento contra o câncer.

Segundo Reginaldo Arcuri, presidente do grupo FarmaBrasil, a possível decisão pela inconstitucionalidade desse artigo sobre patentes traz vantagens para o mercado de fármacos, para os pacientes e também para o poder público. Isso porque as compras públicas de medicamentos acabam saindo mais caras por conta de patentes em vigor indevidamente, defende.

Um estudo do TCU (Tribunal de Contas da União) já constatou que o governo federal poderia ter economizado R$ 1 bilhão em compras de 11 remédios entre 2010 e 2019 caso patentes tivessem sido quebradas após os prazos previstos na legislação.

Arcuri valia que os benefícios da decisão pela inconstitucionalidade se mostram ainda mais urgentes no cenário da pandemia. E que as brechas existentes hoje na legislação fazem até empresas postergarem seus pedidos de registro ao Inpi, às vezes fazendo alegações como atraso para traduzir documentos.

Com a patente valendo no período certo, os demais laboratórios depois “poderão exercer o direito de concorrer, de produzir. A sociedade ganha com isso. Quanto mais gente produz, inova, melhor para a sociedade”, afirma o presidente da FarmaBrasil.

Fonte: Alagoas Alerta

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

Saiba mais sobre projeto de lei que cria regras e incentiva startups, aprovado pelo Senado

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O Senado aprovou na última semana, por unanimidade, o Marco Legal das Startups (Projeto de Lei Complementar 146/19). A proposta que traz regras e incentivos a essas empresas volta à Câmara dos Deputados, onde foi aprovada no fim do ano passado, já que os senadores alteraram o texto original.

O Marco aprovado pelos senadores pretende criar um ambiente de negócios mais favorável às empresas que vivem de inovação. Antes de mais nada, o projeto de lei estabelece o que são as startups. Segundo o texto, são as empresas, nascentes ou em operação recente, cuja atuação se caracteriza pela inovação aplicada a modelos de negócios ou a produtos ou serviços ofertados.

De acordo com a Lei Complementar, para se enquadrar como startup, a empresa deve ter receita bruta de até R$ 16 milhões por ano, além de estar inscrita no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) há menos de dez anos.

Em entrevista ao Brasil61.com, o senador Jorginho Mello (PL/SC) afirmou que a aprovação do projeto de lei é fundamental para trazer diversidade à atividade econômica do País.

‘O Brasil precisa abrir o leque de oportunidades para não ficar centrado em poucas atividades. Precisamos, através das startups, que inovam, que trazem tecnologia, ser mais criativos para enfrentar as dificuldades que se avizinham. É uma forma de poder incrementar diversas atividades que vão se somar à cadeia produtiva do nosso País’, avalia.

Marco Legal das Startups deve atrair mais investidores, avaliam defensores do projeto de lei

Projeto

Um dos pontos mais importantes do texto, para especialistas, permite que as startups recebam dinheiro de investidores sem que esses tenham que participar da gestão ou de qualquer decisão no negócio. Tanto pessoas físicas quanto jurídicas são potenciais investidores, segundo o texto. Com o objetivo de dar mais segurança e incentivar os aportes nas startups, a proposta afirma que os investidores não vão ter que responder por qualquer dívida da empresa, mantendo o seu patrimônio protegido.

Amanda Caroline, advogada especialista em Direito Empresarial da empresa Rodrigo Nunes Advocacia, destaca que o projeto de lei acerta ao conferir proteção ao patrimônio dos investidores. ‘Um dos aspectos principais é que no caso de desconsideração da personalidade jurídica, que é uma forma de perquirir bens, o patrimônio da empresa não será afetado. Isso confere maior segurança jurídica e atrai mais investidores’, avalia.

Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Micro e Pequenas Empresas, o senador Jorginho Mello (PL/SC) afirma que o Marco Legal ajuda a destravar o empreendedorismo e impacta a economia brasileira.

‘A proposta do Marco Legal é fundamental também para a retomada da economia brasileiro neste momento delicado que estamos passando. Precisamos facilitar o empreendedor, ajudá-lo a inovar para que assim possamos encontrar uma saída viável que ajude nossa retomada econômica’, acredita.

Administração Pública

O Projeto de Lei Complementar também regula a contratação de startups pela administração pública por meio de regras específicas de licitação. Assim, o poder público vai poder ofertar determinadas licitações apenas para startups. A condição para isso é que estejam sendo procuradas soluções inovadoras. A depender do edital, mais de uma empresa vai poder ser contratada. O custo máximo que a administração vai poder pagar é de R$ 1,6 milhão por contrato.

Além disso, o poder público poderá contratar pessoas físicas ou jurídicas para o teste de soluções inovadoras, mesmo que haja chance de o empreendimento não dar certo, o chamado risco tecnológico. Os parlamentares também aprovaram uma medida que garante que a administração pública vai pagar o serviço à startup vencedora antes da entrega, de modo que ela tenha condições de iniciar os trabalhos.

Sandbox e Compra de Ações

O Marco possibilita a criação de um sistema, o Sandbox Regulatório, que dá mais liberdade às empresas de inovação. Na prática, agências de regulação, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), vão poder suspender, temporariamente, determinadas normas exigidas das empresas que atuam no setor.

Em tese, isso facilitaria o trabalho experimental das startups. Os critérios de duração e alcance da suspensão das normas, bem como as regras flexibilizadas serão de responsabilidade dos órgãos públicos e das agências reguladoras.

O relator do projeto no Senado, Carlos Portinho (PL/RJ), retirou do texto o dispositivo denominado ‘stock options’. Por meio dele, os funcionários da startup poderiam usar a chamada opção de compra de ações. Assim, uma pessoa poderia trabalhar recebendo um salário efetivo menor e, no futuro, ganhar um complemento em ações. Segundo ele, esse assunto deve ser tratado em outro projeto, específico para esse fim.

Startups no Brasil

O Brasil tem 13.378 startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). Há dez anos, eram apenas 600, o que significa um crescimento superior a 2.000% em uma década. O conceito do que é uma startup, que foi inclusive, definido no marco legal, não é um consenso. A depender da fonte, pode variar.

No entanto, há consenso de que esse tipo de empresa está revolucionando o mercado brasileiro. É o que ressalta André Lago, Head de Empreendedorismo do Centro Universitário IESB.

‘As startups estão sempre quebrando o status quo, mudando o mercado. O que é uma regra hoje, uma startup vai mudar, o que vai fazer com que o mercado avance e crie novas oportunidades de modelos de negócios. São empresas revolucionárias.’

Fonte: Agência do Rádio

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/startup-americana-de-canabinoides-investe-no-mercado-brasileiro/

Natura e a Avon entre as empresas mais éticas do mundo, segundo Ethisphere Institute

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A Natura e a Avon foram reconhecidas entre as empresas mais éticas do mundo em 2021 pelo Ethisphere Institute, líder global na definição de padrões para práticas éticas nos negócios. Única brasileira na lista de 130 empresas globais, a Natura é destaque pela 11ª vez na categoria Saúde & Beleza. A Avon integra a lista pela primeira vez. Desde janeiro de 2020, Avon faz parte do grupo Natura &Co, do qual também fazem parte The Body Shop e Aesop.

“O ano de 2020 nos desafiou de diversas formas, mas os nossos propósitos nos mostraram o caminho da cooperação para superarmos um momento tão difícil como o atual. Nos guiamos por nossa essência e priorizamos o cuidado com as pessoas em toda a nossa rede de relações, sempre comprometidos com os mais altos padrões de ética e governança”, disse João Paulo Ferreira, CEO de Natura &Co América Latina, unidade de negócios que reúne as quatro marcas do grupo na região. “É uma grande alegria contar com Natura pela 11º vez no ranking de empresas mais éticas e, também, ter Avon no mesmo levantamento – a primeira vez de muitas que ainda virão”, ressaltou o executivo.

‘Ao enfrentar os difíceis desafios de 2020, as empresas listadas no ranking lideraram com resiliência, além de compromisso com a ética e a integridade’, afirma Timothy Erblich, CEO da Ethisphere. ‘Com isso, a Natura continua a demonstrar um compromisso de impactar positivamente as comunidades de sua rede’, concluiu.

A metodologia é realizada com base no Ethisphere Quotient®, processo de avaliação que inclui mais de 200 perguntas sobre cultura, práticas ambientais e sociais, atividades de ética e conformidade, governança, diversidade e iniciativas para apoiar uma forte cadeia de valor. O processo funciona como uma estrutura operacional para capturar e codificar as principais práticas de organizações em todos os setores e em todo o mundo. Neste ano, o processo foi expandido para avaliar como as organizações estão se adaptando e respondendo à pandemia de Covid-19, além de fatores ambientais, sociais e de governança, segurança, equidade e inclusão e justiça social.

Fonte: Acontece

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/04/natura-e-a-avon-entre-as-empresas-mais-eticas-do-mundo-segundo-ethisphere-institute/

Polícia Civil prende técnico de enfermagem que falsificava assinatura de médicos para adquirir remédios controlados

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Um técnico de enfermagem suspeito de falsificar assinatura médica e carimbo de receituário controlado foi preso pela Polícia Civil, na tarde de terça-feira (02.03) em trabalho da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). Além da prisão, a ação resultou na apreensão de grande quantidade de medicamentos.

O suspeito de 35 anos é funcionário de em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos e foi autuado em flagrante por crimes contra a fé pública, de uso de documento falso e falsificação de documento particular.

As investigações iniciaram após várias ocorrências registradas por médicos que tiveram seus números do Conselho Regional de Medicina (CRM) utilizados em pedidos de exames e receitas de medicação controlada, utilizados de forma irregular.

Durante as diligências para apurar os fatos, os policiais da Derf Rondonópolis identificaram o envolvimento do técnico de saúde nas ocorrências. Na tarde de terça-feira (02) os investigadores da Derf-Rondonópolis receberam informações de que o investigado estava em um Posto de Serviço Público (PSF), no bairro Jardim Sumaré, para revalidar algumas receitas médicas.

De imediato, a equipe foi até o local onde abordaram o técnico de enfermagem com uma bolsa contendo receituários de remédios controlados, pedidos de exames e encaminhamentos médicos todos em branco, pertencentes à Secretaria Municipal de Saúde, além de várias receitas e xerox de documentos de diferentes pessoas.

Diante das evidências, o suspeito foi conduzido à Derf-Rondonópolis para esclarecimentos. Na delegacia foi encontrado um carimbo de CRM com o nome de um médico, o qual havia registrado boletim de ocorrência, no dia 15 de fevereiro, informando a falsificação de sua assinatura e carimbo em receitas de medicamentos de remédios controlados. Na ocasião, a vítima relatou que recebeu informação de uma farmácia de que seu nome e assinatura para compra de remédios controlados.

Em continuidade ao trabalho, os policiais civis foram até a casa do técnico de enfermagem, e no endereço encontraram mais receituários. atestados médicos, receitas em branco, um carimbo de CRM, além de grande quantidade de remédios diversos.

Entre os itens apreendidos estavam caixas de Clorpromaz; de Halo; de Cinetol; de Cloridrato de Lidocaína; de Cloridrato de Metformina; de Cloridrato de Fluoxetina; de Maleato de Enalapril; de Acetato de Medroxiprogesterona; de Cloridrato de Amitriptilina; de Carbamazepina; de Omoprel; de Fenitoína; de Cloridrato de Amitrip; soros fisiológico; esparadrapos; diversas cartelas de comprimidos; muitas ampolas de Dipirona Sódica; de Diclofenaco Potássico. de Butilbrometo; de Escopolamina; entre outras substâncias; frascos de Acebrofilina; de Cloridrato de Ambroxol; de Acetazona; de Clonazepam; pomadas de Labcaína; pacotes de atadura; ampolas de Oprazon; de Água Bacteriostática; estetoscópio; luvas; etc.

Todo o material foi apreendido e encaminhado para delegacia. De acordo com o delegado titular da Derf Rondonópolis, Santiago Rozendo Sanches e Silva, as investigações continuam e se for comprovado que os medicamentos apreendidos na casa do suspeito são de propriedade do Poder Público, o suspeito responderá também por crime de peculato.

‘As investigações continuam, pois existe a suspeita de que o profissional de saúde venha cometendo este crime de forma reiterada, podendo estar envolvido em ocorrências registradas desde 2019’, disse o delegado.

Fonte: A Folha News

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/tecnica-de-enfermagem-que-aplicou-vacina-de-vento-em-niteroi-e-indiciada-pela-policia-civil/

BH manifesta interesse em participar de consórcio para compra de vacinas

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A prefeitura de Belo Horizonte manifestou, nesta segunda-feira (1°), interesse em participar do consórcio entre municípios brasileiros para compra de vacinas contra a Covid-19. Outras 11 cidades mineiras também se mostraram favoráveis à geração da iniciativa organizada pela Frente Pátrio de Prefeitos (FNP). Ao todo, centena prefeituras em todo Brasil devem participar do consórcio, que prevê também a compra de equipamentos, medicamentos e insumos.

Na última semana, o Supremo Tribunal Federalista (STF) autorizou Estados e municípios a comprar e a partilhar vacinas contra o coronavírus caso o governo federalista não cumpra o Projecto Pátrio de Imunização (PNI) ou caso as doses previstas sejam insuficientes.

De entendimento com o presidente da FNP, Jonas Donizette, o consórcio trabalhará ‘com todas vacinas disponíveis’ que não estiverem no escopo do Ministério da Saúde, mas que possuam aprovação para utilização na Anvisa ou em organismos internacionais. Nos próximos dias, a entidade adiantou que visitará a fábrica da União Química, em Guarulhos, em São Paulo. A empresa é a responsável pela produção da vacina russa Sputnik-V.

‘Vamos comprar um maior número provável de vacinas. Se nós conseguirmos recursos do Governo Federalista, colocaremos todas as vacinas no projecto pátrio. É isso que foi dito, e vamos colocar isso agora à prova. Se não conseguirmos, vamos partilhar de pacto com a prestação de cada município’, pontuou.

O prazo para que os prefeitos manifestem interesse no consórcio é até a próxima sexta-feira (6). A previsão é que o projeto seja constituído e instalado até 22 de março. de espera é necessário, porque no final desta semana a federação enviará uma minuta para que um Projeto de Lei seja ratificado pelos vereadores de cada cidade. Os municípios terão 15 dias para subscrever o projeto nas Câmaras Municipais. “Para participar, além do interesse do prefeito, é preciso uma aprovação pelas câmaras municipais. A teoria não é concorrer com o Governo Federalista, mas prefeitos não podem permanecer esperando de braços cruzados diante da inércia. Isso é importante, porque os municípios estão sufocados”, explicou.

“Queremos que o governo vá detrás de todas as vacinas. O que não pode é os prefeitos ficarem de braços cruzados. Superamos o debate se a vacina faz mal ou não. A população quer se vacinar. Em sua ampla maioria, a população sabe que a vacinação é a solução para o problema”, acrescentou Donizette.

Segundo o presidente da entidade, além da possibilidade de financiamento federalista e da cotização entre municípios, a FNP trabalha com a possibilidade de empréstimos com organizações internacionais ou até mesmo com a colaboração da iniciativa privada brasileira. Segundo Donizette, a empresária Luiza Trajano, Presidente de Recomendação Administrativo do Magazine Luiza, já se mostrou disponível.

‘Temos a termo do Ministro de que não faltaria quantia para a compra de vacinas. Se conseguirmos os recursos do governo federalista, todas vão para o Programa Pátrio de Imunização (PNI). Se não, os municípios que entrarem com prestação de participação receberão doses proporcionais ao investimento que fizeram”, afirmou.

A FNP reúne 412 cidades com mais de 80 milénio habitantes, o que representa todas as capitais e 61% da população. Entretanto, a revelação de interesse ao consórcio está ensejo aos 5.645 municípios brasileiros. Não haverá custos de adesão, sendo que os gastos para legitimar a formação da associação serão custeados pela frente de prefeitos. ‘O objetivo principal é a vacina, mas também estamos para medicamentos e insumos necessários na pandemia’, defende Donizette.

Procurada, a prefeitura de Belo Horizonte não informou quanto pretende disponibilizar para o consórcio e nem quantas vacinas irá comprar.

Pressão

Diante do agravamento da pandemia da Covid-19 no Brasil, que vive o pior momento da crise sanitária desde o surgimento da doença, o Juízo Pátrio de Secretários de Saúde (Conass) recomendou, nesta segunda-feira (1°), a adoção de medidas drásticas e urgentes contra o iminente colapso das redes pública e privada de saúde porquê ocorreu em Manaus no início do ano. Em Minas Gerais, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a lotação dos leitos hospitalares está em 74,57%, mas, em algumas regiões, há poucas vagas disponíveis para atender os pacientes. Na macrorregião Triângulo do Sul 100% dos leitos preenchidos. A situação do Triângulo do Setentrião, Meio e Leste do Sul também é preocupante. Nestes locais, a taxa de ocupação está em 86,15%, 81,35% e 80,49%, respectivamente.

O toque de recolher quotidiano das 20h até as 6h é uma das ações recomendadas pelo Juízo para evitar que pacientes morram sem atendimento médico. Aliás, os especialistas listaram que também é preciso fechar praias, bares e adotar barreiras sanitárias, com interdição dos aeroportos e do transporte interestadual. Indicam, também, a adoção do trabalho remoto sempre que provável e ações eficazes para reduzir a superlotação dentro dos ônibus. Shows, congressos, atividades religiosas e esportivas também devem ser proibidas em todo o território pátrio.

As orientações foi assinada pelo presidente do Conass, Carlos Lula. O secretário estadual de saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, é o vice-presidente do recomendação.

O presidente da FNP, Jonas Donizette, destacou que a orientação aos prefeitos diante do aumento do número de casos é “lançarem mão de todos os instrumentos que têm para evitar a situação dramática de ter de escolher entre quem vai viver ou morrer”.

Para o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Dirceu Helênico, a solicitação não tem caráter de obrigação aos Estados e ao Ministério da Saúde, mas é um alerta a ser considerado. “É mais uma pressão. Os secretários estão despertando para a seriedade do problema, eles têm papel de atuação para mudar as medidas de enfrentamento à pandemia. Essas medidas são uma estudo universal, mas cada cidade tem sua peculiaridade. Belo Horizonte mesmo está muito cuidada, só que temos locais em que a situação está descontrolada. Está na hora de cada um, cada Estado, tomar conta”, avalia.

Questionada sobre a adoção de medidas mais restritivas em Minas Gerais, a Secretária de Estado de Saúde informou que cenário não é o mesmo em todo o estado e citou o programa Minas Consciente, que orienta quais medidas devem ser tomadas de combinação com a vaga em que a cidade se encontra. No momento, oito macrorregiões estão na vaga mais restritiva, a vermelha. Nenhuma macrorregião mineira se encontra na vaga verdejante do projecto, a mais maleável.

Ainda segundo a pasta, o governo tem escoltado, ininterruptamente, o cenário da ocupação de leitos no Estado. Até a manhã desta segunda-feira (1º), em todo o estado, havia 1.031 leitos de UTI disponíveis, o que representa 25,23% do totalidade de vagas. “Uma das ações do Governo de Minas Gerais é prometer a todos os pacientes a assistência médica adequada, porquê ocorre nas regiões do Triângulo Setentrião e Noroeste. Desde o dia 5 de fevereiro, foram realizadas 99 transferências da macrorregional Triângulo do Setentrião para outras macrorregionais do estado e 28 foram feitas fora da macrorregional Noroeste”, informou em nota.

Hoje, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decidiu também não assinar mais uma epístola escrita por chefes dos Executivos estaduais contra publicações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre ações em relação à pandemia da Covid-19. O texto foi redigido por 18 governadores – o mineiro é o único da região Sudeste a não participar.

Eles criticam o indumentária de o governo federalista publicar nas redes sociais repasses de bilhões de reais da União aos Estados para o combate ao vírus. No entanto, grande secção dessas verbas devem ser destinadas às Unidades Federativas (UFs) obrigatoriamente por se tratar de previsões constitucionais e não verbas extras para o enfrentamento individual à pandemia.

Para o grupo, o governo federalista utilizou instrumentos de informação solene, custeados por moeda público, para produzir informação ‘distorcida, gerar interpretações equivocadas e hostilizar governos locais’. ‘Em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o governo federalista parece priorizar a geração de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o esgotamento da cooperação federativa importante aos interesses da população’, diz trecho da epístola dos chefes dos Estados.

Questionada pelo motivo de Zema não assinar a epístola, a assessoria de prelo do governo de Minas disse que ele ‘acredita que o momento é de união em torno de soluções no combate à pandemia, com a aceleração do processo de vacinação e o financiamento dos leitos de UTI’.

Ainda segundo a nota, o governador entende que ‘embates políticos devem permanecer em segundo projecto, com foco na solução de problemas’. Não é a primeira vez que o mineiro deixa de assinar cartas contrárias ao governo Bolsonaro, isso no prelúdios já causou, inclusive, o desconforto entre outros chefes do Executivo.

O documento desta segunda-feira foi assinado até mesmo por aliados de Bolsonaro. Entre eles, os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e o governador interino do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC)

Fonte: Santa Luzia Net

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/24/prefeitos-formarao-consorcio-para-comprar-vacinas-contra-a-covid-19/

Pfizer ainda não confirma venda de vacinas ao Brasil

Embora Eduardo Pazuello tenha dito a prefeitos que vai comprar vacinas contra a Covid-19 da Pfizer – e o Ministério da Saúde tenha confirmado a informação há pouco -, a empresa ainda não foi informada oficialmente da decisão do governo brasileiro.

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Representantes da Pfizer foram chamados para uma reunião com a equipe de Pazuello na tarde de hoje às pressas, as conversas avançaram, mas O Antagonista apurou que o acordo ainda não foi fechado.

Inicialmente, como registramos ontem, havia uma reunião entre a Pfizer e o Ministério da Saúde agendada para sexta-feira (5).

Como noticiamos na semana passada, depois de o governo Bolsonaro ter recusado uma proposta de 70 milhões de doses, a farmacêutica americana aumentou a oferta para 100 milhões, que seriam entregues até dezembro de 2021 – o primeiro lote, com 9 milhões de doses, chegaria ao Brasil somente em junho.

A vacina da Pfizer já obteve o registro de uso definitivo pela Anvisa, mas, em meio a tantos impasses, o país foi ficando para trás na fila de entrega de lotes.

Fonte:

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/02/18/basf-cria-plataforma-para-pequenas-farmaceuticas/

Médica faz alerta sobre máscara M85: ‘Não é segura contra a Covid-19’

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Um novo modelo de máscara, feito de vinil transparente e comercializado em sites brasileiros com o nome de M85, tem chamado atenção das pessoas com a promessa de fazer uma barreira contra o novo coronavírus sem interferir na aparência física. Mas atenção, os infectologistas garantem que ela não é eficiente para evitar a transmissão viral porque não veda no rosto.

‘Não adianta ter conforto ou ser bonita, se não é segura. A proteção é o mais importante. A gente está em um momento (da pandemia) tão crítico quanto estivemos no ano passado e a tendência é que piore ainda mais’, afirma a infectologista Ana Helena Germoglio, médica do Hospital Águas Claras.

Em uma busca na internet, é possível encontrar versões do modelo descritas como ‘lavável e ajustável com design inovador e clean’. O fabricante de uma delas informa ainda que o utensílio previne a ‘recepção de gotículas e sua proliferação também, tornando sua respiração muito mais tranquila’.

No entanto, assim como o face shield, que é um protetor facial, a M85 não veda as laterais, o que permite a entrada e saída de gotículas aerossóis contaminadas com o vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

‘Ela nem deveria ser chamado de máscara. Nada mais é do que um protetor facial’, dispara a infectologista. ‘Funciona como uma barreira para as partículas que são imediatamente expelidas, mas não para as gotículas que ficam suspensas no ar saem ou entram pela lateral’, explica Ana Helena.

‘Além de ser uma barreira mecânica, ela precisa ser bem vedada para garantir a proteção tanto para quem está usando, quanto para quem está do outro lado’, completa.

Estudos publicados ao longo da pandemia mostram que protetores faciais não funcionam sozinhos e que precisam de uma máscara de tecido ou cirúrgica por baixo.

Confusão com o nome

Uma das máscaras consideradas mais seguras na prevenção à Covid-19 é a N95. O modelo é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e leva este nome porque filtra 95% das partículas de ar. O uso da N95 é recomendado para o ambiente hospitalar, em especial para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) o risco de contaminação é maior.

A infectologista acredita que o nome do novo modelo (M85) pode levar à confusão e dúvida, já que reproduz o nome de um equipamento de segurança hospitalar.

Fonte: Metrópoles

Veja também: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/01/projeto-de-lei-quer-acabar-com-uso-obrigatorio-de-mascaras-no-pais/