Fique por dentro dos principais FATOS e TENDÊNCIAS que movimentam o setor

Grupo farmacêutico latino-americano Biotoscana anuncia IPO na bolsa

0

 

Com sede em Luxemburgo, a Biotoscana Investments, seu nome oficial, se apresenta como maior grupo integrado latino-americano do setor.

Por Aluísio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – O grupo farmacêutico Biotoscana Investments protocolou nesta quarta-feira pedido de registro para realizar uma oferta inicial de recibos de ações (BDRs) na B3.

Com sede em Luxemburgo, a Biotoscana Investments, seu nome oficial, se apresenta como maior grupo integrado latino-americano do setor, com operações no Brasil, Argentina, Colômbia, Bolívia, Chile, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai. O escritório de relações com investidores está sediado em São Paulo.

A companhia, que surgiu em 2011 e resultou da fusão das empresas Biotoscana, United Medical e LKM, produz medicamentos para doenças infecciosas ou raras, oncologia e oncohematologia, tratamentos especiais, imunologia e inflamações.

A empresa é dona de marcas como Ambisome, Sovaldi, Vidaza, Tracleer, Opsumit, Abraxane, Zyvalix, Telavir e Ladevina. A Biotoscana tem um centro farmacológico e de pesquisa clínica na Argentina, onde também há duas unidades de produção.

Segundo o prospecto preliminar da oferta, a empresa teve receita líquida de 794,5 milhões de reais em 2016, alta de 42 por cento sobre o ano anterior. No período, a empresa passou de prejuízo de 12 milhões para lucro de 47 milhões de reais.

A operação envolve a venda de um lote primário (papéis novos) e secundário (ativos detidos por atuais sócios) e será coordenada por JPMorgan, Itaú BBA e BTG Pactual.

Os BDRs vendidos na oferta serão recibos de ações da companhia negociadas no segmento Euro MTF da Bolsa de Valores de Luxemburgo.

Segundo a empresa, os recursos a serem obtidos com a oferta primária serão usados para quitação parcial de empréstimo com o Bancolombia e resgate dos certificados de ações.

O fundo Advent Cartagena, a Biotoscana Secondary Investment, e fundos Essex Woodlands, além dos investidores pessoa física Robert Friedlander e Roberto Luiz Guttman são vendedores na oferta secundária.

O pedido de registro acontece no mesmo dia em que a XP Investimentos também pediu aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de units.

Fonte: InfoMoney – SP

Lucro da Ultrapar cai 5% no 1º trimestre, para R$ 370,3 milhões

0

O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação caiu 8 por cento ano a ano, para 973,1 milhões de reais.

SÃO PAULO (Reuters) – A Ultrapar teve quedas na receita e no lucro do primeiro trimestre, diante de menores vendas de combustíveis na rede de postos Ipiranga, seu principal braço de negócios.

O grupo, cujas atividades incluem também produtos químicos, armazenagem de granéis líquidos e uma rede de farmácias, afirmou nesta quarta-feira que seu lucro líquido no período somou 370,3 milhões de reais, queda de 5 por cento ante mesma etapa de 2016.

O recuo refletiu principalmente o declínio das vendas de combustíveis da Ipiranga, que responde por 85 por cento da receita líquida total, que caiu 4 por cento contra o primeiro trimestre do ano passado, a 18,7 bilhões de reais.

“Neste início de ano, a atividade econômica continuou apresentando desempenho negativo em relação ao ano anterior”, afirmou a companhia em seu relatório.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 8 por cento ano a ano, para 973 milhões de reais.

A Oxiteno, unidade de produtos químicos, também teve queda de 9 por cento na receita líquida, a 912 milhões de reais.

Os fracos desempenhos de Ipiranga e Oxiteno foram parcialmente compensados por aumento nas vendas das demais subsidiárias, como a Ultragaz, cuja receita líquida subiu 10 por cento no comparativo anual, para 1,35 bilhão de reais.

Já a receita da Ultracargo, de armazenagem de granéis líquidos, somou 101 milhões de reais, aumento de 24 por cento ano a ano. E a rede de drogarias Extrafarma viu seu faturamento bruto evoluir 28 por cento, para 476 milhões de reais.

A Ultrapar afirmou ter investido 485 milhões de reais entre janeiro e março, 63 por cento a mais que um ano antes, mas queda de 34 por cento na medição sequencial.

(Por Aluísio Alves)

(Ultrapar)

 

Fonte:  InfoMoney – SP

Imagina ter um câncer diagnosticado pelo cheiro? Isso não está longe de acontecer

0

Vendado, você reconheceria o cheiro da sua mãe, de um amante, ou um colega de trabalho? Não estamos falando do cheiro do perfume, nem dos detergentes que usam para lavar roupa, mas do cheiro das pessoas mesmo.

Cada um de nós tem um odor próprio, composto por milhares de compostos orgânicos. Pelo cheiro, essas moléculas revelam idade, genética, estilo de vida, cidade de origem – até mesmo processos metabólicos que indicam nosso estado de saúde.

Os gregos antigos e os praticantes da medicina tradicional chinesa utilizavam o cheiro do paciente para fazer diagnósticos. A pesquisa moderna também confirma que o cheiro da pele, do hálito e dos fluidos corporais de um indivíduo podem indicar doenças.

O hálito dos diabéticos muitas vezes tem cheiro de maçã podre, relatam os especialistas; a pele de pacientes com febre tifoide tem cheiro de pão assado.

Contudo, nem todo médico pode considerar seu nariz um instrumento de precisão, e os cães, embora sejam capazes de sentir o cheiro do câncer, se distraem com facilidade. Por isso, os pesquisadores têm tentado há décadas encontrar uma forma de construir um sensor de odores barato para realizar diagnósticos rápidos, confiáveis e não invasivos.

A área finalmente parece estar prestes a ser bem-sucedida.

Agora estamos presenciando uma convergência de tecnologias, de forma que podemos realizar estudos clínicos de amplo alcance para obter dados que provem que a análise de odores é realmente útil”

Billy Boyle, cofundador e presidente de operações da Owlstone, fabricante de sensores químicos na Inglaterra

Boyle, que é engenheiro eletrônico, criou a empresa com dois amigos em 2004 para desenvolver sensores capazes de detectar armas químicas e explosivos para clientes como o governo dos EUA. Contudo, quando a namorada e, depois, esposa de Boyle, Kate Gross, foi diagnosticada com câncer de cólon em 2012, seu foco passou a ser os sensores médicos, com ênfase na detecção do câncer.

Gross morreu no fim de 2014. Boyle conta que continua se sentindo “muito motivado” pela ideia de que ela poderia ainda estar viva se o câncer tivesse sido identificado antes.

Thinkstock

A Owlstone levantou US$23,5 milhões em investimentos para colocar sua tecnologia de análise de odores à disposição dos médicos. Mais do que isso, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido está financiando um estudo clínico com três mil pessoas para testar a capacidade do sensor de diagnosticar o câncer de pulmão.

O sensor é um chip de silício com diversas outras camadas de metal e pequenos eletrodos de ouro. Embora, a primeira vista, se pareça com o cartão SIM do seu telefone celular, ele funciona como um filtro químico.

As moléculas em uma amostra de odor primeiro são ionizadas – recebem uma carga – e, em seguida, uma corrente elétrica é utilizada para mover apenas as substâncias químicas de interesse para o diagnóstico por meio dos canais desenhados no chip, onde podem ser detectadas.

“Você pode programar que tipos de odores quer destacar, fazendo pequenas mudanças no software. Podemos utilizar o aparelho para nossos próprios estudos a respeito do câncer colorretal, mas ele também pode ser utilizado por nossos parceiros para procurar outras coisas, como a síndrome do intestino irritado”, afirmou Boyle.

Getty Images/iStockphoto

Câncer pelo cheiro da urina

A empresa está realizando um estudo com 1.400 pessoas, em colaboração com a Universidade de Warwick, para detectar o câncer de cólon a partir de amostras de urina, e está tentando descobrir se os chips são capazes de determinar quais são os melhores medicamentos para pacientes com asma, por meio da detecção das moléculas presentes em seu hálito.

Uma tecnologia de diagnóstico similar está sendo desenvolvida por um engenheiro químico israelense, Hossam Haick, que também foi afetado pelo câncer.

“Um colega de quarto dos tempos da universidade teve leucemia e isso me fez querer descobrir se os sensores poderiam ser utilizados para tratamento. Mas então, percebi que o diagnóstico precoce poderia ser tão importante quanto o tratamento”, afirmou Haick, professor do Instituto Technion-Israel de Tecnologia, em Haifa.

Suas máquinas de cheiro utilizam uma série de sensores compostos de nanopartículas de ouro ou nanotubos de carbono. Eles são recobertos com ligandos, receptores moleculares que têm uma grande afinidade com determinados biomarcadores de doenças encontrados no hálito.

Uma vez que esses biomarcadores entram em contato com os ligandos, as nanopartículas e nanotubos incham ou encolhem, mudando o tempo necessário para que uma carga elétrica passe entre eles. O ganho ou perda de condutividade revelam o diagnóstico.

“Enviamos todos os sinais para um computador que, por sua vez, traduz os odores em um código que se conecta com a doença que expusemos ao sensor”, afirmou Haick.

Com a inteligência artificial, afirmou, as máquinas aumentam sua capacidade de diagnóstico a cada vez que são expostas. Contudo, ao invés de detectar moléculas específicas que sugerem doenças, a máquina de Haick percebe um conjunto de substâncias químicas que compõem um odor.

É como cheirar uma laranja: nosso cérebro não é capaz de distinguir todos os químicos que compõem os odores. Na verdade, sentimos o cheiro da totalidade, que o nosso cérebro reconhece como o cheio de uma laranja.

Haick e seus colegas publicaram um artigo na revista ACS Nano em dezembro, mostrando como sua inteligência artificial é capaz de distinguir os cheiros entre 17 doenças com até 86% de precisão.

O experimento envolveu 1.404 participantes, mas a amostragem de cada doença foram bastante pequenas. As máquinas foram mais capazes de diagnosticar determinadas doenças e não outras.

Nos Estados Unidos, uma equipe de pesquisadores do Centro de Sentidos Químicos Monell, da Universidade da Pensilvânia recebeu uma bolsa de US$ 815 mil, da Fundação Kleuberg, em fevereiro, para continuar os trabalhos no protótipo de um sensor de odores capaz de detectar câncer de ovário em amostras de plasma sanguíneo.

A equipe escolheu o plasma porque, diferente do hálito ou da urina, a substância tem menos riscos de ser corrompida por fatores como dieta e químicos ambientais, incluindo produtos de limpeza e poluição.

Ao invés dos ligandos, os sensores contam com trechos de DNA de cadeia simples que se conectam com as moléculas de odor.

“Estamos tentando fazer o aparelho funcionar da mesma forma que o olfato dos mamíferos”, afirmou Charlie Johnson, diretor do Centro de Nano/Bio Interface na Universidade da Pensilvânia, à frente da produção do protótipo. “O DNA dá características especiais ao processo”.

Além desses grupos, equipes na Áustria, Suíça e Japão estão desenvolvendo sensores de odor para diagnosticar doenças.

Shutterstock

“Acredito que o fato de estarmos vendo tanta atividade nos ambientes acadêmicos e comerciais demonstra que estamos chegando perto”, afirmou Cristina Davis, engenheira biomédica e professora da Universidade da Califórnia em Davis, que também está ajudando a desenvolver um sensor de odores para diagnosticar doenças.

“Minha estimativa é que daqui 3 a 5 anos” essas ferramentas estarão à disposição dos médicos, acrescentou.

Os pesquisadores estão competindo, mas todos veem a possibilidade de salvar vidas. “Muitos bons trabalhos estão sendo feitas por aí. Vai ser interessante ver quem vai chegar lá antes”, afirmou Johnson.

 

Fonte:  UOL Notícias – SP

OMS quer maior transparência e renovação do mercado para preços mais justos de remédios

0

Por Ben Hirschler

(Reuters) – O mundo precisa de maior transparência nos preços de remédios e uma inspeção de certas abordagens para poder aumentar o acesso a remédios que salvam vidas, disseram nesta quinta-feira especialistas de saúde mundial.

Fabricantes de remédios estão sob crescentes críticas à medida que uma onda de novos tratamentos para condições sérias como câncer e hepatite C chegam ao mercado com preços muito altos, colocando-os fora do alcance de muitos pacientes de serviços nacionais de saúde.

“O problema se tornou global”, disse Suzanne Hill, chefe de remédios essenciais na Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Muitos destes (remédios) agora estão na lista modelo da OMS de remédios essenciais, mas seus altos preços estão limitando o acesso.”

Hill falava após um fórum em Amsterdã sobre preço justo, patrocinado pela agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) e o governo holandês.

O encontro, envolvendo governos, indústria e sociedade civil, foi convocado como primeiro passo para elaboração de planos concretos sobre preços de remédios.

A diretora-geral assistente da OMS, Marie-Paule Kieny, disse que há concordância de que a indústria precisa de retornos razoáveis em pesquisa e desenvolvimento, mas que governos devem desempenhar uma função mais forte na taxação de preços e direção da agenda de pesquisas de remédios.

Uma falta de transparência em custos de desenvolvimento de remédios, como os preços são estabelecidos e as quantias variadas cobradas pelos mesmos remédios em diferentes países são vistos como obstáculos para construção de um sistema mais justo.

“Maior transparência é absolutamente vital para nos dar evidências para ação futura”, disse Kieny a repórteres.

Em uma tentativa de aplacar contribuintes, pacientes e políticos no importante mercado norte-americano, muitas companhias – mais recentemente a Sanofi – prometeram limitar aumentos de preços no país.

Fonte: UOL Notícias – SP

Brasileiros criam nanoantibióticos contra infecções resistentes

0

Reinaldo José Lopes
Colaboração para Folha

Pesquisadores brasileiros criaram um método que combina minúsculas partículas de prata com um antibiótico para tentar vencer a crescente resistência das bactérias aos medicamentos convencionais.

Em testes preliminares de laboratório, a abordagem mostrou bom potencial para enfrentar formas resistentes do micróbio Escherichia coli, que às vezes causa sérios problemas no sistema digestivo humano.

“Alguns sistemas podem até funcionar melhor no que diz respeito à capacidade de matar as células bacterianas, mas o ponto-chave é que as nossas partículas combinam um efeito grande contra as bactérias com o fato de que elas são inofensivas para células de mamíferos como nós”, explica um dos responsáveis pelo desenvolvimento da estratégia, Mateus Borba Cardoso, do CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), em Campinas (SP).

Cardoso e seus colegas assinam estudo recente na revista especializada “Scientific Reports”, no qual descrevem o processo de produção da arma antibacteriana e seu efeito sobre os micróbios.

Esse mesmo grupo já utilizou nanopartículas para inativar o HIV e atacar somente as células tumorais, em caso de câncer de próstata, poupando as células saudáveis.

VILÕES DA RESISTÊNCIA

O aumento da resistência das bactérias causadoras de doenças aos antibióticos tradicionais é um caso clássico de seleção natural em ação que tem preocupado os médicos do mundo todo.

Em síntese, o que ocorre é que é quase impossível eliminar todos os micróbios durante o tratamento. Uma ou outra bactéria sempre escapa, e seus descendentes paulatinamente vão dominando a população da espécie e espalhando a resistência, já que os micro-organismos suscetíveis morreram sem deixar herdeiros.

Para piorar ainda mais o cenário, tais criaturas costumam trocar material genético entre si com grande promiscuidade, numa forma primitiva de “sexo”. Assim, os genes ligados à resistência diante dos remédios se disseminam ainda mais.

Já se sabe, porém, que as nanopartículas de prata (ou seja, partículas feitas a partir desse metal com dimensão de bilionésimos de metro) têm bom potencial para vencer as barreiras bacterianas e, de quebra, parecem induzir muito pouco o surgimento de variedades resistentes.

Por outro lado, essas nanopartículas, sozinhas, podem ter efeitos indesejáveis no organismo.

A solução bolada pelos cientistas brasileiros envolveu “vestir” as partículas de prata com diferentes camadas à base de sílica, o mesmo composto que está presente em grandes quantidades no quartzo ou na areia.

Nanoparticula antibiótico

Por meio de uma preparação especial, a camada mais externa de sílica foi otimizada para receber moléculas do antibiótico ampicilina, já bastante utilizado hoje.

PAPEL E CANETA

Ao criar a combinação, o mais importante foi saber onde e como ancorar o antibiótico nas nanopartículas, explica Cardoso.

“Vamos imaginar que o antibiótico é uma caneta e a membrana da bactéria é uma folha de papel”, compara o pesquisador. “Se você colocar uma caneta deitada em cima da folha, é lógico que ela não vai ser perfurada pela ponta da caneta. Nosso colaborador da UFRGS [Hubert Stassen, do Instituto de Química da universidade] mostrou como o antibiótico interage com a membrana e nos ajudou a orientar o medicamento na superfície da nanopartícula. Por isso ele é tão efetivo.”

Testes feitos pela equipe mostraram que o conjunto afeta de forma específica as células da bactéria E. coli, tanto as de uma cepa de ação mais amena quanto a de uma variedade resistente a antibióticos, sem ter o mesmo efeito sobre células humanas –provavelmente porque a ampicilina se conecta apenas à parede celular das bactérias.

É claro que ainda é preciso muito trabalho antes que a abordagem dê origem a medicamentos comerciais.

Segundo Cardoso, o primeiro passo seria o uso de sistemas semelhantes em casos muitos graves, nos quais pacientes com infecções hospitalares já não respondem a nenhum antibiótico.

Para um emprego mais generalizado, provavelmente será necessário substituir o “recheio” de nanopartículas de prata por outras moléculas, mais compatíveis com o organismo.

O trabalho teve financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Abordagem mostrou bom potencial para enfrentar formas resistentes do micróbio Escherichia coli
Abordagem mostrou bom potencial para enfrentar formas resistentes do micróbio Escherichia coli

Fonte: Folha Online – SP

Da Anvisa: lotes de medicamentos suspensos (Roche e Halex Istar)

0

Roche solicita suspensão de lote de medicamento para melanoma

A empresa Roche** Químicos e Farmacêuticos comunicou falha na produção de unidade do medicamento Cotellic. Venda e uso do lote identificado estão suspensos.

A Anvisa suspendeu o comércio do lote B1009M8 do medicamento Cotellic (hemifumarato de cobimetinibe), fabricado pela empresa Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.

Além da suspensão do comércio do lote, a Agência Sanitária determinou, ainda, a suspensão do uso do lote para o tratamento de melanoma positivo para mutações BRAF V600 irressecável ou metastático.

Um “único comprimido” apresentou falha

Segundo um comunicado enviado pela empresa Roche, uma unidade de comprimido apresentou falha técnica durante produção. Um comprimido revestido de 20 mg foi identificado com aproximadamente 40% acima do peso em relação à sua especificação original.

** Comentário Saúde com Ciência: Uma empresa séria age dessa forma. Um “único comprimido” teve uma falha não grave e a Roche mostrou responsabilidade e respeito ao interromper a produção de todo o lote.

Por esta razão, o lote B1009M8, validade 02/2018, do medicamento Cotellic se encontra suspenso e a empresa, Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A, responsável pela promoção do recolhimento do estoque do produto em questão.

Glicose suspensa (da Halex Istar)

A apresentação de um resultado insatisfatório no medicamento Glicose 5% solução parenteral motivou a suspensão de um dos lotes do produto. O comércio do lote 91379 do medicamento fabricado por Halex Istar Indústria Farmacêutica bem como seu uso foram suspensos.

De acordo com o laudo de análise fiscal emitido pelo Laboratório LACEN-BA, o lote 91379 (validade 24/04/2017) teve resultado insatisfatório para o ensaio de descrição da amostra por apresentar material estranho.

A resolução RE 1234/17 determina que a empresa Halex promova o recolhimento do estoque do lote do produto em questão.

Fonte: Saúde com Ciência – SP

A mudança de perfil das pequenas farmácias

0

Acompanhamos nos últimos anos grandes mudanças no perfil das farmácias e também significativas mudanças no perfil dos proprietários empreendedores deste ramo.

Se antigamente as pequenas farmácias de bairros eram uma referência para o cuidado e primeiros socorros, seja de pequenos ferimentos como também de algumas enfermidades, época onde os farmacêuticos eram praticamente os “médicos” dos bairros, hoje o cenário é muito diferente com uma concorrência cada vez maior, e consumidores buscando cada vez mais um bom atendimento e preços reduzidos, o que traz um grande desafio de fidelização e crescimento, e muda o perfil tanto das lojas como também de seus proprietários.

Muitos novos empreendedores apresentam uma formação em áreas diferentes da área de farmácia, ou seja, cada vez mais pessoas com características e conhecimento de gestão investem no ramo e se apresentam com esse diferencial para desenvolver o negócio.

Isso traz um desafio para os atuais farmacêuticos donos das pequenas farmácias que é o de se atualizar na gestão do seu negócio, a buscarem capacitação em áreas que até então não se preocupavam tanto tecnicamente, tais como marketing, gestão de estoques, finanças, contabilidade e gestão de pessoas, para que assim tenham mais conhecimento e possam concorrer de igual para igual com este novo perfil de empreendedores donos de farmácias.

Em momentos como o atual, por causa do ambiente macro econômico, ter competência e saber como gerir o negócio pode representar muito para a sobrevivência do negócio ou mesmo a manutenção da rentabilidade e lucratividade.

Além disso, grandes redes possuem uma estratégia agressiva de expansão e se aproximam cada vez mais de regiões que antigamente nem se imaginava que poderiam ter interesse, provocando ainda mais concorrência e exigindo estratégias para manutenção dos mercados até então dominados pelas próprias pequenas farmácias.

Do pondo de vista do negócio, a venda de não medicamentos também passou a ser uma importante fonte de receitas das farmácias e obrigou mais investimentos, tanto na compra de produtos para revenda como também de espaço para exposição, o que para os novos negócios e as grandes redes acabam sendo naturais na abertura de novas lojas e que pode exigir das farmácias mais antigas, uma reformulação total do negócio.

Outras mudanças devem ocorrer num futuro breve, como exemplo pode-se destacar a expectativa do aumento de vendas pelo canal de e-commerce, o que irá acirrar ainda mais a concorrência e exigir visão e ação dos empreendedores para se diferenciarem e garantir a conquista de clientes.

Quem se preparar e estiver atento aos novos acontecimentos, poderá adotar estratégias importantes, como talvez se associar em redes associativas (estratégia já adotada por muitos e que já representa uma importante participação no mercado brasileiro), na busca de melhores condições para crescer, mas é provável, como em qualquer segmento que passe por transformações, que alguns terão que se contentar com a manutenção de seus ganhos atuais e até mesmo apenas a sobrevivência de seus negócios.

Fonte: Terra Notícias – SP

Eli Lilly faz teste bem-sucedido com remédio para enxaqueca

0

Uma droga experimental da Eli Lilly & Co. reduziu significativamente o número de enxaquecas dos pacientes em uma série de testes em fases finais, e o medicamento ficou mais perto da aprovação em uma área competitiva do setor.

Em todos os três estudos, os pacientes que tomaram a droga da Lilly, galcanezumab, tiveram cerca de dois dias a menos de enxaquecas episódicas e crônicas no decorrer de um mês, em comparação com aqueles que tomaram placebo, informou a companhia na quinta-feira em comunicado. A Lilly planeja pedir aprovação para o medicamento à Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA no fim do ano.

A Lilly, que tem sede em Indianápolis, disputa contra empresas farmacêuticas como Teva Pharmaceutical Industries, Amgen e Alder Biopharmaceuticals para desenvolver tratamentos para a enxaqueca usando uma abordagem conhecida como anti-CGRP. As drogas bloqueiam a proteína CGRP, que, acredita-se, tem um papel importante para as dores e as enxaquecas.

As drogas deverão criar um mercado multibilionário em dólares se forem aprovadas pelos órgãos reguladores e podem ter desempenho superior a medicamentos mais antigos e genéricos contra a enxaqueca e ao tratamento antirrugas Botox, da Allergan, que também é usado para tratar episódios da dor. A projeção dos analistas é que a droga da Lilly registrará cerca de US$ 480 milhões em vendas em 2021, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os pacientes dos estudos Evolve-1 e Evolve-2 da Lilly sofriam de enxaquecas episódicas, e aqueles do estudo chamado Regain tinham enxaquecas crônicas. Para se qualificarem, os pacientes dos estudos Evolve precisavam ter entre quatro e 14 dias de enxaquecas por mês, enquanto o estudo Regain começava com uma média de 19,4 dias de enxaqueca por mês.

O efeito colateral mais comum dos três estudos foi dor e outras reações no local onde o medicamento foi injetado, informou a companhia.

A Lilly também avalia usar o galcanezumab para tratamento de cefaleia em salvas, e os resultados das fases finais de testes são esperados para o ano que vem.

As enxaquecas estão entre os distúrbios neurológicos mais comuns. Cerca de 38 milhões de pessoas nos EUA, a maioria mulheres, sofrem sintomas que vão além da dor de cabeça, variando de vômitos à perturbação da visão, segundo a Fundação de Pesquisa sobre Enxaqueca (MRF, na sigla em inglês).

Fonte: UOL Notícias – SP

Instituto Eurofarma oferece cursos gratuitos

0

O Instituto Eurofarma, braço social da companhia farmacêutica brasileira que visa o estímulo à educação, está com inscrições abertas, até 15 de junho, para o processo seletivo para cursos profissionalizantes gratuitos. São 364 vagas, voltadas para jovens entre 14 e 18 anos. Para concorrer é necessário que o candidato esteja cursando ou já tenha cursado o ensino médio em escola pública e tenha fácil acesso ou resida próximo à zona Sul de São Paulo ou ao Centro de Itapevi, onde os cursos são ministrados.

Segundo Maria Del Pilar Muñoz, diretora executiva de sustentabilidade e novos negócios da Eurofarma, os cursos estimulam a reflexão crítica dos jovens. “Procuramos capacitar nossos alunos para que estejam aptos para iniciar sua vida profissional. Para isso, trabalhamos fortemente a cidadania, o respeito e o papel do indivíduo na sociedade, abordando temas como comunicação, ética e sustentabilidade”, ressalta.

Desde sua fundação em 2006, o instituto já atendeu mais de 53 mil pessoas. Somente no ano passado foram investidos R$ 10,2 milhões em projetos de educação complementar, formação de jovens e educação ambiental, totalizando o número recorde de mais de 10 mil crianças e jovens beneficiados. O instituto mantém parcerias pedagógicas com instituições de referência, como o Senai, Senac, Centro Britânico, Instituto Albert Einstein e Fundação Zerbini.

O instituto oferece sala de aula, laboratórios de informática, de enfermagem e biblioteca, além de lanche, uniforme e certificado de conclusão. O único investimento por parte do aluno ou de sua família é com a locomoção. Os cursos têm início no segundo semestre. Inscrições e informações podem ser feitas aqui.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

Recadastramento no Farmácia Popular

0

Os estabelecimentos associados ao programa Farmácia Popular do Brasil – Aqui Tem Farmácia Popular devem ficar atentos ao período de recadastramento para 2017, aberto desde o dia 2 de maio. Acessando o Sistema Farmácia Popular (SIFAP), o responsável legal da farmácia, ou usuário autorizado, deve realizar o credenciamento no endereço www.caixa.gov/farmaciapopular até 31 de julho. Mas a recomendação é adiantar o processo em função da série de documentações exigidas.

Os interessados precisam preencher o número de identificação social – NIS e a senha do cartão do cidadão cadastrada na agência da Caixa Econômica Federal onde se encontra o registro da empresa. Esta mesma agência deve ser acionada para quem não possuir o NIS ou tenha eventuais dúvidas.

A Certidão Negativa de Débito, o alvará/licença sanitária (SES/SMS) e o Certificado de Regularidade Técnica do Farmacêutico responsável também são requisitados.

Depois de realizado o recadastramento, uma mensagem eletrônica será enviada ao responsável informando mais documentos para apresentar à agência. Apesar de burocrática, a adesão ao programa ressalta o protagonismo das farmácias na ampliação do acesso à saúde.

Fonte: Redação Panorama Farmacêutico

plugins premium WordPress